"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

PLANALTO CONTA OS VOTOS NO SENADO PARA BARRAR IMPEACHMENT



Diante do apoio recebido na Câmara dos Deputados pelo movimento em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Palácio do Planalto passou a apostar no Senado como a última e mais segura barreira para evitar a interrupção deste segundo mandato da petista. O Senado é responsável por dar seguimento ao processo após a Câmara dos Deputados autorizar sua abertura. Na quinta-feira passada, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu o pedido de impeachment assinado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.
O texto conta com o apoio de uma frente de oposição e foi considerado reservadamente pelo Palácio do Planalto como sendo o mais bem fundamentado e consistente entre os 13 que atualmente estão na Casa. Por causa disso, anteontem, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com Cunha para pedir a ele que não leve adiante o pedido, tamanha a preocupação com essa possibilidade. No entanto, o diagnóstico do Planalto é de que o presidente da Câmara, rompido com a presidente Dilma, não deverá acatar o pedido de Lula.
CORPO A CORPO
Diante dessa adversidade, os governistas mapearam o apoio a Dilma no Senado e já iniciaram o corpo a corpo com a base de apoio à presidente. Desde o retorno do recesso parlamentar, no início de agosto, o governo melhorou suas relações com o presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o que favorece as articulações.
“Não podemos brincar. Está todo mundo atento ao andamento na Câmara”, afirmou o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS). Nas contas realizadas por integrantes da articulação política, haveria 43 votos a favor do impeachment no Senado. Esse número asseguraria a permanência de Dilma na Presidência. Para que ela seja impedida de concluir o mandato são necessários ao menos 54 senadores a favor.
O mapeamento dos votos do governo também foi feito no calor das discussões da cúpula do Palácio do Planalto a respeito da próxima sessão do Congresso, prevista para terça-feira. Na ordem do dia, estarão os vetos presidenciais à chamada “pauta bomba”, integrada por propostas que podem elevar os gastos do governo federal.
Entre as principais preocupações do Executivo está a derrubada do veto ao projeto que estabelece o aumento do Judiciário, que pode causar rombo de cerca de R$ 26 bilhões ao Orçamento da União para 2016. A derrubada de qualquer veto será considerada um termômetro pelo governo para o processo de impeachment.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Uma coisa é apoiar a manutenção de veto, outra coisa muito diferente é apoiar a permanência de Dilma Rousseff na Presidência. São duas realidades completamente diversas. (C.N.)
22 de setembro de 2015
Deu no Estadão

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