"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

SHEHERAZADEGATE

Um fenômeno explodiu na internet nessa semana, podemos chamá-lo de SheherazadeGate. Tudo começou quando a jornalista do SBT Raquel Sheherazade disse ser capaz de entender as motivações de um grupo que prendeu um marginal nu a um poste.
 
Aqui esta o vídeo polêmico.

Verdade seja dita, Sheherazade apenas expressou o óbvio: todo cidadão tem o legítimo direito de se defender. Em momento algum a jornalista disse concordar com o ato, o que ela disse foi ser capaz de compreender. E, sejamos honestos, alguém morando no Brasil não entende essa revolta? Notem que isso não implica em concordar e nem em apoiar. Você pode discordar do discurso dela, pode discordar da forma em que ela se expressou. Confesso que eu mesmo discordo. Acho que cabia também uma repreensão a quem prendeu a pessoa nu a um poste. Uma coisa é prender um marginal, outra é prende-lo nu a um poste. Esse tipo de comportamento se assemelha a grupos de vingadores, justiceiros, e creio que todos somos contra isso.

Dito isso, vamos ao ponto: é possível compreender a indignação da população? Claro que é. Veja o exemplo da Ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, que é incapaz de se pronunciar quando uma mulher negra é brutalmente assassinada (apenas porque essa mulher era policial militar). As ong's dos negros igualmente se calam, e as feministas desaparecem. O próprio governo, e vários grupos da sociedade civil, estão hoje com uma agenda política na segurança pública. Nessa agenda a polícia e os cidadãos de bem sempre estão por último. Veja o recente caso da médica cubana que está pedindo asilo ao Brasil. Essa mulher esta sofrendo horrores, mas nenhuma palavra dos movimentos ditos de direitos humanos. Esse tipo de seleção (a morte de um militante gera indignação, mas a morte de um trabalhador honesto gera apenas piedade pelo bandido) feita pelo governo e pelas ong's, está pressionando a sociedade além do limite da tolerância. Sheherazade apenas disse isso. O que aliás é uma verdade.

Na verdade, a questão de Sheherazade vai além e começou bem antes do SheherazadeGate. Há um bom tempo, as opiniões da nobre jornalista já incomoda os robôs autônomos da internet. Inventam que jornalistas desconhecidos estão indignados com ela (como se nenhum profissional de sucesso nunca tivesse gerado inveja em seus pares menos capazes ou afortunados). Um jornalista é brutalmente ferido, e os pelegos do sindicato dos jornalistas nada fala. Mas, para ganhar pontos entre os pau-mandados, tal sindicato faz carta contra Sheherazade.

SheherazadeGate é apenas o reflexo de uma guerra silenciosa que já ocorre a tempos no Brasil: a total proibição do pensamento independente, o desprezo por pessoas que pensam por si próprias e desafiam a cartilha do partido. Eu gosto de saber que ainda existem jornalistas na televisão brasileira. Parabéns Sheherazade, e quando estiver se sentindo só e desamparada lembre-se do primeiro mandamento de Chuck Norris: danem-se vocês todos, bandos de covardes! Eu lutos pela liberdade, e não para ser eleita miss simpatia!!!
 
07 de fevereiro de 2014
Adolfo Sachsida

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