O Ministério Público Federal (MPF) pediu o bloqueio de até R$ 1 bilhão do patrimônio de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB); do empresário Arthur Cesar Soares de Menezes Filho, o “Rei Arthur”; e de Eliane Pereira Cavalcante, ex-sócia do empresário. O objetivo, segundo procuradores, é reparar os danos causados pelos trio devido às proporções mundiais da acusação, de fraude na escolha da sede da Olimpíada Rio 2016.
Segundo o MPF, os investigados obtiveram lucros mediante prática de corrupção e, com isso, lesaram os cofres públicos. O pedido de bloqueio, que inclui bens de valor como apartamentos, joias e carros de luxo, seria essencial para o desmantelamento da organização criminosa.
OPERAÇÃO UNFAIR PLAY – Agentes da Polícia Federal e do MPF estão nas ruas do Rio, desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (5), para prender suspeitos de comprar jurados da eleição da cidade sede da Olimpíada de 2016. A operação, batizada de Unfair Play, é mais uma etapa da Lava Jato no Rio de Janeiro.
Em março, o jornal francês “Le Monde” havia denunciado que, três dias antes da escolha da cidade, houve pagamento de propina a dirigentes do Comitê Olímpico Internacional.
Por volta das 6h, os agentes chegaram à casa de Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Rio 2016, para cumprir mandados de busca. Estão sendo realizadas buscas também na sede do COB. Nuzman será intimado a depor nesta terça na sede da PF.
COMPRA DE VOTOS – As investigações encontraram indícios de que Nuzman teve participação na compra de votos de membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) para os jogos e que teria sido o responsável por interligar corruptos e corruptores.
O Ministério Público das Finanças francês já vinha fazendo essa investigação da compra de votos e, por um acordo de cooperação, está trabalhando com o Ministério Público Federal do Brasil. Na manhã desta terça, há autoridades francesas acompanhando a operação na casa de Nuzman, no Leblon, na Zona Sul do Rio.
Há um mandado de prisão preventiva contra Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como Rei Arthur (ex-dono da fornecedora do Estado chamada Facility), e outro contra Eliane Pereira Cavalcante, ex-sócia dele na empresa. Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Este é o famoso Legado Olímpico. Na operação, faltou incluir Pezão e Eduardo Paes (Cabral nem precisa, porque já está na cadeia). O melhor é saber que acabou o longo reinado do “Rei Arthur”, uma das tradições na corrupção do Rio de Janeiro, igual à Fetranspor – mudava o governo, mas a mamata continuava. De Moreira Franco a Pezão, todos os governadores foram súditos do “Rei Arthur”, um corruptor discretíssimo, que sempre evitou aparecer em público e ser reconhecido. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Este é o famoso Legado Olímpico. Na operação, faltou incluir Pezão e Eduardo Paes (Cabral nem precisa, porque já está na cadeia). O melhor é saber que acabou o longo reinado do “Rei Arthur”, uma das tradições na corrupção do Rio de Janeiro, igual à Fetranspor – mudava o governo, mas a mamata continuava. De Moreira Franco a Pezão, todos os governadores foram súditos do “Rei Arthur”, um corruptor discretíssimo, que sempre evitou aparecer em público e ser reconhecido. (C.N.)
06 de setembro de 2017
Arthur Guimarães e Henrique Coelho
TV Globo e G1 Rio
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