Socorro!
Um leitor do meio jurídico me mandou essa foto, do juiz Rubens Casara, da 43ª Vara Criminal do Estado do Rio de Janeiro:
Em entrevista nesse site Fazendo Media, que eu desconhecia e que parece um antro de comunistas, com propaganda da revista Caros Amigos e tudo, o juiz explica que quer dar voz aos “oprimidos”, combatendo os conservadores em nome dos progressistas. O juiz quer controlar a imprensa em nome do povo!
Vejam que contorcionista:
BoletimNPC – O senhor organizou recentemente o seminário “Resistência Democrática: diálogos entre política e justiça”. Qual o objetivo?
Rubens Casara. O evento foi feito para mostrar que existe um pensamento contra-majoritário dentro do poder judiciário, um pensamento que se identifica com as tradicionais bandeiras da esquerda e com o respeito aos direitos fundamentais. O objetivo, em resumo, foi unir esses atores jurídicos mais comprometidos com a sociedade e os militantes de movimentos sociais que lutam por melhorias na vida do povo.
Respeito aos direitos fundamentais? Tipo aqueles observados em Cuba e na Venezuela? Movimentos sociais que lutam por melhorias na vida do povo? Tipo aquelas melhorias incríveis conquistadas com os sequestros e o tráfico de drogas das Farc?
BoletimNPC – O debate sobre a redução da maioridade penal é uma dessas questões que a mídia toma a dianteira né?
Exatamente. Dentro do poder judiciário muita gente defende a redução da maioridade penal, isso em contrariedade a todas as pesquisas sérias já feitas sobre o tema. Os dados produzidos no Brasil apontam que é altíssimo o índice de reincidência no sistema prisional, ou seja, muitos que ficaram presos acabam retornando ao cárcere por cometerem novos crimes. Já no sistema socioeducativo, a prática de novos atos infracionais após a imposição de medidas sócio-educativas é muito inferior. Ou seja, a opinião veiculada e naturalizada pela classe média brasileira contraria todos os dados concretos sobre o assunto. Muita gente defende a ideia da redução da idade penal, mas o faz a partir das lições do William Bonner ou de outros “especialistas”.
Ou seja, os Estados Unidos, a Inglaterra, o Canadá, a Austrália, a Noruega, estão todos errados ao terem maioridade penal bem abaixo da nossa e punirem crime como crime, mesmo quando praticado por jovens? O certo seria pegar um marmanjo de 17 anos que acabou de meter uma bala na cabeça da vítima inocente, porque queria seu telefone, e colocá-lo para limpar as ruas por um tempo e depois soltá-lo novamente na sociedade?
BoletimNPC – O conservadorismo da “grande mídia” contribui para o conservadorismo do poder Judiciário?
Não raro se julga para agradar a chamada “grande mídia”, ou seja, para agradar interesses econômicos, sociais e de classe muito bem definidos. Só se pode falar em uma reforma efetiva do Judiciário se houver também o controle social dos meios de comunicação de massa, por causa dessa interferência direta de um no outro. Sobre o tema, há também muitos mitos; muitas vezes a garantia da liberdade de imprensa é distorcida para justificar crimes praticados através dos meios de comunicação de massa.
Muitos leitores podem me criticar por eu ter divulgado essa entrevista obscura aqui no blog, dando audiência para esse sujeito e essas ideias assustadoras. Podem ainda me criticar por não ter recomendado o típico Engov antes da leitura. Concordo. Concordo. Mas também discordo, em parte.
O ideal era manter esse juiz no pântano da “imprensa” esquerdista, bancada pelas verbas estatais, mas sem público. Só que o ideal mesmo seria uma pessoa com tais ideias jamais chegar ao posto de juiz de vara criminal no país! E somente por isso ele merece menção aqui. Para expor o quão podre está nosso sistema, que tem espaço para “juízes” que abominam o próprio conceito objetivo de justiça, por ser coisa burguesa e elitista.
Há vários juízes que, em nome desse movimento pela “democracia”, desejam destruir a democracia, o estado de direito, o império das leis. Aquele tal de João Damasceno, que escreveu um texto no GLOBO contra mim, é outro dessa mesma laia. Se depender dessa gente, os traficantes e os criminosos farão diretamente as leis do Brasil. Vejam essa palestra do Casara, e agora sim, recomendo um Plasil na veia antes:
Logo no começo, o engraçadinho diz: “Apesar de ser um juiz de direito, eu sou de esquerda”. E depois começa a atacar o próprio direito, as leis, pois não são subversivas contra o sistema burguês.
Aos 8 minutos, o rapaz diz que a eleição de 2 em 2 anos é puro engodo, mas que a mídia, depois, chama Fidel Castro de ditador e FHC de democrata. Arrancou aplausos dos dementes! Para eles, Fidel é o democrata, FHC o ditador.
Entenderam?
Agora imaginem como um acusado se sentiria ao ser julgado por um sujeito que idolatra um homem que fazia execuções sumárias? Che Guevara reconheceu na ONU que fuzilavam, sem remorso algum: “Fuzilamos, e seguiremos fuzilando”.
Vejam:
É isso que essa corja quer para o Brasil? Fuzilar os burgueses que defendem o estado de direito? Se fosse um grito revolucionário dos criminosos do Black Bloc, vá lá, a gente até entende, ainda que não aceite; mas juízes? Isso é inadmissível, assustador, nefasto!
13 de novembro de 2013
in coluna do rodrigo Constantino
Veja
Em entrevista nesse site Fazendo Media, que eu desconhecia e que parece um antro de comunistas, com propaganda da revista Caros Amigos e tudo, o juiz explica que quer dar voz aos “oprimidos”, combatendo os conservadores em nome dos progressistas. O juiz quer controlar a imprensa em nome do povo!
Vejam que contorcionista:
BoletimNPC – O senhor organizou recentemente o seminário “Resistência Democrática: diálogos entre política e justiça”. Qual o objetivo?
Rubens Casara. O evento foi feito para mostrar que existe um pensamento contra-majoritário dentro do poder judiciário, um pensamento que se identifica com as tradicionais bandeiras da esquerda e com o respeito aos direitos fundamentais. O objetivo, em resumo, foi unir esses atores jurídicos mais comprometidos com a sociedade e os militantes de movimentos sociais que lutam por melhorias na vida do povo.
Respeito aos direitos fundamentais? Tipo aqueles observados em Cuba e na Venezuela? Movimentos sociais que lutam por melhorias na vida do povo? Tipo aquelas melhorias incríveis conquistadas com os sequestros e o tráfico de drogas das Farc?
BoletimNPC – O debate sobre a redução da maioridade penal é uma dessas questões que a mídia toma a dianteira né?
Exatamente. Dentro do poder judiciário muita gente defende a redução da maioridade penal, isso em contrariedade a todas as pesquisas sérias já feitas sobre o tema. Os dados produzidos no Brasil apontam que é altíssimo o índice de reincidência no sistema prisional, ou seja, muitos que ficaram presos acabam retornando ao cárcere por cometerem novos crimes. Já no sistema socioeducativo, a prática de novos atos infracionais após a imposição de medidas sócio-educativas é muito inferior. Ou seja, a opinião veiculada e naturalizada pela classe média brasileira contraria todos os dados concretos sobre o assunto. Muita gente defende a ideia da redução da idade penal, mas o faz a partir das lições do William Bonner ou de outros “especialistas”.
Ou seja, os Estados Unidos, a Inglaterra, o Canadá, a Austrália, a Noruega, estão todos errados ao terem maioridade penal bem abaixo da nossa e punirem crime como crime, mesmo quando praticado por jovens? O certo seria pegar um marmanjo de 17 anos que acabou de meter uma bala na cabeça da vítima inocente, porque queria seu telefone, e colocá-lo para limpar as ruas por um tempo e depois soltá-lo novamente na sociedade?
BoletimNPC – O conservadorismo da “grande mídia” contribui para o conservadorismo do poder Judiciário?
Não raro se julga para agradar a chamada “grande mídia”, ou seja, para agradar interesses econômicos, sociais e de classe muito bem definidos. Só se pode falar em uma reforma efetiva do Judiciário se houver também o controle social dos meios de comunicação de massa, por causa dessa interferência direta de um no outro. Sobre o tema, há também muitos mitos; muitas vezes a garantia da liberdade de imprensa é distorcida para justificar crimes praticados através dos meios de comunicação de massa.
Muitos leitores podem me criticar por eu ter divulgado essa entrevista obscura aqui no blog, dando audiência para esse sujeito e essas ideias assustadoras. Podem ainda me criticar por não ter recomendado o típico Engov antes da leitura. Concordo. Concordo. Mas também discordo, em parte.
O ideal era manter esse juiz no pântano da “imprensa” esquerdista, bancada pelas verbas estatais, mas sem público. Só que o ideal mesmo seria uma pessoa com tais ideias jamais chegar ao posto de juiz de vara criminal no país! E somente por isso ele merece menção aqui. Para expor o quão podre está nosso sistema, que tem espaço para “juízes” que abominam o próprio conceito objetivo de justiça, por ser coisa burguesa e elitista.
Há vários juízes que, em nome desse movimento pela “democracia”, desejam destruir a democracia, o estado de direito, o império das leis. Aquele tal de João Damasceno, que escreveu um texto no GLOBO contra mim, é outro dessa mesma laia. Se depender dessa gente, os traficantes e os criminosos farão diretamente as leis do Brasil. Vejam essa palestra do Casara, e agora sim, recomendo um Plasil na veia antes:
Logo no começo, o engraçadinho diz: “Apesar de ser um juiz de direito, eu sou de esquerda”. E depois começa a atacar o próprio direito, as leis, pois não são subversivas contra o sistema burguês.
Aos 8 minutos, o rapaz diz que a eleição de 2 em 2 anos é puro engodo, mas que a mídia, depois, chama Fidel Castro de ditador e FHC de democrata. Arrancou aplausos dos dementes! Para eles, Fidel é o democrata, FHC o ditador.
Entenderam?
Agora imaginem como um acusado se sentiria ao ser julgado por um sujeito que idolatra um homem que fazia execuções sumárias? Che Guevara reconheceu na ONU que fuzilavam, sem remorso algum: “Fuzilamos, e seguiremos fuzilando”.
Vejam:
É isso que essa corja quer para o Brasil? Fuzilar os burgueses que defendem o estado de direito? Se fosse um grito revolucionário dos criminosos do Black Bloc, vá lá, a gente até entende, ainda que não aceite; mas juízes? Isso é inadmissível, assustador, nefasto!
13 de novembro de 2013
in coluna do rodrigo Constantino
Veja
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