"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

SOBRE A BALELA DO PONTO ELETRÔNICO


Na maior guerra suja que essa República já assistiu, algo já prometido pelo PT e anunciado por Lula em sua fala, quando discursou e proferiu - em caso da derrota do partido : "eles não sabem do que o PT é capaz", ficou no ar a ameaça de que o vale-tudo já tinha começado.
O que se viu no debate, ilustra bem a guerra suja ao arremessar sobre o candidato de oposição, Aécio Neves, calúnias e mentiras que facilmente foram desmentidas por diversas fontes.
Mas o que importa o desmentido após a propagação da mentira?
Como diz o provérbio árabe, "calúnias são como penas jogadas ao vento, e que dificilmente, todas serão recolhidas".
Isso é o que realmente importa! Ferir o adversário sabendo de antemão que será impossível a ele, demonstrar a mentira a todos que a ouviram.
A arte da calúnia tem sido politicamente usada, seja através de dossiês (dos aloprados) seja através da mentira propagada. E não há santo nessa guerra, já que o centro da disputa é o poder.
O boato do ponto eletrônico, se de fato é um boato, pode ilustrar a contento até aonde se pode chegar para golpear o adversário. (Seria uma resposta às mentiras plantadas por Dilma no debate?)
O bom mocismo de Aécio Neves, que perdeu a grande oportunidade de discursar no debate sobre o "petrolão" e outros escândalos públicos já denunciados pelos delatores, deixou muito confortável a oponente Dilma, enquanto ela jorrava mentiras aos borbotões.
E a fertilidade do campo internético para boatos que se multiplicam sem limites, tem sido o principal centro de embates, mentiras e calúnias.
Infelizmente, quem assistiu o debate, com certeza sentiu o vazio, a falta de uma discussão mais civilizada, e que tratasse dos grandes problemas nacionais, das grandes questões macroeconômicas, da exposição dos programas dos partidos para sanear a desordem, a esbórnia, o caos em que se transformou o país.
Como se trataria das políticas públicas de segurança, saúde, educação, saneamento básico... Faltou substância ao debate, seriedade, atenção ao que realmente desejava ouvir a plateia televisiva, e cuja audiência marcou pontos elevadíssimos.
E por que isso aconteceu?
Acredito que pelo conhecidíssimo despreparo intelectual da candidata, obrigou Aécio Neves a seguir o tom medíocre imposto ao debate.
Como diz Augusto Nunes, a candidata de um só neurônio, não pode adentrar em searas que exijam conhecimentos mais relevantes de economia, filosofia ou sociologia, apesar de que se diga pós-doutorado em ciências econômicas (rsrsrs).
Quem assistiu a epopeia do debate, sabe que pouco ou nada contribuiu para os eleitores que esperavam definições de metas e programas de governo. (Apesar de que, nem metas nem programas foram implementados seriamente nos doze anos do PT, O que realmente aconteceu, para ser repetitivo, foi a apropriação do Estado pelo projeto petista de poder; a dedicação ao loteamento e aparelhamento do Estado, ao enriquecimento ilícito... Para não falar do favorecimento de empreiteiras através de obras faraônicas inacabadas e superfaturadas com rótulos imponentes de PAC 1, PAC 2, transposição do velho Chico... Além, é claro da extensão dos favorecimentos a países como Cuba, Venezuela e ditaduras africanas. Favorecimentos que encheram as burras do partido.
E outras iniciativas cujos destroços estão boiando no mar de lama, que a PF tem procurado canalizar para o esgoto das falcatruas. Iniciativas que quebraram a Petrobras para o bem de alguns partidos e meia dúzia de dez ou doze pilantras e outras bem sucedidas ações nas caixas de previdência.
Como aceitar que o  debate fosse conduzido por definições programáticas e ações de governo?
Enfim, estamos próximos de um dos momentos mais importantes que esse país já atravessou em sua história: a definição entre a proximidade caótica, econômica e social, que favoreça as metas do Fórum de São Paulo, ou o grande esforço que se espera que Aécio Neves faça para reconduzir o país a normalidade política, (apresentando os melhores quadros do partido devidamente autorizados para a faxina) e possa fazer seu sucessor que dê continuidade a reorganização da República.
Quem viver, verá...
m.americo

Nenhum comentário:

Postar um comentário