"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

AGORA SÓ FALTA GEDDEL DIZER QUE OS R$ 51 MILHÕES FORAM PLANTADOS POR JANOT



Parte do dinheiro de Geddel eram dólares
A Polícia Federal (PF) contabilizou R$ 51 milhões em dinheiro (reais e dólares)  apreendido em um “bunker” em Salvador que seria, supostamente, utilizado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima  – R$ 42.643.500,00 e US$ 2.688.000,00. O dinheiro será depositado em uma conta judicial.  A PF informou que essa é a maior apreensão em dinheiro já realizada no Brasil. Geddel, que já foi ministro da Secretaria de Governo do presidente Michel Temer, cumpre prisão domiciliar em Salvador.
A ação faz parte da Operação Tesouro Perdido, que cumpriu mandado de busca e apreensão emitido pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. A PF recebeu em 14 de julho de 2017, por meio de um telefonema, informação de que o ex-ministro estaria escondendo “provas ilícitas” em caixas de documentos. O imóvel pertence a Silvio Silveira, que teria cedido o local para que o ex-ministro guardasse os pertences de seu pai já falecido.
DINHEIRO DO PAPAI – O apartamento fica em um edifício na Rua Barão de Loreto, no bairro da Graça. Os policiais federais procuraram moradores do prédio, que confirmaram a notícia de que alguém estaria usando o apartamento para guardar “pertences do pai”. Segundo a PF, os valores apreendidos serão transportados a um banco onde será contabilizado e depositado em conta judicial.
A localização do “bunker” foi possível após investigações nas últimas fases da Operação Cui Bono. Nesse caso, Geddel é suspeito de ter recebido cerca de R$ 20 milhões em propina de empresas interessadas na liberação de financiamentos na Caixa Econômica Federal (CEF), banco no qual o ex-ministro foi vice-presidente de Pessoa Jurídica entre 2011 e 2013, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Outra operação, a Sépsis, também lançou suspeitas sobre Geddel, relativas ao pagamento de propinas para conseguir créditos no Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), administrado pela Caixa.
“Assim, há fundadas razões de que no supracitado imóvel existam elementos probatórios da prática dos crimes relacionados na manipulação de créditos e recursos realizadas na Caixa Econômica Federal, considerando que Geddel Quadros Vieira Lima é um dos envolvidos no referido esquema ilícito e estava fazendo uso velado do aludido apartamento, que não lhe pertence, mas a terceiros, para guardar objetos/documentos”, escreveu o juiz Vallisney em sua decisão.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Geddel está se recusando a dar entrevistas, seus advogados também sumiram. Estão reunindo provas de que o ex-ministro é “perseguido político “e a culpa de tudo isso é do procurador Rodrigo Janot, que, segundo o ministro Gilmar Mendes, é desequilibrado e tem mania de perseguir político decente. (C.N.)


06 de setembro de 2017
Adriana Mendes e André de Souza
O Globo

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