O regime chavista ordenou a captura internacional dos líderes da resistência venezuelana. Os ativistas Roderick Navarro e Eduardo Bittar estavam em visita à Colômbia, em busca de apoio internacional, quando receberam a notícia. Os dois líderes do movimento de resistência à ditadura narco-comunista procuram dizer a verdade ao mundo sobre a origem criminosa do regime chavista, e expondo o colaboracionismo da suposta “oposição”.
A ditadura chavista os acusa de terrorismo e os associa ao ataque ao quartel Paramacay, ocorrido no dia 6 de Agosto. Um dos comandantes dessa operação de ataque, Capitão Juan Carlos Caguaripano foi preso essa semana. É essa a situação em que se encontra no momento o movimento de resistência venezuelana, liderado pelo grupo Rumo à Liberdade e que se constitui na única oposição de fato ao regime chavista.
Como eles se encontram e território colombiano, os jovens líderes da resistência em tese estariam protegidos pelo direito internacional. Mas esse fato não nos dá garantia alguma uma vez que o governo de Juan Manuel Santos violou todas as leis e tratados internacionais e entregou nas mãos dos nossos carrascos venezuelanos outros jovens dissidentes venezuelanos (Processo Lorent Saleh e Gabriel Valles) que foram torturados e ainda permanecem presos.
Em várias entrevistas para a mídia da América Latina, os líderes pediram ajuda e solidariedade dos governos e povos da região, pois a situação na Venezuela é dramática.
A oposição oficial, socialdemocrata e socialista, decidiu rejeitar a ajuda oferecida pelo governo dos Estados Unidos. Uma atitude totalmente inaceitável pois, enquanto nosso povo morre de fome e pela repressão política, essa oposição argumenta que a soberania é indivisível. E esta oposição faz isso no exato momento em que o regime de Nicolas Maduro recebe rejeição e repúdio em todo o mundo, e concorda em participar de eleições regionais, legitimando mais uma vez o regime assassino.
Acredito que pela primeira vez o ditador Nicolás Maduro sente-se ameaçado por adversários reais e busca todos os meios para coagir, perseguir e encarcerar. Longe de se acovardar ou vacilar, os jovens ativistas do movimento de resistência afirmam que estão reorganizando suas fileiras. E informam que tão logo retornem ao país irão retomar as ruas não apenas contra o regime chavista, mas também contra a sua oposição colaboracionista e socialista, pois entendem que não se pode sair do socialismo chavista com o socialismo fabiano da oposição, e que não se pode derrubar o Foro de São Paulo por meio de eleições promovidas por eles mesmos. É impostante ter claro que o Foro de São Paulo promove eleições para ganhá-las.
As jovens lideranças do movimento de resistência promovem uma luta épica que deve ser reconhecida, e por isso merecem apoio e proteção dos governos da região e das pessoas de boa vontade em todo o mundo. Lutar com escudos de papelão, sem comida, sem remédio contra o aparelho terrorista da tirania cubana, guerrilheiros colombianos das FARC e ELN, contra os terroristas muçulmanos do Hezbollah, e os milicianos chavistas não é pouca coisa.
Muitas pessoas condenam a Venezuela. Mas o fato é que somos o único país no hemisfério que se levantou contra o Foro de São Paulo e seus aliados. A Venezuela é abençoada por ter uma juventude corajosa, liderada por estes jovens valentes, que devem ser reconhecidos e apoiados, pois lutam para nos tirar de uma situação em que nós venezuelanos nos encontramos: estar em meio ao maior genocídio dos último tempos.
19 de agosto de 2017
Emma Sarpentier é ativista venezuelana e colaboradora do Crítica Nacional em Caracas.
Edição de texto de Paulo Eneas. #CriticaNacional #TrueNews
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