"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 19 de agosto de 2017

VENEZUELA: MOVIMENTO DE RESISTÊNCIA GANHA RECONHECIMENTO INTERNACIONAL



O regime chavista ordenou a captura internacional dos líderes da resistência venezuelana. Os ativistas Roderick Navarro e Eduardo Bittar estavam em visita à Colômbia, em busca de apoio internacional, quando receberam a notícia. Os dois líderes do movimento de resistência à ditadura narco-comunista procuram dizer a verdade ao mundo sobre a origem criminosa do regime chavista, e expondo o colaboracionismo da suposta “oposição”.

A ditadura chavista os acusa de terrorismo e os associa ao ataque ao quartel Paramacay, ocorrido no dia 6 de Agosto. Um dos comandantes dessa operação de ataque, Capitão Juan Carlos Caguaripano foi preso essa semana. É essa a situação em que se encontra no momento o movimento de resistência venezuelana, liderado pelo grupo Rumo à Liberdade e que se constitui na única oposição de fato ao regime chavista.

Como eles se encontram e território colombiano, os jovens líderes da resistência em tese estariam protegidos pelo direito internacional. Mas esse fato não nos dá garantia alguma uma vez que o governo de Juan Manuel Santos violou todas as leis e tratados internacionais e entregou nas mãos dos nossos carrascos venezuelanos outros jovens dissidentes venezuelanos (Processo Lorent Saleh e Gabriel Valles) que foram torturados e ainda permanecem presos.

Em várias entrevistas para a mídia da América Latina, os líderes pediram ajuda e solidariedade dos governos e povos da região, pois a situação na Venezuela é dramática.
A oposição oficial, socialdemocrata e socialista, decidiu rejeitar a ajuda oferecida pelo governo dos Estados Unidos. Uma atitude totalmente inaceitável pois, enquanto nosso povo morre de fome e pela repressão política, essa oposição argumenta que a soberania é indivisível. E esta oposição faz isso no exato momento em que o regime de Nicolas Maduro recebe rejeição e repúdio em todo o mundo, e concorda em participar de eleições regionais, legitimando mais uma vez o regime assassino.

Acredito que pela primeira vez o ditador Nicolás Maduro sente-se ameaçado por adversários reais e busca todos os meios para coagir, perseguir e encarcerar. Longe de se acovardar ou vacilar, os jovens ativistas do movimento de resistência afirmam que estão reorganizando suas fileiras. E informam que tão logo retornem ao país irão retomar as ruas não apenas contra o regime chavista, mas também contra a sua oposição colaboracionista e socialista, pois entendem que não se pode sair do socialismo chavista com o socialismo fabiano da oposição, e que não se pode derrubar o Foro de São Paulo por meio de eleições promovidas por eles mesmos. É impostante ter claro que o Foro de São Paulo promove eleições para ganhá-las.

As jovens lideranças do movimento de resistência promovem uma luta épica que deve ser reconhecida, e por isso merecem apoio e proteção dos governos da região e das pessoas de boa vontade em todo o mundo. Lutar com escudos de papelão, sem comida, sem remédio contra o aparelho terrorista da tirania cubana, guerrilheiros colombianos das FARC e ELN, contra os terroristas muçulmanos do Hezbollah, e os milicianos chavistas não é pouca coisa.

Muitas pessoas condenam a Venezuela. Mas o fato é que somos o único país no hemisfério que se levantou contra o Foro de São Paulo e seus aliados. A Venezuela é abençoada por ter uma juventude corajosa, liderada por estes jovens valentes, que devem ser reconhecidos e apoiados, pois lutam para nos tirar de uma situação em que nós venezuelanos nos encontramos: estar em meio ao maior genocídio dos último tempos.

19 de agosto de 2017
Emma Sarpentier é ativista venezuelana e colaboradora do Crítica Nacional em Caracas.
Edição de texto de Paulo Eneas. #CriticaNacional #TrueNews

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