GRUPO LIDERADO PELO ATUAL PRESIDENTE TERIA RECEBIDO R$ 350 MILHÕES
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sustenta na denúncia criminal contra o “quadrilhão” do PT, apresentada nesta terça-feira, 5, que os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e o ex-ministro Antonio Palocci “compraram” o apoio político do “PMDB da Câmara”, liderado pelo atual presidente da República, Michel Temer, em troca de cargos no governo.
“Ainda no tema de tratativas ilícitas para compra de apoio político, os ora denunciados, especialmente, Lula, Dilma e Palocci, também negociaram junto à liderança do PMDB da Câmara a compra do apoio desta bancada do Partido em troca de cargos públicos relevantes que poderiam ser instrumentalizados, como de fato foram, para arrecadação de propina”, afirma Janot.
A denúncia, de 209 páginas, apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), acusa Lula, Dilma, Palocci e outros quatro ex-ministros petistas e o ex-tesoureiro do partido João Vaccari por formação de uma organização criminosa que desviou R$ 1,48 bilhão em propinas da Petrobrás.
Janot diz que em 2006 – ano da reeleição de Lula -, “os integrantes do núcleo político da organização criminosa do PT tinham, pelo menos, dois interesses prioritários” na composição com o PMDB. “A prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) que ficaria nas mãos do PMDB, no projeto de relatoria de Eduardo Cunha, e foi utilizada como objeto de barganha com o Governo; a necessidade de ampliação da base do governo em razão do processo do “Mensalão” que havia enfraquecendo o poder político da cúpula do Poder Executivo Federal integrada por parte dos denunciados.”
A PGR sustenta que esses temas foram negociados com “Michel Temer e Henrique Eduardo Alves, na qualidade de presidente e líder do PMDB, que concordaram no ingresso do PMDB da Câmara na base do governo em troca de alguns cargos, tais como a Presidência de Furnas, a vice-presidência da Vifug (na CEF), o Ministério da Integração Nacional, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a Diretoria Internacional da Petrobras, entre outros”.
Na denúncia, Janot montou um quadro dos cargos indicados no governo Lula.
“No dia 30 de novembro de 2006, o Conselho Nacional do PMDB, presidido à época por Michel Temer, aprovou a integração da legenda, em bloco, à base aliada do Governo Lula. Em contrapartida, o grupo liderado por Michel Temer indicou os nomes dos seguintes agentes públicos, que foram posteriormente nomeados pelos grupo político do PT, em especial Lula e Dilma.”
Segundo a denúncia, o PMDB da Câmara recebeu pelo menos R$ 350 milhões do esquema de desvios na Petrobrás. “Consoante as investigações em curso no Inquérito 4327, o grupo do PMDB da Câmara dos Deputados que integrou a organização criminosa obteve ilicitamente pelo menos R$ 350.000.000,00 a partir de propina paga por empresas que se relacionaram com esses órgãos acima citados.”
‘Quadrilhão’. Esta é a segunda denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra políticos no ramo de investigação conhecido como “quadrilhão” – que apurou a organização entre políticos e operadores para atuar na petrolífera. Na semana passada, Janot denunciou políticos do PP, que é hoje a quarta maior bancada da Câmara dos Deputados.
Entre os denunciados estão ainda Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil), Guido Mantega (Fazenda), Edinho Silva (Comunicação), Paulo Bernardo (Comunicação e Planejamento) e Gleisi Hoffman (Casa Civil). E ainda o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
A nova denúncia acusa recebimento de R$ 1,48 bilhão em propinas pelos petistas, no esquema de desvios na Petrobrás. “Pelo menos desde meados de 2002 até 12 de maio de 20161 , os denunciados, integraram e estruturaram uma organização criminosa com atuação durante o período em que Lula e Dilma Rousseff sucessivamente titularizaram a Presidência da República, para cometimento de uma miríade de delitos, em especial contra a administração pública em geral”, afirma Janot.
A investigação foi aberta na primeira leva de inquéritos pedidos por Janot ao STF na Lava Jato, em março de 2015. No meio do caminho, contudo, a própria PGR pediu para fatiar a investigação em 4 ramos: PP, PMDB do Senado, PMDB da Câmara e PT.
“Além dos denunciados, o núcleo político de referida organização era composto também por outros integrantes do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e do Partido Progressista (PP), agentes públicos cujas condutas são objeto de outros inquéritos”, diz a denúncia.
“O segmento da organização criminosa ora denunciado (político PT), é parte de uma organização criminosa única, que congrega, pelo menos, os partidos PT, PMDB e PP, bem como núcleos diversos (econômico, administrativo e financeiro).” (AE)
06 de setembro de 2017
diário do poder
EM DENÚNCIA CONTRA LULA, DILMA E ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA PETISTA, JANOT AFIRMA QUE PMDB DA CÂMARA FOI COMPRADO (FOTO: RICARDO STUCKERT) |
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sustenta na denúncia criminal contra o “quadrilhão” do PT, apresentada nesta terça-feira, 5, que os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e o ex-ministro Antonio Palocci “compraram” o apoio político do “PMDB da Câmara”, liderado pelo atual presidente da República, Michel Temer, em troca de cargos no governo.
“Ainda no tema de tratativas ilícitas para compra de apoio político, os ora denunciados, especialmente, Lula, Dilma e Palocci, também negociaram junto à liderança do PMDB da Câmara a compra do apoio desta bancada do Partido em troca de cargos públicos relevantes que poderiam ser instrumentalizados, como de fato foram, para arrecadação de propina”, afirma Janot.
A denúncia, de 209 páginas, apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), acusa Lula, Dilma, Palocci e outros quatro ex-ministros petistas e o ex-tesoureiro do partido João Vaccari por formação de uma organização criminosa que desviou R$ 1,48 bilhão em propinas da Petrobrás.
Janot diz que em 2006 – ano da reeleição de Lula -, “os integrantes do núcleo político da organização criminosa do PT tinham, pelo menos, dois interesses prioritários” na composição com o PMDB. “A prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) que ficaria nas mãos do PMDB, no projeto de relatoria de Eduardo Cunha, e foi utilizada como objeto de barganha com o Governo; a necessidade de ampliação da base do governo em razão do processo do “Mensalão” que havia enfraquecendo o poder político da cúpula do Poder Executivo Federal integrada por parte dos denunciados.”
A PGR sustenta que esses temas foram negociados com “Michel Temer e Henrique Eduardo Alves, na qualidade de presidente e líder do PMDB, que concordaram no ingresso do PMDB da Câmara na base do governo em troca de alguns cargos, tais como a Presidência de Furnas, a vice-presidência da Vifug (na CEF), o Ministério da Integração Nacional, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a Diretoria Internacional da Petrobras, entre outros”.
Na denúncia, Janot montou um quadro dos cargos indicados no governo Lula.
“No dia 30 de novembro de 2006, o Conselho Nacional do PMDB, presidido à época por Michel Temer, aprovou a integração da legenda, em bloco, à base aliada do Governo Lula. Em contrapartida, o grupo liderado por Michel Temer indicou os nomes dos seguintes agentes públicos, que foram posteriormente nomeados pelos grupo político do PT, em especial Lula e Dilma.”
Segundo a denúncia, o PMDB da Câmara recebeu pelo menos R$ 350 milhões do esquema de desvios na Petrobrás. “Consoante as investigações em curso no Inquérito 4327, o grupo do PMDB da Câmara dos Deputados que integrou a organização criminosa obteve ilicitamente pelo menos R$ 350.000.000,00 a partir de propina paga por empresas que se relacionaram com esses órgãos acima citados.”
‘Quadrilhão’. Esta é a segunda denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra políticos no ramo de investigação conhecido como “quadrilhão” – que apurou a organização entre políticos e operadores para atuar na petrolífera. Na semana passada, Janot denunciou políticos do PP, que é hoje a quarta maior bancada da Câmara dos Deputados.
Entre os denunciados estão ainda Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil), Guido Mantega (Fazenda), Edinho Silva (Comunicação), Paulo Bernardo (Comunicação e Planejamento) e Gleisi Hoffman (Casa Civil). E ainda o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
A nova denúncia acusa recebimento de R$ 1,48 bilhão em propinas pelos petistas, no esquema de desvios na Petrobrás. “Pelo menos desde meados de 2002 até 12 de maio de 20161 , os denunciados, integraram e estruturaram uma organização criminosa com atuação durante o período em que Lula e Dilma Rousseff sucessivamente titularizaram a Presidência da República, para cometimento de uma miríade de delitos, em especial contra a administração pública em geral”, afirma Janot.
A investigação foi aberta na primeira leva de inquéritos pedidos por Janot ao STF na Lava Jato, em março de 2015. No meio do caminho, contudo, a própria PGR pediu para fatiar a investigação em 4 ramos: PP, PMDB do Senado, PMDB da Câmara e PT.
“Além dos denunciados, o núcleo político de referida organização era composto também por outros integrantes do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e do Partido Progressista (PP), agentes públicos cujas condutas são objeto de outros inquéritos”, diz a denúncia.
“O segmento da organização criminosa ora denunciado (político PT), é parte de uma organização criminosa única, que congrega, pelo menos, os partidos PT, PMDB e PP, bem como núcleos diversos (econômico, administrativo e financeiro).” (AE)
06 de setembro de 2017
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