"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

DILMA RASTEJA DIANTE DE CUNHA E RENAN E RECEBE CHANCE PARA MANTER VETOS


(Folha) Sem a convicção de que há apoio suficiente para manter os vetos a propostas que representam gastos bilionários aos cofres públicos, a presidente Dilma Rousseff pediu, nesta segunda (21), aos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que impeçam a realização da sessão conjunta do Congresso desta terça (22). 

Segundo líderes da base aliada, a situação no Senado é mais confortável, mas, na Câmara, é dada como certa a derrota do governo. A estratégia é que Renan e Cunha prolonguem as sessões de cada Casa para não dar tempo de iniciar uma sessão conjunta. 

O veto mais preocupante é ao reajuste de cerca de 59,5% nos próximos quatro anos, os salários de servidores do Judiciário. O impacto é de R$ 25,7 bilhões até 2018 –praticamente o valor do corte proposto pelo governo federal para equilibrar as contas. No total, estão na pauta do Congresso 32 vetos que, somados, provocam um impacto de R$ 127,8 bilhões nos próximos quatro anos. 

"Se um dos vetos cair, isso demonstrará uma instabilidade política imensa. Será um desastre", afirmou o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS). Segundo Delcídio, o cenário foi apresentado para Dilma na reunião de coordenação política desta segunda e a sugestão foi de adiamento da sessão. "Temos que ter mais tempo para trabalhar e votar esses vetos", disse. 

Cunha defendeu a manutenção do veto ao reajuste do Judiciário e o adiamento da sessão para evitar que se "acenda um fósforo em um tanque de gasolina". 

Para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), a dificuldade de se realizar a sessão do Congresso é uma "consequência da incapacidade do governo de negociar com a sua própria base aliada". Segundo ele, o partido não terá orientação fechada sobre manter ou derrubar os vetos. 

A sessão de vetos está marcada para as 19h desta terça. Pelo cenário discutido entre governistas, Renan poderia esticar a sessão do Senado para além desse horário, inviabilizando a sessão conjunta.Para derrubar um veto presidencial é preciso o voto de ao menos 257 dos 513 deputados e 41 dos 81 senadores.

22 de setembro de 2015
in coroneLeaks

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