É preciso pôr agronegócio no centro do planejamento
É improvável que o Brasil consiga ser competitivo e eficiente em um conjunto amplo e diversificado de produtos e serviços. Temos que fazer escolhas. O histórico de economias desenvolvidas mostra que foco é imprescindível. Ser líder de iPod a aipim é inviável.
O nosso agronegócio é motivo de orgulho. É onde somos realmente bons. Descobrimos um jeito próprio de fazer agricultura e pecuária em clima tropical, fazendo cada vez mais com menos, reduzindo o desmatamento e transformando, por meio da tecnologia, solos fracos em áreas de alta produtividade.
Viabilizamos a produção em larga escala tecnificada, bem como atividades especializadas de alto valor agregado, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico em todo o país, com efeitos positivos que rompem as fronteiras agrícolas e chegam às metrópoles.
O agronegócio não é nossa única opção para o desenvolvimento e sozinho não será capaz de gerar a riqueza necessária para atender as demandas de uma sociedade moderna e inclusiva. Mas, é a partir do desenvolvimento regional com base no agronegócio, já provado, que daremos o arranque que o país precisa para modernizar Estado e sociedade.
Ainda somos comprados e pouco vendemos. Estamos fora do grupo de países capitalistas modernos que ancoram seu sucesso nas negociações de comércio internacional e no protagonismo do setor privado. Para mudar isso e conquistarmos o status de guardião da segurança alimentar no planeta, o Brasil precisa colocar seu agronegócio no centro do planejamento estratégico e do processo decisório.
O Estado deve facilitar o ambiente de negócios, interferindo o menos possível, oferecendo segurança jurídica e previsibilidade, valorizando a livre iniciativa. O avanço do agronegócio exige cada vez mais capital. Os custos crescem e os recursos financeiros, humanos e físicos, são limitados e disputados.
O setor produtivo terá que implantar mudanças no modo como produz e vende, de olho nas tendências e exigências dos novos padrões de consumo, observando o melhor encaixe para escala, verticalização e/ou diferenciação de produtos e processos.
A retomada do crescimento econômico com desenvolvimento social exige estabilidade, planejamento, transparência e excelência na execução. O Brasil precisa de um projeto de longo prazo.
Mais do que incentivar o consumo, o país necessita de reformas urgentes e concretas, de investimentos em infraestrutura, aumento de produtividade e abertura de mercados, onde o esforço governamental é crucial e a participação do setor privado, indispensável.
As demandas da sociedade não serão mais atendidas só por políticas sociais, e sim, por estímulo ao crescimento, que gere mais riqueza, emprego e renda, e, consequentemente, melhores serviços públicos.
Senão, as conquistas dos últimos tempos serão perdidas. Só conseguiremos diminuir a desigualdade se persistirmos na geração de riqueza, pois não se divide o que não se tem.
É improvável que o Brasil consiga ser competitivo e eficiente em um conjunto amplo e diversificado de produtos e serviços. Temos que fazer escolhas. O histórico de economias desenvolvidas mostra que foco é imprescindível. Ser líder de iPod a aipim é inviável.
O nosso agronegócio é motivo de orgulho. É onde somos realmente bons. Descobrimos um jeito próprio de fazer agricultura e pecuária em clima tropical, fazendo cada vez mais com menos, reduzindo o desmatamento e transformando, por meio da tecnologia, solos fracos em áreas de alta produtividade.
Viabilizamos a produção em larga escala tecnificada, bem como atividades especializadas de alto valor agregado, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico em todo o país, com efeitos positivos que rompem as fronteiras agrícolas e chegam às metrópoles.
O agronegócio não é nossa única opção para o desenvolvimento e sozinho não será capaz de gerar a riqueza necessária para atender as demandas de uma sociedade moderna e inclusiva. Mas, é a partir do desenvolvimento regional com base no agronegócio, já provado, que daremos o arranque que o país precisa para modernizar Estado e sociedade.
Ainda somos comprados e pouco vendemos. Estamos fora do grupo de países capitalistas modernos que ancoram seu sucesso nas negociações de comércio internacional e no protagonismo do setor privado. Para mudar isso e conquistarmos o status de guardião da segurança alimentar no planeta, o Brasil precisa colocar seu agronegócio no centro do planejamento estratégico e do processo decisório.
O Estado deve facilitar o ambiente de negócios, interferindo o menos possível, oferecendo segurança jurídica e previsibilidade, valorizando a livre iniciativa. O avanço do agronegócio exige cada vez mais capital. Os custos crescem e os recursos financeiros, humanos e físicos, são limitados e disputados.
O setor produtivo terá que implantar mudanças no modo como produz e vende, de olho nas tendências e exigências dos novos padrões de consumo, observando o melhor encaixe para escala, verticalização e/ou diferenciação de produtos e processos.
A retomada do crescimento econômico com desenvolvimento social exige estabilidade, planejamento, transparência e excelência na execução. O Brasil precisa de um projeto de longo prazo.
Mais do que incentivar o consumo, o país necessita de reformas urgentes e concretas, de investimentos em infraestrutura, aumento de produtividade e abertura de mercados, onde o esforço governamental é crucial e a participação do setor privado, indispensável.
As demandas da sociedade não serão mais atendidas só por políticas sociais, e sim, por estímulo ao crescimento, que gere mais riqueza, emprego e renda, e, consequentemente, melhores serviços públicos.
Senão, as conquistas dos últimos tempos serão perdidas. Só conseguiremos diminuir a desigualdade se persistirmos na geração de riqueza, pois não se divide o que não se tem.
16 de outubro de 2014
Gustavo Diniz Junqueira, O Globo
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