"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 10 de julho de 2016

MINISTÉRIO PÚBLICO PEDE QUE O FILHO DO PRESIDENTE DO TCU SEJA INVESTIGADO




O jovam Tiago comanda um famoso escritório em Brasília















O Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) pediu a abertura de investigação que atinge o escritório de advocacia de Tiago Cedraz, filho do presidente do tribunal, Aroldo Cedraz. O pedido, assinado pelo procurador Júlio Marcelo de Oliveira, diz que há fatos de “extrema gravidade e materialidade” nas contas do Sesc-RJ (Serviço Social do Comércio), abastecida com dinheiro público, e da Fecomercio-RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio).
O procurador se baseou em auditoria do conselho fiscal do Sesc que aponta gastos de R$ 108,9 milhões com serviços advocatícios de dezembro de 2015 a março de 2016, na gestão de Orlando Diniz. O relatório diz que parte das despesas não têm documentos comprobatórios ou foge às finalidades da instituição.
O Sesc é abastecido com recursos de contribuições compulsórias arrecadas pela União. Os recursos eram transferidos do Sesc-RJ para a Fecomercio-RJ fazer o pagamento dos escritórios. Orlando Diniz preside as duas entidades.
ESCLARECIMENTOS – Sobre o escritório de Cedraz, o procurador pede esclarecimentos sobre a emissão de nota de R$ 9,6 milhões para a Fecomercio-RJ e o seu cancelamento após 20 minutos.
A auditoria aponta que o Sesc-RJ transferiu R$ 6,1 milhões à Fecomercio-RJ para o custeio da despesa depois que a nota fiscal já havia sido cancelada. Diz, portanto, que a transferência foi realizada “sobre documento inábil”.
Filho do presidente do TCU, Cedraz é investigado no Supremo Tribunal Federal, em desdobramento da Lava Jato, sob suspeita de ter sido contratado para fornecer informações privilegiadas em um processo da usina de Angra 3.
Ele nega as acusações e diz que não foi contratado para atuar no TCU.
OUTRO LADO
Em nota, a Fecomercio-RJ disse que vai prestar informações aos órgãos competentes e que as contas foram “sempre devidamente aprovadas” pelo conselho de representantes.
O escritório Cedraz Advogados afirma que foi contratado pela Fecomercio-RJ para atuar em processos no Superior Tribunal de Justiça, na Justiça Federal e na Justiça Estadual do Rio.
Disse ainda que não recebeu valores pela nota cancelada e que não pode ser alvo de investigação do TCU porque a Fecomercio-RJ não se submete à jurisdição do tribunal.

10 de julho de 2016
Aguirre Talento
Folha

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