"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Como Mourão pode blindar Bolsonaro?



Até agora, a maior novidade estratégica da campanha eleitoral vem dos militares. Simbolicamente, a Caserna manda o recado de que não vai tolerar uma sabotagem programada contra a candidatura presidencial de Jair Bolsonaro. Embora o Exército, como instituição, não apóie o “Capitão”, os Generais já comentam, nos bastidores, que a Força Terrestre não verá com bons olhos que o Supremo Tribunal Federal ou o Tribunal Superior Eleitoral tentem impedir que Bolsonaro dispute a sucessão temerária de 2018.

Qual o significado político-tático de os Generais Mourão, Paulo Assis e do Brigadeiro Átima Maia terem se filiado ao PRTB - presidido por Levy Fidélix? A interpretação básica é que os militares, em sua estratégia de “aproximações sucessivas”, claramente se antecipam a eventuais golpes institucionais pela via da judicialização. Além de entender a importância da participação direta e legítima na atividade legislativa, com a militância da “reserva-ativa”, os estrategistas nas Forças Armadas querem impedir, neutralizar e agir, antecipadamente, contra novos ataques na guerra ideológica de comunicação que tenta desmoralizá-los politicamente.

A filiação de Hamilton Mourão ao PRTB é encarada como um recado. O militar já avisou que é candidato a Presidente – só que do Clube Militar. Publicamente, o General já avisou que não pretende concorrer ao Palácio do Planalto no pleito de 2018. No entanto, Mourão deixou a porta escancarada para, eventualmente, ser candidato a vice em dobradinha com Jair Bolsonaro – que desponta na dianteira das “enquetes eleitoreiras” (vulgarmente chamadas de “pesquisas”). Mourão seria a blindagem perfeita para Bolsonaro – antes da eleição e na eventual vitória.

O primeiro recado é que, se Bolsonaro sofrer um golpe do Mecanismo e ficar impedido de concorrer à Presidência, o General Mourão é o “plano B”. “Pesquisas” informais já indicam que o nome de Mourão teria até mais força eleitoral que o “mito” abertamente apoiado por ele. Seria quase impossível negar que Mourão seria automaticamente apoiado pelas Forças Armadas – amadas ou não pela mídia de canhota. Além disse, caso venha mesmo como vice do Bolsonaro, quem teria a coragem de, eventualmente, tentar um impeachment do Presidente, tendo Mourão como “substituto eventual”?

O medo da eleição de Bolsonaro (ou Mourão) é o real motivo por trás do mais recente e patético ataque dos inimigos dos militares. Como de mau vício, o Grupo Globo atua como grande porta-voz do cagaço dos bandidos institucionais em relação às Forças Armadas brasileiras. Passando recibo e tentando impor uma “vacina” contra alguma “Intervenção Militar” – cada vez mais defendida publicamente pela maioria da população -, foi desenterrado ontem um dossiê da Central de Inteligência dos Estados Unidos da América (CIA), denunciando que os ex-Generais-Presidentes Ernesto Geisel e seu sucessor, João Figueiredo, comandaram uma “política de execuções de inimigos do regime militar”.

A Globo e O Globo deram exagerado destaque ao memorando de 11 de abril de 1974, enviado pelo diretor da CIA, William Colby, para o secretário de Estado americano na época, Henry Kissinger, descrevendo detalhes de um encontro que aconteceu em 30 de março daquele ano, 15 dias após o general Geisel assumir a Presidência. A denúncia é que deveria continuar a “política” de “eliminação de inimigos subversivos do regime, já que “cerca de 104 pessoas nesta categoria foram sumariamente executadas no Centro de Informação do Exército nos últimos anos”.

Como foi que a CIA captou uma conversa palaciana entre os Generais Milton Tavares de Souza e Confúcio Danton de Paula Avelino, que foram chefes do Centro de Informação do Exército, com o general João Baptista Figueiredo (na época, chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI) e o Presidente Geisel? Será que havia alguma escuta ambiental clandestina no Palácio do Planalto? Nem Freud e muito menos a reportagem explicam...

O Memorando da CIA informa que o General Geisel “ponderou a seriedade e os aspectos potencialmente prejudiciais desta política e disse que iria pensar sobre o assunto durante o fim de semana até chegar a uma decisão se continuaria ou não com esta política”. O documento revela que, “no dia 1º de abril, o presidente Geisel disse ao general Figueiredo que a política deveria continuar, mas que cuidados deveriam ser tomados para garantir que apenas subversivos perigosos fossem executados”.

Nenhum dos Generais citados estão mais vivos para se defenderam da acusação. É por essas e outras que os militares não estão de brincadeira com as “aproximações sucessivas” realizadas ultimamente para mandar recados corretivos aos pecadores institucionais em todos os poderes dominados pelo Crime... A tática também vale para a mídia amestrada que cumpre a missão permanente de tentar destruir, sem sucesso, a imagem dos militares, sempre associando-os “a uma ditadura que não pode voltar a se repetir”.

É por isso que o Alerta Total volta a perguntar, recomendando a leitura de artigo aqui publicado recentemente: Quem tem medo dos militares?


Tiro do Tira nos Corruptos

Viraliza na Internet o corajoso e indignado depoimento de um Policial Federal que atuou na recente Operação Prato Feito. A revolta dele reflete o senso comum dos brasileiros prontos para uma explosão de ódio contra os corruptos...


Que homenagem às mães...

O que se pode esperar do Brasil em que o regramento excessivo de leis contraditórias permite o benefício da soltura, no dia das mães, da filha que assassinou os Pais (Suzane Von Richtoffen) e da mãe que matou a enteada (Anna Carolina Jatobá)...

Suzane foi condenada a 39 anos de prisão e Anna pegou 27 anos de cadeia.

Espera-se que elas retornem à Penitenciária de Tremembé até até a próxima terça-feira...

Três Neurônios: O mistério da Garrafa falante

No novo programa dos Três Neurônios, um milagre: a Garrafa fala e fica solidária ao STF que também concorda com a linha do “Cana para Lula”. Imagina o que nosso Presodentro faria com uma garrafa falante... Confira e divulgue em https://youtu.be/3Jcj4KgDNHQ


















Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

11 de maio de 2018
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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