Os clubes economizariam muito dinheiro e atrasariam menos os salários de jogadores e treinadores e os impostos ao governo. Os técnicos, mais tempo empregados, fariam melhores trabalhos. Os jogadores, em um ambiente de mais organização, evoluiriam mais na parte técnica.
Na coluna anterior, escrevi que os cruzamentos altos para a área podem chegar para o adversário ou para o companheiro fazer o gol, dependendo do acaso. Obviamente, em outras situações, o bom passador coloca a bola com precisão e consciência para o companheiro fazer o gol. Uma das maiores deficiências dos times brasileiros é a pressa em jogar a bola na área, para se livrar dela ou para contar com a sorte.
Impressiona-me como os treinadores brasileiros são endeusados nos bons momentos e, meses depois, no mesmo ou em outro clube, são massacrados, como se trabalhassem de maneira diferente e/ou se mudassem todos os seus conceitos.
Quando era treinador do Flamengo, havia quase um consenso de que Mano Menezes fazia um bom trabalho, que o time era organizado e que evoluiria. Mano não teve paciência. Cometeu um grave erro ao sair. Jayme de Almeida entrou, fez poucas mudanças, os jovens jogadores cresceram, como Paulinho, o time melhorou, surgiram bons resultados, e o técnico é exaltado. Provavelmente, a equipe também evoluiria com Mano Menezes.
Jayme de Almeida tem pinta de técnico e de pessoa especial, mas, se o Flamengo perder muito, voltará a ser chamado de bom interino.
Sei que os resultados são fatores concretos, palpáveis, mas achar que um treinador é excepcional, se o time ganha, e péssimo, se o time perde, é uma visão simplista e excessivamente operatória. Há inúmeros fatores envolvidos no resultado. Além disso, um lance inusitado, uma bola perdida, pode mudar a história de um jogo, de um time, de um campeonato e de um treinador.
PATRIOTAS CORRUPTOS
Diego Costa nunca atuou profissionalmente no Brasil, joga há quase sete anos na Espanha, gosta do país onde é valorizado, tem cidadania espanhola, prefere paella à feijoada e pensa que é muito mais fácil ser titular da Espanha que do Brasil. Ele quer jogar a Copa. Era óbvia sua escolha. Tratá-lo como traidor é agir como na época da truculenta e hedionda ditadura.
A CBF quer se aproveitar do fato para exacerbar os sentimentos nacionalistas e ufanistas, que crescem na Copa. Quando o Brasil fizer um gol, até os corruptos que roubam o dinheiro público se sentirão patriotas. Vão chorar, copiosamente, enrolados à bandeira brasileira.
MINEIROS NA SELEÇÃO
Dedé, Réver, Henrique e o jovem Marquinhos, ótimo zagueiro do Paris Saint-Germain, disputam mais uma posição na zaga. David Luiz, Thiago Silva e Dante são certos. Victor disputa com Cavallieri o lugar de terceiro goleiro. Julio Cesar e Jéfferson são certos.
Tardelli, Éverton Ribeiro, Ronaldinho, Fábio e Marcos Rocha só têm chances se alguns jogadores certos se contundirem. Jô deve ir, mas não está 100% garantido, pois não jogou bem nos dois últimos amistosos.
Felipão tem conversado muito com Cuca, por causa da convocação de vários jogadores do Atlético, pela qualidade dos atletas e porque o Galo não disputa mais o titulo brasileiro. Felipão poderia convocar Cuca para ser observador das outras seleções. Seria ótimo para o time brasileiro.
13 de novembro de 2013
Tostão (O Tempo)
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