Os Estados Unidos são um país sórdido, imperialista e dominador, mas têm muita grandeza, é um povo admirável e cultiva algumas práticas democráticas que merecem ser enaltecidas. Uma delas, que o Brasil somente agora começa a imitar timidamente, é a mania de colocar criminoso e corrupto na cadeia, não importa se está idoso e faz xixi na fralda geriátrica.
Outro costume extraordinário deles é a transparência nos atos públicos sigilosos, que se tornam públicos assim que termina o período da quarentena histórica.
Outro costume extraordinário deles é a transparência nos atos públicos sigilosos, que se tornam públicos assim que termina o período da quarentena histórica.
Sem paixões ideológicas, o Brasil deveria imitar o que os EUA ou qualquer outro país tem de bom. É triste que sempre precisemos recorrer à matriz quando queremos saber o que realmente ocorreu aqui na sucursal, tempos atrás.
COINCIDÊNCIA? – Exatamente quando mais se defende uma nova intervenção militar aqui na Carnavália, vem à tona (lá nos EUA) a prática oficial brasileira de executar opositores da ditadura de 64.
É claro que todos sabem das torturas e trucidamentos cometidos pela ditadura, mas nos últimos tempos esses atos de barbarismo passaram a ser sutilmente justificados, sob a alegação de que os militares apenas reagiam aos atos de terrorismo da luta armada.
De repente, é tenebroso ter a confirmação, vinda da matriz, de que a cúpula do governo ditatorial brasileiro, que incluía militares e civis, adotava como política oficial a execução de opositores. É uma vergonha inominável para os brasileiros.
SEM JUSTIFICATIVA – A alegação de que os terroristas faziam pior, porque matavam inocentes, é aparentemente válida, mas nada justifica torturas e execuções sumárias, num país sem pena de morte.
Além disso, o governo militar tinha a força das armas e recursos financeiros suficientes para combater e derrotar facilmente a luta armada, que nunca constituiu grande ameaça à ditadura.
Além disso, o governo militar tinha a força das armas e recursos financeiros suficientes para combater e derrotar facilmente a luta armada, que nunca constituiu grande ameaça à ditadura.
Torturas e execuções são considerados crimes contra a humanidade, coisas da Antiguidade, que ocorriam num tempo em que ainda não havia juízes de verdade. Mas parece que o mundo pouco mudou, pois ainda hoje sempre surge quem se disponha a defender essas práticas verdadeiramente monstruosas.
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P.S. – Nessa situação é sempre bom lembrar Lord Kenneth Clark, um dos maiores historiadores de todos os tempos, que morreu em 1983 sem jamais ter conhecido uma civilização. Sua frase mais célebre é esta: “Civilização? Sei bem o que significa. Se algum dia encontrar alguma, saberei reconhecê-la”. (C.N.)
11 de maio de 2018
Carlos Newton
Subversivos perigosos assim foi estabelecido e erradamente classificaram. Por isso hoje estamos nas mãos deles. A seleção deveria ter sido mais apertada e não existiriam esta cobras que hoje nos mordem, roubam e matam.
ResponderExcluirOlhando hoje o horizonte histórico de mais de 50 anos, sempre fica mais fácil condenar as práticas repressivas usadas, no caso da contra-revolução de 64.O distanciamento histórico nos permite o olhar crítico, sobretudo quando possuímos novos valores humanitários e legais. Em qualquer tempo sempre condenaremos os excessos que se pratica em todo regime autoritário. Não se pode negar a violência da tortura e do extermínio daqueles foram considerados "inimigos do sistema". Excessos de parte a parte foram cometidos. O regime armado exacerbou o perigo de "guerrilheiros" absolutamente desprovidos dos mesmos recursos de que dispunha a instituição militar, não obstante também tenham usado da violência indiscriminada. A proposta revolucionária era o totalitarismo cubano, que foi responsável por crimes brutais, praticados durante e muito depois de vencida a revolução de Fidel. Jamais saberemos o que poderia ter acontecido em termos de violência e justiçamento, se a cubanização houvesse vencido. Permanecerá no silêncio da derrota.
ResponderExcluirO 'mea culpa' das forças que venceram, expressou-se na Constituição de 1988. Uma Carta capenga, socialista, e que distribuiu os louros da vitória aos perdedores. A tal comissao da verdade é um dos seus trunfos. Os que tentaram comunizar o país, assumiram 'democraticamente' o poder, transformando o Brasil no grande laboratório do socialismo, plantando no coração da grande metrópole o Foro de São Paulo, a máquina estratégica que orientou todo o processo 'lulopetista' de governo. Por pura incompetência, para sorte dos brasileiros, a ambição mergulhou o projeto de poder alimentado por esse 'cavalo de tróia' na mais depravada corrupção. Hoje, assistimos o recomeço, com o ícone maior desse processo ladravaz, condenado e encarcerado por crimes de corrupção.
O futuro mais uma vez nos dá a oportunidade de reiniciarmos a história. Já atravessamos o rubicão. Quem viver, verá.
Por que os Estados Unidos são um país sórdido? Por que sempre essa cantilena de 'imperialista'? Para que serve a história, senão para nos dar a oportunidade de aprendermos com os erros dos outros países e civilizações?
ResponderExcluir'Os americanos não são mais sábios do que os europeus, que viram a democracia dar lugar ao fascismo, ao nazismo, ao comunismo no século XX. Nossa única vantagem é poder aprender com a experiência deles.' (Timothy Snyder, Sobre a Tirania).
Aqui, na América Latina, os EUA será sempre demonizado, enquanto nosso continente alimentar a criminosa ideologia do comunismo, hoje travestido de 'socialismo'. Por mais amarga que seja a experiência vivida por alguns países latinos (Cuba, Venezuela etc), continuamos insistindo na grande fantasia dessa perversa ideologia, que a grande mídia persiste em enfiar guela abaixo, através de uma cretina manipulação de massa e formação de opinião pública. O granscismo invadiu as universidades, que se transformaram em palco do esquerdismo, ao mesmo tempo em que rebaixaram a níveis degradantes a educação e o conhecimento.