"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

COINCIDÊNCIA DEMAIS É INSISTÊNCIA

 
Quem é esse bravo?

Como resiste às afrontas que sofre?

Como tolera a impotência de sua cidadania?

Como consegue conviver com o desrespeito das autoridades e o desprezo que manifestam por sua inteligência e capacidade de discernimento?

Como pode custear – além das despesas da própria manutenção e de sua família – tantos impostos, taxas, multas, tarifas, contribuições sociais, juros?

Por que paga tanto por bens e serviços que noutros países custam muito menos e têm qualidade superior?

Onde arruma fôlego, ainda, para fornecer fundos a tantas apropriações de recursos públicos nos descaminhos da corrupção?

Como consegue conviver resignadamente com a criminalidade que, agindo em regime aberto, dita regras ao convívio social e o mantém em permanente regime fechado?

O brasileiro é um forte. O brasileiro é um bravo ao qual vão, aos poucos, lentamente, quebrando a espinha dorsal cívica e destruindo o juízo moral. Até que se arraste, suplicante, mãos em concha, aos pés do todo poderoso Estado.

Veja só como são as coisas, leitor. Em junho deste ano, já lá vão mais de três meses, esse cidadão, em inesperada eclosão, saiu às ruas e fez passear nas grandes avenidas do país o imenso cordel de suas mais do que justificadas contrariedades. Consequência: logo surgiram os bandidos e começaram a quebrar e saquear o que viam pela frente. Em poucos dias, refluíram os cidadãos. Nas avenidas antes repletas de povo só permaneceram os arruaceiros, os vândalos, os criminosos.

Isso todo mundo viu acontecer. Disso todos fomos partícipes ou testemunhas atentas. O povo voltou para casa, retornou ao regime fechado de suas grades, alarmes, portões e cada vez mais caras apólices de seguro. O que muitos não perceberam foi o que passou a acontecer desde então, com a continuidade da ação dos novos senhores das avenidas, que deram início a raivosas e destrutivas “manifestações”. Para onde orientaram sua fúria devastadora? Essa pergunta não é irrelevante.
A resposta que dermos evidenciará a que interesses serve o vandalismo em curso no país.

Quais são seus alvos no Rio de Janeiro? Lá, os objetivos são o prefeito Eduardo Paes (PMDB) e o governador Sérgio Cabral (PMDB). E em São Paulo? Em São Paulo, o alvo do vandalismo é o governador Geraldo Alckmin (PSDB); o prefeito Fernando Haddad (PT) fica fora dos ataques. Mas no Rio Grande do Sul a situação se inverte.

O alvo é o prefeito José Fortunatti (PDT), enquanto o governador Tarso Genro (PT) não suscita o menor interesse à fúria destrutiva dos arruaceiros. E em Brasília, contra quem se voltam os atos de vandalismo.

Analogamente, ali temos duas autoridades que poderiam atrair atenção: o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e a presidente Dilma (PT). Ambos, no entanto, são desprezados pelos novos fascistas. Em Brasília eles atacam o Congresso Nacional. Meras coincidências?
É preciso ser muito bobo para não perceber a quem servem.


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