Com muita clareza, Sócrates já ensinava aos gregos como educar as crianças, e isso há uns 400 anos antes de Cristo. Dizia ele: “Primeiro a educação da virtude e a arte de governar os vícios, a coragem de ser verdadeiro e assim se revelar”. E advertia: “Se você não ensinar ao jovem a arte de ser verdadeiro, muito cedo a mentira, a covardia e o vício se instalarão nele e nunca mais poderão ser extirpados”.
O fato é que, depois que a formação moral estiver consolidada no homem, jamais poderá ser mudada, salvo em casos excepcionalíssimos.
O ladrão não furta ou rouba porque precisa, por necessidade. Ele o faz porque está na deformação moral dele. Quando rouba, ele nem acha que esteja fazendo alguma coisa errada. Considera natural roubar, porque se julga muito esperto, superior às suas vítimas, e por isso o arrependimento e a compaixão não fazem parte da sua personalidade.
UM FUNDO “EDUCATIVO”…
Acredita até mesmo que no seu ato ilícito haja um fundo educativo, altruísta: fazer com que as suas vítimas deixem de ser tão otárias e se tornem espertas quanto ele.
Por isso os ladrões nutrem tanta admiração e respeito pelos outros ladrões. No caso dele, os otários somos nós, os pagadores de impostos.
E não é somente na política. Há ladrões em todas as atividades. Se for eletricista, rouba os fios da obra onde trabalha. Se for carpinteiro, some com os pacotes de pregos. Se for empregado doméstico, leva os garfos e facas para casa. E por aí em diante.
RECUPERAÇÃO É COISA RARA
Ladrão não se recupera, isso é coisa rara. Quando muito, ele se adapta às pessoas que o cerca ou se enquadra às regras, não por que mudou de caráter, mas para não ser punido pelo Estado ou para não ser excluído dos grupos da vizinhança, da igreja ou do local de trabalho.
A sorte do ladrão é que todo dia, em cada tribunal deste país, nasce um ingênuo que acredita nas lágrimas de arrependimento dele, ou um hipócrita, simpatizante da mesma “ideologia”, que finge acreditar.
Diz a Bíblia Sagrada: “O ladrão só vem para matar, roubar e destruir”. Vamos pensar nisso na próxima vez em que formos convocados a votar.
02 de junho de 2016
Francisco Vieira
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