O grupo J&F divulgou, na noite desta segunda-feira, dia 4, uma nota em que diz que “a interpretação precipitada dada ao material entregue pelos próprios executivos à Procuradoria Geral da República será rapidamente esclarecida, assim que a gravação for melhor examinada”.
Como se sabe, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, anunciou nesta segunda-feira que instaurou uma investigação sobre as tratativas da delação dos executivos do Grupo J&F, controlador da JBS. Ele anunciou que foram encontrados fatos ‘gravíssimos’ em novos áudios obtidos pela Procuradoria, o que poderia até causar a rescisão do acordo de delação premiada.
ELUCUBRAÇÕES – Segundo o comunicado da J&F, “conforme declarou a própria PGR, em nota oficial, o diálogo em questão é composto de ‘meras elucubrações, sem qualquer respaldo fático’. Ou seja, apenas cogitações de hipóteses – não houve uma palavra sequer a comprometer autoridades”.
“É verdade que ao longo do processo de decisão que levou ao acordo de colaboração, diversos profissionais foram ouvidos – mas em momento algum houve qualquer tipo de contaminação que possa comprometer o ato de boa fé dos colaboradores”, conclui a J&F, na nota.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A nota da J&F, que é holding da velha Friboi, tenta manipular os fatos. Não se trata de elucubrações, mas da omissão de fatos concretos nos depoimentos dos controladores e dos executivos do grupo. A gravação que comprova a cooptação do então procurador Marcelo Miller, assessor de Janot, foi apagada por ordem de Joesley Batista. Trata-se de um fato, não pode ser contestado nem interpretado de forma aleatória.
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A nota da J&F, que é holding da velha Friboi, tenta manipular os fatos. Não se trata de elucubrações, mas da omissão de fatos concretos nos depoimentos dos controladores e dos executivos do grupo. A gravação que comprova a cooptação do então procurador Marcelo Miller, assessor de Janot, foi apagada por ordem de Joesley Batista. Trata-se de um fato, não pode ser contestado nem interpretado de forma aleatória.
Quando se faz um acordo de delação premiada, os beneficiários têm obrigação de contar tudo o que ocorreu, sem omitir detalhes para beneficiar a si próprios e a outros envolvidos. A recuperação das gravações mostra a má fé do grupo J&F. Agora, Joesley terá de prestar novos depoimentos e anexar provas materiais, para tentar a salvação de seu generoso acordo de delação premiada. Vamos ver se ele tem juízo. Ou não, como diria Caetano Veloso. (C.N.)
O6 de setembro de 2017
Deu em O Tempo
(Agência Estado)
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