"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

AFINAL, O QUE SIGNIFICA A VITORIA DE RUI FALCÃO NO PT? NÃO SIGNIFICA NADA, E DILMA VAI COMER MAIS UMA LASANHA...

Nas ondas do marqueteiro e guru João Santana, que se tornou uma espécie de quadragésimo ministro de Estado, pois realmente é quem detém o poder, o Planalto deixou “vazar” discretamente que o resultado da disputa pela presidência do PT significaria a consagração do eixo personificado por Lula-Dilma-Rui Falcão.

Só que esse eixo não existe. Quem elegeu Rui Falcão foi Lula, solitariamente. A presidente Dilma Rousseff não tem o menor prestígio no partido. Basta lembrar que, nos debates eleitorais, cinco dos seis candidatos à presidência do PT criticaram duramente o governo e a presidente Dilma.
Apenas Rui Falcão ficou em cima do muro, como é de seu feitio, para não pegar mal, e acabou sendo vaiado e chamado de “pelego” no último debate eleitoral.

Rui Falcão não existe, não tem carisma nem liderança. O verdadeiro presidente do partido é Lula, que manda e desmanda, faz o que bem entende. A presidente Dilma nem se atreve a participar da vida partidária. Só apareceu para votar em Falcão, e estamos conversados.

DESESPERO

É justamente essa situação que desespera a presidente Dilma, que não confia em Lula nem no PT. Por isso, tenta desesperadamente ocupar espaço na mídia e não mede consequências, obedecendo fielmente as ordens do guru-marqueteiro.

Foi João Santana que, imitando Ulysses Guimarães, mandou Dilma falar no pessimismo do Velho do Restelo, como se ela fosse grande conhecedora da obra de Camões.
Depois, imitando Said Farhat, fez Dilma dizer ao ministro Lobão que saíra incógnita, de moto, dirigindo à noite pelas ruas desertas de Brasília, como João Figueiredo fazia.

Lobão logo espalhou a notícia, que teve de ser desmentida, porque Dilma não tem carteira nem sabe dirigir moto. Ela então disse que pegou carona na garupa de um assessor.
Então, imaginemos aquela senhora cada vez mais rotunda, encarapitada na garupa de uma possante moto (capaz de suportar o peso dela e do piloto), morrendo de medo e grudada às costas do motoqueiro.

Uma cena patética, sem dúvida, que jogaria no lixo a dignidade presidencial, mas que nunca aconteceu na realidade. Porém, o marqueteiro-guru Santana mandou falar, e ela obedeceu, claro.

Esse é o quadro atual do poder. Dilma vê Lula crescendo em seu retrovisor, já sente o bafo dele no cangote, vê o PT nos braços de Lula, então se desespera e come mais uma lasanha, depois se entope de bolo de chocolate. E la nave va, felliniamente, rumo à sucessão presidencial.


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