"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

CLARO QUE OS PROTESTOS NUNCA FORAM SOBRE EDUCAÇÃO E ENSINO

Todo mundo sempre soube que os protestos recentes não tinham como objetivo a melhoria do ensino ou da educação. 

A ideia sempre foi única e tão-somente a batalha político-partidária-eleitoral. Ponto. Organizadores ligados a partidos, entidades ligadas a partidos e assim por diante (confiram este post do Reinaldo Azevedo para sentir o nível da coisa).

E outra grande prova disso é que, quando Dilma cortou bilhões da educaçãoencerrou programas inteiros, cortou o FIES e até mesmo verba para CRECHES E PRÉ-ESCOLAS (!!!), além de muitas outras tesouradasessa turma não fez nada, não falou nada, não reclamou. Ao contrário (óbvio): manteve apoio irrestrito ao governo federal.
Portanto, a liderança partidária organizadora, que usa os estudantes inocentes como massa-mirim-de-manobra, não está nem nunca esteve preocupada com a educação, com o ensino ou coisa que o valha. Os objetivos sempre foram (e sempre serão) eleitorais – quando muito, travestidos de ideológicos. Mas isso também não é novidade para ninguém.
O que assusta, de fato, é o PSDB insistir em ser tão péssimo nos embates de comunicação. Porque tudo não passou de mais uma batalha na guerra da informação – e perdida de forma fragorosa.
A reorganização do ensino é considerada ideia boa mesmo por muitos críticos, de modo que – como sempre! – a falha foi de comunicação. A esquerda chama de “debate”, diz que “faltou debate”, mas isso é bobagem.
Dilma não “debateu” com ninguém o corte de bilhões da educação, nem o corte dos programas, financiamentos ou até das creches. Mas, ao mesmo tempo em que fazia isso de forma abrupta, unilateral e sem conversa ou discussão, nunca recuou um milímetro na guerra da informação.

lapis_estrela

A revogação do decreto também servirá para mostrar o caráter partidário e eleitoral dos que estão na liderança. Claro que não “aceitarão”, porque também é claro e óbvio que jamais estiveram ou estarão em busca de melhoria no ensino ou coisa que o valha. Tentarão a todo custo continuar, e para isso inventarão mais desculpas ou motivos supostamente nobres. É o que sempre fazem.
E, ao contrário do que muitos dizem, esse episódio não tem similaridade com os protestos de 2013, mas sim com o período pré-eleitoral de 2012, quando surgiram líderes (adivinha quem?) propondo “mais amor” e outras bobagens. Os mais inocentes acreditaram e receberam de presente o pior prefeito da história da cidade (e agora até os mais incautos daquela época o querem bem longe da prefeitura).
De todo modo, a historia se repete. E, nessa repetição, mais uma vez os tucanos tomam um baile. Espera-se que, enfim, eles tomem ciência de que se trata de uma guerra contínua de informação e comunicação.
07 de dezembro de 2015
implicante

Nenhum comentário:

Postar um comentário