Os repasses do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) para o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), faculdade que tem o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes entre seus sócios, aumentaram 1.766% entre 2014 e 2016.
No mesmo período, os recursos totais destinados ao Fies aumentaram 40%. O levantamento é do site U0L.
Em 2015, Mendes chegou a criticar o governo da então presidente Dilma Rousseff (PT) por ter aumentado os recursos do programa em ano eleitoral.
Procurada, o IDP disse que apenas 11% de seus alunos são financiados pelo programa e que esse número vem caindo.
No mesmo período, os recursos totais destinados ao Fies aumentaram 40%. O levantamento é do site U0L.
Em 2015, Mendes chegou a criticar o governo da então presidente Dilma Rousseff (PT) por ter aumentado os recursos do programa em ano eleitoral.
Procurada, o IDP disse que apenas 11% de seus alunos são financiados pelo programa e que esse número vem caindo.
O Fies é um programa do Ministério da Educação que prevê o financiamento para estudantes do ensino superior que não tenham condições de pagar as mensalidades em faculdades privadas.
FINANCIAMENTO – Os alunos que têm suas inscrições aceitas podem ter até 100% do seu curso pago pelo governo, que repassa esses recursos diretamente para as instituições de ensino. Os beneficiários e beneficiárias do programa têm um prazo de carência após o final do curso para começarem a reembolsar o governo.
O IDP foi fundado em 1998 e, segundo o cadastro de empresas da Receita Federal, Gilmar Mendes é um de seus sócios. De acordo com dados do Portal da Transparência do governo federal, os repasses do Fies para o IDP saíram de R$ 75 mil em 2014 para R$ 1,4 milhão em 2016, um aumento de 1.766%. Em 2014, o Fies movimentou R$ 13,7 bilhões. Em 2016, esse valor foi de R$ 19,2 bilhões.
Beneficiado pelo aumento no volume dos recursos recebidos por sua faculdade, Gilmar Mendes criticou a ampliação dos recursos destinados ao Fies em 2014, durante as eleições presidenciais. “Há essa elevação significativa de valores num ano. Veja, nós saímos de R$ 5 bilhões de gastos em 2013, vamos para R$ 12 bilhões em 2014 e aí se diz: ‘Não tem dinheiro’. Veja, isso tem nome”, disse Mendes à época.
04 de abril de 2017
Deu em O Tempo
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