"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

COMISSÃO DO IMPEACHMENT CAUSA MUITA DISPUTA NOS PARTIDOS


Desde que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou o pedido do processo de impedimento, na quarta-feira, líderes começaram a articular a escolha dos deputados que farão parte da Comissão Especial que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Devido à grande demanda de parlamentares, Cunha  decidiu prorrogar o prazo final para a apresentação dos nomes de 14h para até as 18h desta segunda-feira.
Na maioria dos partidos da base aliada ao governo, líderes priorizam parlamentares com mais experiência e capacidade de argumentação. Há partidos, contudo, que têm indicado nomes em busca de visibilidade, como é o caso do PPS. A legenda indicou o deputado Alex Manente (SP), pré-candidato à prefeitura de São Bernardo do Campo (SP).
Um dos partidos que terão o maior número de integrantes, o PT confirmou ontem que indicará os líderes do governo, José Guimarães (CE), e do partido na Casa, Sibá Machado (AC), para a comissão. A sigla também deverá indicar os deputados Carlos Zarattini (SP), Wadih Damous (RJ), Paulo Teixeira (SP), Paulo Pimenta (RS) e Arlindo Chinaglia (SP).
DISPUTA NO PMDB
No PMDB, que assim como o PT terá oito integrantes, a indicação tem sido alvo de disputa interna. Peemedebistas pró-impeachment tentam convencer o líder do partido, Leonardo Picciani (RJ), a contemplar todas as alas da sigla na comissão. Eles argumentam que, com isso, o líder poderá reagrupar a bancada e obter apoio de todos os correligionários em uma eventual candidatura de Picciani à presidência da Câmara, caso Cunha deixe o cargo.
O PC do B indicará a líder do partido na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), para a única vaga a que terá direito na comissão. A parlamentar é uma das principais defensoras do governo na Casa. O PSOL, que afirma que o processo de impeachment não tem legitimidade, vai indicar o deputado Ivan Valente (SP). No PSB, que ainda não decidiu como deverá se posicionar sobre o impeachment, ao menos dois dos quatro representantes já estão certos. A legenda deverá indicar o líder da sigla na Câmara, Fernando Bezerra Filho (PE), e a deputada Luiza Erundina (SP). Erundina, ex-petista, já disse ser contra os pedidos de afastamento.
No comando do Ministério das Comunicações, o PDT vai indicar os deputados Afonso Motta (RS) e Dagoberto (MS) para a Comissão Especial. Motta é líder do partido na Casa.
O PSDB anunciou os líderes Carlos Sampaio (SP) e Bruno Araújo (PE) como dois dos seis membros a que terá direito indicar na comissão. As vagas que faltam ser preenchidas são alvo de disputa. O Solidariedade indicou os deputados Arthur Maia (BA) e Paulinho da Força (SP), aliados de Cunha.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Seria de se esperar que a Comissão analisasse as acusações contra Dilma e se manifestasse livremente. O que se vê é que as opiniões já estão decididas, contra ou a favor do impeachment, sem analisar as provas. Nada mudou, continuamos na base do toma lá, dá cá. (C.N.)
07 de dezembro de 2015
Igor Gadelha
Estadãos

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