O país poderia agora estar prestes a vender ativos e a fazer concessões porque é o melhor para os brasileiros.
Mas há uma urgência adicional: minorar os estragos do petismo
Que coisa, né? O Brasil poderia agora — na verdade, já deveria tê-lo feito muito antes — estar se preparando para empreender a privatização apenas virtuosa de estatais. Em vez de fazê-lo para minorar a herança maldita do PT, estaria a tanto se dedicando para atrair investimentos, para melhorar a qualidade dos serviços prestados ao distinto público — vale dizer: aos pobres —, para aumentar a eficiência da economia.
Atenção! É claro que uma nova rodada de privatizações terá também todos esses aspectos positivos. Mas não é menos verdade que ela passou a ter uma urgência quase dramática em face de um país que está, obviamente, quebrado.
Segundo http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/07/1788211-governo-preve-arrecadar-ate-r-30-bilhoes-com-privatizacoes-em-2017.shtml reportagem da Folha, o governo Temer espera arrecadar com um programa de privatizações e concessões algo entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões. Acho um volume baixo, o que caracterizaria uma ambição ainda modesta.
Na lista de empresas, diz o jornal, estariam a Caixa Seguridade, o IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), participações da Infraero em aeroportos e concessões de rodovias, portos e aeroportos.
É evidente que acho uma boa medida. Para ser ainda mais claro: no meu modelo ideal, não sobra uma só estatal nem para fazer remédio. Nada! Restringiríamos a presença do Estado às áreas em que ele se mostra essencial num país com as características do Brasil: saúde, educação e segurança pública — no caso das duas primeiras áreas, o capital privado podendo atuar livremente.
Assim, que o governo privatize à larga, mas é preciso deixar claro que estamos com uma premência: o déficit deste ano está previsto em R$ 170,5 bilhões — terceiro ano consecutivo no vermelho. No ano que vem, os cálculos variam entre R$ 135 bilhões e R$ 150 bilhões negativos. Em 2018, é provável que se estará ainda com déficit. O realismo aponta para a volta do superávit só em 2019.
Eis o que o PT fez com a economia brasileira. A receita derivada da venda de ativos e de concessões servirá para minimizar o desastre. Digam-me: isso é ou não é a cara do petismo? Estamos ou não diante do mais óbvio resultado de uma equação asnal? O partido passou a sua existência demonizando as privatizações, muito especialmente nos 13 anos que em passou no poder. Nesse tempo, elevou à estratosfera os gastos públicos e jogou a economia no abismo.
Agora, as demonizadas privatizações — e a peteza continuará a atacar a proposta, não duvidem — terão de vir não só porque são o melhor para o Brasil e para os brasileiros, não só porque aumentam a eficiência da economia, não só porque atraem investimentos, não só porque geram empregos, riqueza e renda, mas também para minorar os desastres provocados pela companheirada.
A herança que PT deixa pode, sem exagero, ser chamada de crime de lesa pátria.
05 de julho de 2016
Reinaldo Azevedo
Que coisa, né? O Brasil poderia agora — na verdade, já deveria tê-lo feito muito antes — estar se preparando para empreender a privatização apenas virtuosa de estatais. Em vez de fazê-lo para minorar a herança maldita do PT, estaria a tanto se dedicando para atrair investimentos, para melhorar a qualidade dos serviços prestados ao distinto público — vale dizer: aos pobres —, para aumentar a eficiência da economia.
Atenção! É claro que uma nova rodada de privatizações terá também todos esses aspectos positivos. Mas não é menos verdade que ela passou a ter uma urgência quase dramática em face de um país que está, obviamente, quebrado.
Segundo http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/07/1788211-governo-preve-arrecadar-ate-r-30-bilhoes-com-privatizacoes-em-2017.shtml reportagem da Folha, o governo Temer espera arrecadar com um programa de privatizações e concessões algo entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões. Acho um volume baixo, o que caracterizaria uma ambição ainda modesta.
Na lista de empresas, diz o jornal, estariam a Caixa Seguridade, o IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), participações da Infraero em aeroportos e concessões de rodovias, portos e aeroportos.
É evidente que acho uma boa medida. Para ser ainda mais claro: no meu modelo ideal, não sobra uma só estatal nem para fazer remédio. Nada! Restringiríamos a presença do Estado às áreas em que ele se mostra essencial num país com as características do Brasil: saúde, educação e segurança pública — no caso das duas primeiras áreas, o capital privado podendo atuar livremente.
Assim, que o governo privatize à larga, mas é preciso deixar claro que estamos com uma premência: o déficit deste ano está previsto em R$ 170,5 bilhões — terceiro ano consecutivo no vermelho. No ano que vem, os cálculos variam entre R$ 135 bilhões e R$ 150 bilhões negativos. Em 2018, é provável que se estará ainda com déficit. O realismo aponta para a volta do superávit só em 2019.
Eis o que o PT fez com a economia brasileira. A receita derivada da venda de ativos e de concessões servirá para minimizar o desastre. Digam-me: isso é ou não é a cara do petismo? Estamos ou não diante do mais óbvio resultado de uma equação asnal? O partido passou a sua existência demonizando as privatizações, muito especialmente nos 13 anos que em passou no poder. Nesse tempo, elevou à estratosfera os gastos públicos e jogou a economia no abismo.
Agora, as demonizadas privatizações — e a peteza continuará a atacar a proposta, não duvidem — terão de vir não só porque são o melhor para o Brasil e para os brasileiros, não só porque aumentam a eficiência da economia, não só porque atraem investimentos, não só porque geram empregos, riqueza e renda, mas também para minorar os desastres provocados pela companheirada.
A herança que PT deixa pode, sem exagero, ser chamada de crime de lesa pátria.
05 de julho de 2016
Reinaldo Azevedo
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