Durante o período de “aviso prévio” ao banimento do poder disfarçado de “renúncia” ao cargo de presidente da República, ocorrido em 29 de dezembro de 1992, Fernando Collor de Mello nomeou um ministério de notáveis, pessoas ilustres e competentes, acima de qualquer suspeita. Nada adiantou. Foi lançado no lixo mesmo com esse ato saudável e racional, passando a figurar na história como o político-debutante do primeiro processo de impeachment da América Latina.
Hegel – não confundir com Engels, como foi feito pelos doutos procuradores de São Paulo no pedido de prisão preventiva de Lula da Silva –dizia que os fatos históricos acontecem duas vezes. Karl Marx, que em sua juventude era seguidor das idéias de Hegel, aproveitou a deixa e acrescentou que a primeira versão ocorre como tragédia e, a segunda, como farsa.
Agora, em pleno período de aviso prévio, a gerentona Dilma Rousseff, declarada e histórica militante marxista, confirmando a previsão de seu mentor filosófico, reprisa Fernando Collor e altera seu fraco e inepto ministério. É a prevista farsa…
E para comandar a farsa da mexida ministerial, nesta arrumação na equipe de incapazes, em vez de nomear um brasileiro notável por sua cultura e idoneidade, ela nomeia um superministro notório por seu comportamento antijurídico e antissocial, investigado pela força-tarefa da Operação Lava-Jato e pelo Ministério Público de São Paulo por envolvimento em gravíssimos atos de corrupção. Portanto, fica patente que a principal missão desse poderoso chefão do ministério é neutralizar o impeachment e perpetuar a máquina pública sequestrada pelo PT.
A tragédia protagonizada por Collor na luta para escapar da degola nomeando notáveis é repetida como farsa por Dilma Rousseff, nomeando um personagem criminalmente notório.
17 de março de 2016
Celso Serra
Nenhum comentário:
Postar um comentário