No princípio, bem no princípio mesmo, ser de esquerda implicava incondicional defesa de igualdade, fraternidade e liberdade. Muitas cabeças rolaram na luta por princípios tão nobres. Intelectuais aderiram em peso à causa. Até que, em vez da utopia, veio o totalitarismo. Tão bárbaro, desumano e cruel quanto o fascismo ou qualquer ditadura de direita.
Sob o tacão do "socialismo real", as primeiras vítimas foram a liberdade de expressão, os direitos humanos e o Estado de Direito. Na América Latina, a revolução cubana despontou como a esperança de uma nova esquerda. Não vingou. Mesmo no auge do regime, quando Fidel tentou garantir casa, comida, educação e saúde a todos, a ilha era uma masmorra para quem ousasse pensar diferente do ditador. Discordou? Censura, prisão, tortura, paredão...
É duro dizer, mas nunca vi ninguém dito de esquerda no Brasil sair em defesa dos direitos humanos de quem se insurgiu contra a ditadura cubana. Na Europa, George Orwell e Albert Camus romperam com "progressistas" porque não aceitaram o cabresto do pensamento único. Desse rompimento, nasceram dois clássicos da literatura mundial: A revolução dos bichos e 1984, ambos de Orwell.
Aqui, é comum ver intelectuais que se proclamam de esquerda engajados na justa defesa de causas gays, de mulheres e de religiões afrodescendentes. No entanto, esse mesmo pessoal encara com a maior naturalidade, como algo cultural até, a perseguição e o extermínio de homossexuais, comunistas, feministas e cristãos por jihadistas do miolo mole, gente que ainda não saiu das trevas da Idade Média.
São os mesmos "pragmáticos" que condenavam a ladroagem da direita, mas hoje condescendem com a corrupção da "esquerda". Agora, imagine se a direita tivesse descoberto antes que "o rouba, mas distribui" era muito mais negócio que "o rouba, mas faz"? Seria igualmente devastador para o Brasil. Mas nada se compara ao estelionato eleitoral do partido que chegou ao poder prometendo ética na política brasileira e, hoje, faz o companheiro Maluf - que no auge da carreira inspirou o verbo malufar - parecer um santo. Pois é. Como diria o Bob - não o da propina, o Esponja - ao amigo Lula Molusco: "Eu tinha sonhos".
15 de fevereiro de 2015
Plácido Fernandes Vieira, Correio Braziliense
Sob o tacão do "socialismo real", as primeiras vítimas foram a liberdade de expressão, os direitos humanos e o Estado de Direito. Na América Latina, a revolução cubana despontou como a esperança de uma nova esquerda. Não vingou. Mesmo no auge do regime, quando Fidel tentou garantir casa, comida, educação e saúde a todos, a ilha era uma masmorra para quem ousasse pensar diferente do ditador. Discordou? Censura, prisão, tortura, paredão...
É duro dizer, mas nunca vi ninguém dito de esquerda no Brasil sair em defesa dos direitos humanos de quem se insurgiu contra a ditadura cubana. Na Europa, George Orwell e Albert Camus romperam com "progressistas" porque não aceitaram o cabresto do pensamento único. Desse rompimento, nasceram dois clássicos da literatura mundial: A revolução dos bichos e 1984, ambos de Orwell.
Aqui, é comum ver intelectuais que se proclamam de esquerda engajados na justa defesa de causas gays, de mulheres e de religiões afrodescendentes. No entanto, esse mesmo pessoal encara com a maior naturalidade, como algo cultural até, a perseguição e o extermínio de homossexuais, comunistas, feministas e cristãos por jihadistas do miolo mole, gente que ainda não saiu das trevas da Idade Média.
São os mesmos "pragmáticos" que condenavam a ladroagem da direita, mas hoje condescendem com a corrupção da "esquerda". Agora, imagine se a direita tivesse descoberto antes que "o rouba, mas distribui" era muito mais negócio que "o rouba, mas faz"? Seria igualmente devastador para o Brasil. Mas nada se compara ao estelionato eleitoral do partido que chegou ao poder prometendo ética na política brasileira e, hoje, faz o companheiro Maluf - que no auge da carreira inspirou o verbo malufar - parecer um santo. Pois é. Como diria o Bob - não o da propina, o Esponja - ao amigo Lula Molusco: "Eu tinha sonhos".
15 de fevereiro de 2015
Plácido Fernandes Vieira, Correio Braziliense
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