Campanha de Aécio não consegue arrastar Dilma para o “Petrolão” e nem enfrentar o cinismo do PT
“Nunca antes na história deste país” um candidato teve conjuntura tão favorável para derrotar o petismo. Além do desastre produzido pela incompetência do PT na condução da economia nacional, a roubalheira na Petrobras, com participação direta da legenda, alimenta diariamente o noticiário.Nos doze anos de poder os petistas saquearam a estatal como uma nuvem de gafanhotos a devastar a lavoura.
Apesar das provas incontestáveis, não parece ter ocorrido ao staff da campanha tucana a obrigação de relacionar o assalto aos cofres da Petrobras diretamente a Dilma Rousseff.
Em 2003, Dilma foi nomeada por Luiz Inácio da Silva, o Lula, para comandar o Ministério de Minas e Energia, ao qual a estatal é vinculada. Em 2005, a petista assumiu a Casa Civil, no rastro do escândalo de corrupção conhecido como “Mensalão do PT”, mas manteve a presidência do Conselho de Administração da Petrobras.
Dessa posição, a de presidente do Conselho, Dilma autorizou várias operações desastrosas, dentre as quais a compra superfaturada da refinaria de Pasadena, no Texas, e a construção da também superfaturada refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
Na condição de presidente da República, a partir de 2011, à sombra de seu estilo centralizador e truculento, Dilma sempre deu a última palavra em todas as operações da estatal, as quais permitiram que a roubalheira se institucionalizasse na empresa petrolífera.
Só existem duas hipóteses para explicar a atuação da presidente perante o assalto sistemático à Petrobras nos doze anos da era petista: ela nada sabia, o que sugere a mais extrema incompetência, ou sabia de tudo, o que no mínimo aponta para a conivência.
Vale lembrar que em 2010, atendendo a um pedido (leia-se ordem) de Antonio Palocci Filho, o então diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, ordenou ao doleiro Alberto Youssef que depositasse R$ 2 milhões na conta de campanha da agora presidente.
Paralisada pelo “bom-mocismo”, ou pela inépcia, a campanha de Aécio Neves não consegue enxertar no debate eleitoral a responsabilidade de Dilma nos escândalos da Petrobras, embora essa ligação seja óbvia e salte aos olhos.
No momento em que tudo conspira a favor da eleição de um candidato de oposição, o PSDB corre o risco de perder a eleição por falta de pegada e receio de enfrentar o PT com a ênfase necessária, o que certamente colocaria Dilma em situação de extrema dificuldade.
No quesito bebedeira, sobre o qual Lula não tem cacife para discorrer, o ex-presidente tentou, certa vez, expulsar do País o jornalista Larry Rohter, então correspondente do jornal “The New York Times”, que produziu matéria sobre os excessos etílicos do petista. A relação próxima de Lula com a bebida vem de longe, desde a época em que frequentava os mequetrefes botecos de porta de fábrica.
Muitas foram as vezes em que Lula, ainda na presidência, foi flagrado por assessores em estado nada confiável. Um dos assessores, que durante anos atuou também como informante da imprensa, sem que o petista sequer desconfiasse, sempre revelava aos jornalistas os bebericos do ex-metalúrgico.
Essa simpatia luliana por bebidas alcoólicas era fato notório nas altas esferas do poder. Tanto é assim, que quase sempre, no horário do almoço, um destacado representante do Judiciário atravessava a Praça dos Três Poderes para dividir goles com o então presidente da República. De lá, após algumas doses, partia para julgamentos judiciais.
A leviana acusação contra Aécio Neves é uma demonstração clara e definitiva do viés criminoso e do baixo nível da campanha petista, que tenta dar a Dilma um novo mandato. Se o PT escalou Lula para acusar Aécio de ter problemas com o álcool, agora só falta convocar Eduardo Gaievski, o pedófilo que assessorou Gleisi Hoffmann na Casa Civil, para acusar o tucano de pecar contra a castidade.
16 de outubro de 2014
ucho.info
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