Esqueça o japonês da Federal e o procurador-chefe da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol.
E também aquele promotor do Ministério Público de São Paulo, Cássio Conserino.
Como na Máfia italiana, e no enredo da saga americana de Al Capone, quem pegou Luís Inácio Lula da Silva não foram os federais, mas a Receita. Até porque eles fizeram junto com o MPF do Paraná e o Juiz Sérgio Moro todo o trabalho de cruzamento dos dados e produziram as provas. No início do mês, havia na operação Lava Jato 44 auditores da Receita.
É preciso entender uma coisa que é fundamental nesse jogo. O sujeito pode até não ser preso como aconteceu com o ex-presidente ser conduzido coercitivamente a prestar depoimentos, mas o processo no Fisco é quem vai comprometer seu futuro. E esse é o problema que Lula nem o PT e muito menos a militância entenderam. O problema do ex-presidente é com o Fisco e, se for preso, será por ocultação de patrimônio, elisão fiscal e vai por aí já que o dinheiro auferido tem origem nos desvios que as empresas envolvidas na Lava Jato fizeram.
FIO CONDUTOR
O que aconteceu – seja no STF, seja na Justiça Federal – com o Delcidio Amaral e com Lula tem um fio condutor.
Antes de Lula, dezenas de empresários e gestores das empresas e da Petrobras vão tirar cadeia mesmo.
E não vai ter juiz nem de primeira nem de segunda instância que revogue preventiva e julgue diferente de Sérgio Moro.
O STF assumiu o papel de fazer o que o Legislativo e o Executivo não estão fazendo. Cuidando de defender a Democracia. O STJ, depois que o Delcídio citou o ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, se sentira obrigado a também se mostrar duro com os envolvidos na Lava Jato.
É isso que nem Lula nem o PT entenderam. O que a Receita Federal chama sofismando de ‘confusão operacional e financeira’ entre o Instituto Lula e a LILS, empresa de palestras do ex-presidente é o ápice da Lava Jato.
Estamos falando de R$ 20 milhões que foram doados ao Instituto Lula pelas cinco maiores empreiteiras envolvidas no cartel da Lava Jato. Outros R$ 10 milhões pagos à LILS.
Estamos falando de R$ 20 milhões que foram doados ao Instituto Lula pelas cinco maiores empreiteiras envolvidas no cartel da Lava Jato. Outros R$ 10 milhões pagos à LILS.
CRUZAMENTO DE DADOS
Tem muito mais coisa em termos de cruzamento de dados.
O fio da investigação é um total de R$ 20 milhões doados ao Instituto Lula pelas cinco maiores empreiteiras envolvidas no cartel da Lava Jato.
Outros R$ 10 milhões pagos à LILS.
Para a Receita Federal, a questão foi a análise é o relacionamento das “entradas e recursos da LILS Palestras e saídas de recursos do Instituto Lula”.
O fio da investigação é um total de R$ 20 milhões doados ao Instituto Lula pelas cinco maiores empreiteiras envolvidas no cartel da Lava Jato.
Outros R$ 10 milhões pagos à LILS.
Para a Receita Federal, a questão foi a análise é o relacionamento das “entradas e recursos da LILS Palestras e saídas de recursos do Instituto Lula”.
E o PT vai reagir? Tem a obrigação. Tem o dever de fazer um barulho dos diabos, pois essa é a última barreira. Se o Lula cair, como parece que caiu, vai sobrar o quê?
Em 36 anos de existência, a utopia do PT converteu-se numa ação criminosa de amigos. Se um petista de raiz abrir mão dessa utopia, vai viver como?
Em 36 anos de existência, a utopia do PT converteu-se numa ação criminosa de amigos. Se um petista de raiz abrir mão dessa utopia, vai viver como?
Com a Justiça se enfrenta, com o Congresso se disputa eleição. Mas contra o leão do Imposto de Renda só existe o DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais), que já pegou gente muito poderosa e agora está pegando Lula e seus amigos do PT e de outros partidos.
(artigo enviado pelo comentarista Ernesto Almeida)
18 de março de 2016
Fernando Castilho
Jornal do Commercio
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