O telejornal RJTV teve acesso exclusivo ao depoimento do ex-secretário municipal de Ordem Pública Rodrigo Bethlem, que foi ouvido pela Polícia Federal na última terça-feira (dia 15), em uma investigação ligada à operação Lava Jato. Bethlem é suspeito de intermediar um esquema de corrupção que envolveria empresários de ônibus.
No depoimento, o ex-secretário afirmou que, desde 2015, quando terminou seu mandato de deputado federal, é sócio de uma consultoria, que naquele mesmo ano foi contratada pela Rio Ônibus – sindicato que reúne as empresas do setor no município do Rio – para fazer análises político-econômicas, como pesquisas de opinião e análise do panorama político e econômico local e nacional.
ESQUEMA DE CORRUPÇÃO – Bethlem disse que por causa desse contrato, mantinha contato direto com Lélis Teixeira, ex-presidente da Rio Ônibus e da Fetranspor, que foi preso por suspeita de participar de esquema de desvio de mais de R$ 250 milhões do setor de transporte público do RJ.
Sobre as mensagens de celular que mostram conversas com Teixeira, Bethlem disse que não se recordava do assunto tratado – em uma das conversas, ele afirmou que “Meu amigo garantiu que se o atual fizer ele mantém, entendeu?” – na ocasião, mas declarou que não se tratava de nada ilícito e que não se lembrava de quem seria o “amigo” em questão.
Sobre outra conversa, em que Bethlem pede a Teixeira que “tranquilize a turma e lhe conceda os louros“, ele disse que poderia estar se referindo à equipe da Rio Ônibus e a ter crédito por informações dadas por sua empresa. E sobre outro trecho, em que escreveu “esse vice vai dar muito trabalho“, ele disse que não poderia afirmar se estava se referindo a Fernando MacDowell, atual vice-prefeito e secretário de Transportes do Rio.
REUNIÃO COM BARATA – O ex-secretário também respondeu sobre um e-mail enviado por uma funcionária sua, em que solicita a realização de reuniões com Jacob Barata Filho, um dos maiores empresários de ônibus do Rio, para tratar de assuntos políticos com urgência. Bethlem afirmou que Barata havia solicitado pesquisas sobre o quadro político do município do Rio, e que os encontros seriam para passar as informações, além de dar consultoria presencial.
Bethlem também disse ser amigo do prefeito Marcelo Crivella, com quem fala esporadicamente e a quem auxiliou na montagem do plano de governo e orientou sobre a estrutura da Prefeitura do Rio, sempre de maneira informal e sem interesse em cargos no governo.
Finalmente, sobre o ex-prefeito Eduardo Paes, Bethlem disse que tinha relação de amizade, que depois rompeu por se sentir perseguido por integrantes do PMDB. Ele negou também ter participado de qualquer negociação junto a governos para beneficiar empresários de ônibus.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Depois da denúncia da ex-mulher, a imagem de Rodrigo Bethlem se desgastou por completo. Atualmente, sua ocupação em tempo integral é tentar se defender das múltiplas acusações criminais. Em breve, Bethlem e a quadrilha de Eduardo Paes estarão reunidos com a quadrilha de Sérgio Cabral na cadeia de Benfica, que o governador Pezão reformou para os amigos e para ele próprio, que também já deveria estar preso, mas está sendo favorecido pelo foro privilegiado no STJ. Mas essa moleza vai acabar em janeiro de 2019. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Depois da denúncia da ex-mulher, a imagem de Rodrigo Bethlem se desgastou por completo. Atualmente, sua ocupação em tempo integral é tentar se defender das múltiplas acusações criminais. Em breve, Bethlem e a quadrilha de Eduardo Paes estarão reunidos com a quadrilha de Sérgio Cabral na cadeia de Benfica, que o governador Pezão reformou para os amigos e para ele próprio, que também já deveria estar preso, mas está sendo favorecido pelo foro privilegiado no STJ. Mas essa moleza vai acabar em janeiro de 2019. (C.N.)
19 de agosto de 2017
Arthur Guimarães
G1/ RJTV
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