"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

JANOT CRIOU A CRISE INSTITUCIONAL E AGORA ALEGA QUE A INTENÇÃO ERA TENTAR EVITÁ-LA...





Charge do Duke, reproduzida de O Tempo




















O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou ao Supremo Tribunal Federal que a manutenção em sigilo da delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado tinha potencial de desencadear uma crise institucional entre os Poderes.
A afirmação de Janot foi dada para defender a publicidade dos depoimentos de Machado que envolveram mais de 20 políticos de seis partidos no esquema de corrupção da Petrobras, atingindo a cúpula do PMDB, em especial o presidente interino Michel Temer.
Segundo Janot, os vazamentos seletivos estavam sendo prejudiciais às investigações.
SIGILO NOCIVO – “A manutenção do sigilo da íntegra dos áudios, dos depoimentos prestados pelos colaboradores e do próprio pedido de prisão [de integrantes da cúpula do PMDB] hoje é nocivo à efetividade das investigações e pode desencadear uma crise institucional entre os Poderes”, afirmou o procurador-geral.
Para Janot, a divulgação das gravações de Machado e dos pedidos de prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador Romero Jucá (PMDB-RR), e do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) por tentativa de atrapalhar a Lava Jato – que foram negados pelo STF — tinha clara intenção de esvaziar os pedidos.
CONTEXTO CORRETO –“Acrescente-se, ainda, que divulgação promovida de forma seletiva e sem o contexto correto dos fatos também tem o potencial de desencadear uma crise institucional, eis que não foram noticiados os fundamentos das providências requeridas pelo Procurador-Geral e tampouco os termos dos depoimentos prestados pelos colaboradores”, justificou Janot, acentuando:
“O desconhecimento acerca dessas informações tem gerado uma série de especulações distorcidas a respeito da atuação do Procurador-Geral da República e das relações entre as Instituições direta e indiretamente envolvidas.”
DURAS CRÍTICAS – Janot foi alvo de duras críticas dos políticos do PMDB e de um pedido de impeachment no Senado. O procurador-geral chegou a negar publicamente que os vazamentos tenham partido do Ministério Público Federal, mandou uma série de recados para a classe política e defendeu a atuação dos procuradores.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Deve ser Piada do Ano… Como Janot pode dizer que tentou evitar uma crise institucional? Essa crise foi criada por ele próprio, ao acusar Temer de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, sem ter provas consistentes. Além disso, Janot denunciou ao Supremo que o afastamento de Dilma Rousseff foi um plano para esvaziar a Lava Jato, na gestão de Temer. Em matéria de criar crises, ninguém supera Janot, realmente um especialista(C.N.)


17 de junho de 2016

Márcio Falcão
Folha

Nenhum comentário:

Postar um comentário