Primeiro, serão julgados os embargos infringentes, depois os recursos de revisão. Diante da velocidade com o que opera o Supremo Tribunal Federal (e a Justiça, como um todo), em ritmo de Martinho da Vila (“é devagar, devagarinho”), esse processo vai terminar no dia de São Nunca, como se dizia antigamente.
O mais lamentável foi o excesso de sustentação do ministro Celso de Mello. Vivendo seus 15 minutos de fama, como dizia Andy Warhol, o magistrado valorizou demais a oportunidade, saiu falando pelos cotovelos, até chegar aos direitos humanos nas cortes internacionais.
Com isso, tentava justificar que os embargos infringentes representariam a oportunidade de defesa aos condenados (“não esses, mas qualquer cidadão, em qualquer instância”, proclamou, como se estivesse preocupado com os desprezados pela Justiça), vejam quanta hipocrisia.
Nessa oratória aparentemente brilhante, entremeada de citações de acordos internacionais, defendeu a tese de que o Brasil (como nação), tem de se curvar à soberania dos tribunais internacionais.
Foi tão brilhante, que tomo a liberdade de sugerir que o ilustre causídico, assim que deixar a toga (ele está perto de se aposentar), seja contratado pelo CIMI (Conselho Missionário Indígena) para defender a independência das “nações” indígenas brasileiras, que estão reivindicando quase 20% do território nacional, de porteira fechada, como se diz no interior, e sem possibilidade de acesso a nenhum cidadão brasileiro, inclusive as Forças Armadas. Celso de Mello tem o perfil adequado, não é mesmo?
Bem, perdi a aposta, pensei que o ministro não quisesse passar para a História do Judiciário dessa forma degradante. Espero que o povo brasileiro não perca a paciência com esses três Podres Poderes, como diz Caetano Veloso.
18 de setembro de 2013
Carlos Newton
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