"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 4 de abril de 2017

MARCELO ODEBRECHT PEDIU AO PAI PARA AVISAR LULA SOBRE VALORES DAS "DOAÇÕES"

Resultado de imagem para MARCELO ODEBRECHT
Marcelo combinou o total com Lula e foi “descontando”
O empresário Marcelo Odebrecht afirmou em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pediu para que o pai, Emílio Odebrecht, “avisasse” o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre redução de valor doado para a campanha eleitoral de 2010. “Eu até tive a preocupação de pedir ao meu pai: ‘avisa o Lula lá para ele não achar que a gente está doando pouco para a eleição de 2010. Porque é, na verdade, para ele não esquecer que a gente já doou grande parte'”, declarou Marcelo ao ministro Herman Benjamin, relator do processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no TSE.
Segundo o empreiteiro, houve duas “contrapartidas específicas” da Odebrecht ao PT desde 2009: uma de R$ 64 milhões relacionada à linha de crédito e outra de R$ 50 milhões à votação da Medida Provisória do Refis, encaminhada ao Congresso, e que beneficiou a Braskem, controlada pela Odebrecht e que atua na área de química e petroquímica.
GASTAR ANTES – “Meu acerto foi: eu acerto o valor para 2010, se você quer gastar antes, gaste. E, como o Guido (Mantega, ex-ministro da Fazenda no governo Dilma) acabou não participando da eleição de 2010, os R$ 50 milhões ficaram intocados.”
O empreiteiro foi questionado sobre detalhes da contrapartida específica ligada à linha de crédito e respondeu: “Para aprovarem uma linha de crédito, fizeram um pedido de contrapartida específica. Só que esses recursos, eles foram usados, se eu não me engano, até antes da eleição de 2010.”
O delator disse que “eram pedidos diversos, mas vinham sempre através dos dois (Antonio Palocci e Mantega), incluindo os desembolsos para a campanha (de Dilma a presidente em 2014)”.
O ESQUEMA – Marcelo Odebrecht afirmou ao TSE como funcionava as liberações de recursos da conta corrente para as campanhas presidenciais do PT, em especial para repasses ao marqueteiro João Santana.
“Se o Palocci ou o Guido autorizava, eu ligava para o Hilberto e dizia: ‘Olha, Hilberto, autorizaram R$ 10, R$ 20 milhões para João Santana’. Aí, o Hilberto Silva coordenava com o João quando ele ia pagar.”
E TODOS NEGAM… –  O criminalista José Roberto Batochio, que defende Palocci e Mantega, tem negado reiteradamente qualquer envolvimento dos ex-ministros da Fazenda em arrecadação ilícita de recursos para as campanhas do PT. Segundo Batochio, as acusações “são fantasiosas”.
A defesa da ex-presidente Dilma afirmou que “jamais pediu recursos para campanha ao empresário em encontros em palácios governamentais, ou mesmo solicitou dinheiro para o Partido dos Trabalhadores”.
Em nota divulgado pelo Instituto Lula, o ex-presidente declarou que “jamais solicitou qualquer recurso indevido para a Odebrecht ou qualquer outra empresa para qualquer fim e isso será provado na Justiça”. Segundo o texto, “todas as doações para o Instituto Lula, incluindo as da Odebrecht estão devidamente registradas”.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Só falta fazerem como o ex-ministro Henrique Eduardo Alves e perguntar: “Mas quem colocou esse dinheiro na minha conta?”…(C.N.)

04 de abril de 2017
Deu no Correio Braziliense
(Agência Estado)

Nenhum comentário:

Postar um comentário