POLÍCIA SUSPEITA DE QUE MAGELA FOI CONIVENTE COM FRAUDES
GERALDO MAGELA (PT) FOI CANDIDATO A GOVERNADOR DO DF E SENADOR, MAS FOI DERROTADO. (FOTO: PTDF) |
Na deflagração da Operação Clã, da Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (2), os policiais federais fizeram busca e apreensão na casa do ex-deputado federal Geraldo Magela (PT-DF). O ex-parlamentar foi conduzido coercitivamente à Superintendência Regional da PF para prestar esclarecimentos sobre as fraudes identificadas no Programa Habitacional Riacho Fundo II - etapa 4, quando ele era secretário de Habitação do Distrito Federal, no governo Agnelo Queiroz (PT). O petista foi candidato a governador e senador, derrotado nas duas ocasiões.
Rafael Oliveira, adjunto de Magela na época, também foi conduzido coercitivamente para prestar esclarecimentos. No total, foram 13 mandados de conduções e 14 de busca e apreensão.
A PF suspeita que Magela foi conivente com a fraude realizada pelas associações, pois era de responsabilidade da Secretaria de Habitação fiscalizar as obras e entrega dos imóveis. De acordo com o delegado Guilherme Alves de Siqueira, responsável pela operação, "a fiscalização foi deficiente".
Como funcionava
O esquema começou em 2011. A União cedeu um lote para o GDF doar a famílias carentes, mas a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab), por sua vez, contratou a Associação Pro-Morar do Movimento Vida de Samambaia (AMMVS) gerir a área. De acordo com as investigacões da PF, que começaram em 2014 após denúncia anônima, em vez de ceder lote, as empresas privadas contratadas pela AMMVS exigiam dinheiro. Alguns valores chegavam a R$ 15 mil.
De acordo com o delegado Guilherme Siqueira, foi constatado que antes do contrato as construtoras tinham 2 empregados. Depois, passaram a ter cerca de 70. "Nós apuramos que o dinheiro extorquido era para enriquecimento ilícito das próprias empresas e empresários", explicou.
Em relacão ao suposto envolvimento do governo atual, de Rodrigo Rollemberg (PSB), fazer parte do esquema, os delegados esclareceram que não há nenhuma suspeita. "São decisões formalizadas no governo anterior".
Defesas
Em nota, a Secretaria de Gestão do Território e Habitação (Segeth) e a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) informam que não receberam nenhuma notificação sobre a investigação em curso pela Polícia Federal. Disseram também que só poderão se manifestar após ter conhecimento da investigação, assim como tomar as medidas necessárias.
A AMMVS disse que aguarda a conclusão das investigações para se pronunciar.
02 de junho de 2016
diário do poder
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