O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, convocou uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, dia 4, para anunciar que vai investigar “omissão” de informações em acordo de delação premiada da JBS. “Determinei hoje a abertura de investigação para apurar indícios de omissão de informações sobre prática de crimes no processo de negociação para assinatura do acordo de colaboração premiada no caso JBS”, afirmou.
“Áudios com conteúdo grave, eu diria gravíssimo, foram obtidos pelo Ministério Público Federal na semana passada, precisamente quinta-feira, às 19h. A análise de tal gravação revelou diálogo entre dois colaboradores com referências indevidas à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal. Tais áudios também contêm indícios, segundo esses dois colaboradores, de conduta em tese criminosa atribuída ao ex-procurador Marcelo Miller.”
AUXILIAR DO GABINETE – Janot prosseguiu. “Ao longo de três anos, Marcelo Miller foi auxiliar do gabinete do procurador-geral, convocado por suas qualidades técnicas. Se descumpriu a lei no exercício de sua função, deverá pagar por isso. Não só ele e, repito, qualquer pessoa que tenha descumprido a lei deverá pagar sobre isso. Não há ninguém, ninguém que republicanamente esteja a salvo da aplicação da lei. O Ministério Público tem uma mãe que é a Constituição e a lei e sobre esse manto atuamos independentemente de quem tenha agido. O MPF atuou na mais absoluta boa fé para a celebração desse acordo. Se ficar provada qualquer ilicitude, o acordo de colaboração premiada será rescindido.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como sempre assinalamos aqui no blog, todos os delatores são iguais – sem exceção, revelam apenas o mínimo necessário para que a delação seja aceita. Foi assim com o doleiro Alberto Youssef, com os empresários Ricardo Pessoa, Otávio Azevedo, Marcelo Odebrecht, Léo Pinheiro, com os delatores Renato Duque, Nestor Cerveró, Lúcio Funaro, Eduardo Cunha etc. e tal. Todos eles sonegaram informações gravíssimas. Em alguns casos, houve recall, em outros, não. Agora, chegou a vez de Joesley. que corre o risco de ser preso, vejam como se comportou de forma idiota e agora corre risco de ser preso. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como sempre assinalamos aqui no blog, todos os delatores são iguais – sem exceção, revelam apenas o mínimo necessário para que a delação seja aceita. Foi assim com o doleiro Alberto Youssef, com os empresários Ricardo Pessoa, Otávio Azevedo, Marcelo Odebrecht, Léo Pinheiro, com os delatores Renato Duque, Nestor Cerveró, Lúcio Funaro, Eduardo Cunha etc. e tal. Todos eles sonegaram informações gravíssimas. Em alguns casos, houve recall, em outros, não. Agora, chegou a vez de Joesley. que corre o risco de ser preso, vejam como se comportou de forma idiota e agora corre risco de ser preso. (C.N.)
06 de setembro de 2017
Deu no Estadão
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