Os organizadores da caravana pré-eleitoral que está levando em visita o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a todos os estados do Nordeste, chegaram a pensar se não valeria a pena na abertura do programa (ontem, em Salvador) convidar o ex-líder do PT na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza – desligado do partido no ano passado – para um reatamento público das relações entre os dois.
O fato de Vaccarezza – sempre tido como um dos melhores amigos de Lula - estar indiciado na Lava-Jato não chegaria a representar um problema para o ex-presidente, na medida em que ele mesmo é um condenado por corrupção, aguardando em liberdade um segundo julgamento.
Além disso, alguns dos que acompanham Lula no festival nordestino também estão com problemas com a polícia ou a Justiça, como a própria presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (recentemente acusada de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, além de crime eleitoral), o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli (acusado pelo Ministério Público de improbidade administrativa), e o ex-governador Jaques Wagner (STF enviou petição ao TRF para abertura de ação por corrupção no esquema Odebrecht).
Mas, afinal, se não foi por ser suspeito de corrupção porque não chamaram o Vaccarezza para ir apertar a mão de Lula em Salvador? As razões foram diversas: os petistas acham que seu ex-líder na Câmara virou uma expressão menor na política. Além do mais seu partido atual, o PTdoB, não passaria de uma agremiação irrelevante. E, pecado mortal para o PT, tem o ex-deputado mantido interlocução ocasional com o presidente Michel Temer. Finalmente, ele declarou recentemente à imprensa que nem amarrado votaria em Lula nas eleições de 2018. Isso é, se Lula já não estivesse então na cadeia.
De qualquer modo, o não reatamento Lula-Vaccarezza acabou sendo comemorado pelo PT, pois hoje Lula não terá de responder a perguntas da imprensa, após a divulgação, hoje, de que Vaccarezza foi preso na 44ª fase da operação Lava-Jato ( “Operação Abate”), suspeito de corrupção, desvio de verbas públicas e lavagem de ativos na contratação de grandes empresas pela Petrobras.
Os procuradores dizem que influência de Vaccarezza, em função do cargo que ocupava à época (2010 e 2013), levou à celebração de doze contratos entre a estatal com a empresa Sargeant Marine, no valor de aproximadamente 180 milhões de dólares. “As evidências indicam ainda que sua atuação ocorreu no contexto do esquema político-partidário que drenou a Petrobras, agindo em nome do Partido dos Trabalhadores (PT)”, informou em nota o Ministério Público Federal.
19 de agosto de 2017
Pedro Luiz Rodrigues
O fato de Vaccarezza – sempre tido como um dos melhores amigos de Lula - estar indiciado na Lava-Jato não chegaria a representar um problema para o ex-presidente, na medida em que ele mesmo é um condenado por corrupção, aguardando em liberdade um segundo julgamento.
Além disso, alguns dos que acompanham Lula no festival nordestino também estão com problemas com a polícia ou a Justiça, como a própria presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (recentemente acusada de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, além de crime eleitoral), o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli (acusado pelo Ministério Público de improbidade administrativa), e o ex-governador Jaques Wagner (STF enviou petição ao TRF para abertura de ação por corrupção no esquema Odebrecht).
Mas, afinal, se não foi por ser suspeito de corrupção porque não chamaram o Vaccarezza para ir apertar a mão de Lula em Salvador? As razões foram diversas: os petistas acham que seu ex-líder na Câmara virou uma expressão menor na política. Além do mais seu partido atual, o PTdoB, não passaria de uma agremiação irrelevante. E, pecado mortal para o PT, tem o ex-deputado mantido interlocução ocasional com o presidente Michel Temer. Finalmente, ele declarou recentemente à imprensa que nem amarrado votaria em Lula nas eleições de 2018. Isso é, se Lula já não estivesse então na cadeia.
De qualquer modo, o não reatamento Lula-Vaccarezza acabou sendo comemorado pelo PT, pois hoje Lula não terá de responder a perguntas da imprensa, após a divulgação, hoje, de que Vaccarezza foi preso na 44ª fase da operação Lava-Jato ( “Operação Abate”), suspeito de corrupção, desvio de verbas públicas e lavagem de ativos na contratação de grandes empresas pela Petrobras.
Os procuradores dizem que influência de Vaccarezza, em função do cargo que ocupava à época (2010 e 2013), levou à celebração de doze contratos entre a estatal com a empresa Sargeant Marine, no valor de aproximadamente 180 milhões de dólares. “As evidências indicam ainda que sua atuação ocorreu no contexto do esquema político-partidário que drenou a Petrobras, agindo em nome do Partido dos Trabalhadores (PT)”, informou em nota o Ministério Público Federal.
19 de agosto de 2017
Pedro Luiz Rodrigues
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