Em mais uma visita a Belo Horizonte, o deputado federal e pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse acreditar que ele será o maior beneficiado com a saída do ex-presidente do Supremo, Joaquim Barbosa (PSB), que desistiu da disputa.
Bolsonaro veio até a capital para conceder palestra a empresários na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e mais cedo se encontrou com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS). Bolsonaro afirmou que grande parte das intenções de voto de Barbosa era de pessoas que identificavam nele alguém que combate a corrupção do meio político.
MESMO PERFIL – O deputado acredita que com Barbosa de fora, ele é o presidenciável que tem o perfil de alguém que luta contra corrupção.
“Quando o nome de Barbosa começou a aparecer nas pesquisas eu imaginei que fosse uma estratégia para me desidratar e me desidratou um pouco mesmo. Agora com a saída dele da disputa eu serei o maior beneficiado. O pessoal que vota nele, vota pelo combate à corrupção”, disse.
Bolsonaro também comentou sobre as críticas que Barbosa fez contra ele, dizendo que Bolsonaro é um risco para o Brasil. “É um posicionamento de quem não entende absolutamente nada de política. Se eu sou tão perigoso assim, e ele tinha a chance de ganhar, que brasileiro é ele que correu?”, disse.
CAMPANHA BARATA – Bolsonaro também afirmou que precisa apenas de R$ 1 milhão para sua campanha. Ele explicou que pretende alcançar esse valor com doações de pessoas físicas e disse que vai abrir mão de usar o fundo eleitoral de financiamento público de campanha.
“Eu teria direito a R$ 3 milhões do Fundo Eleitoral, mas não seria ético da minha parte usar esse dinheiro. Eu votei contra o Fundo Eleitoral, seria contraditório utilizar essa verba agora, mesmo sendo legal”.
Bolsonaro também comentou sobre o fato das investigações do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) apontarem o suposto envolvimento de policiais militares na execução. “Isso é possível, se ficar comprovado, pau neles. Eu defendo o bom policial militar”.
11 de maio de 2018
Bernardo Miranda
O Tempo
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