"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

EX-SECRETÁRIO ENROLADO NA LAVA JATO DIZ QUE ROSEANA SABIA DE TUDO

SUSPEITO DE RECEBER PROPINA, ABREU DIZ QUE CONTAVA TUDO A ROSEANA

EX-GOVERNADORA DO MARANHÃO ROSEANA SARNEY.


Acusado pelo próprio doleiro Alberto Yousseff de receber propinas de R$ 3 milhões, o ex-chefe da Casa Civil do governo o Maranhão João Abreu afirmou em depoimento à Polícia Civil do Estado que a ex-governadora Roseana Sarney sabia de todos os seus passos no esquema.

Abreu afirmou que a ex-governadora tinha conhecimento dos seus entendimentos sobre o precatório devido à construtora Constran, de Ricardo Pessoa, cujo pagamento é investigado na Operação Lava Jato e também pela Policia Civil do Estado.

O ex-secretário explicou à polícia que informava Roseana sobre os entendimentos para o pagamento do precatório à Constran porque a “eventual solução dependeria da participação de outros órgãos estatais, tais como a Fazenda e a Procuradoria, bem como a anuência da própria Governadora”.

Abreu foi indiciado pelo suposto recebimento de propina para liberar o pagamento do precatório devido pelo Estado à empreiteira, e confirmou haver recebido várias vezes o doleiro Yousseff e seu auxiliar Rafael Ângulo, no Palácio dos Leões, sede do governo maranhense. Ele disse no depoimento que cumpria o “dever protocolar” de informar à governadora sobre seus entendimentos com Youseff e Marco Antonio Zieghest , a quem chama de “Marcão”, que seriam representantes da Constran para negociar o pagamento do precatório.

Boca na botija

Alberto Yousseff foi preso pela Polícia Federal em São Luís, em março de 2014, no dia em que foi deflagrada a Operação Lava Jato. Ele estava em um hotel de São Luís quando se preparava para supostamente fazer pagamento de propina a Abreu.

Em seu depoimento, João Abreu contou que certa vez recebeu da governadora a instrução de consultar o então secretário de Planejamento João Bernardo Bringel “para encontrar uma solução que fosse melhor para o Estado, caso fosse possível”.

A partir dessa consulta, segundo Abreu, foram fechados entendimentos para o pagamento de R$ 113 milhões à Constran pelo precatório, em 24 parcelas. Após o início do pagamento, Alberto Yousseff esteve no Maranhão para nova reunião na Casa Civil, mas horas antes foi preso pela Polícia Federal.


22 de setembro de 2015
diário do poder

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