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Ao menos 11 milhões de carros fabricados pela Volkswagen estariam envolvidos no escândalo de violação de normas antipoluição, admitiram nesta terça-feira (22) representantes da companhia alemã.
A Volks tinha confessado no fim de semana ter usado intencionalmente em seus carros a diesel um sofisticado software criado para enganar os controles de emissões de poluentes nos Estados Unidos. O caso fez com que as ações da empresa despencassem nas Bolsas de Valores mundiais e provocassem reações em organismos de controles ambientais de vários países.
As ações da montadora caíram 18,6% no pregão de Frankfurt na segunda-feira (21), em seu pior resultado em sete anos. Na abertura dos mercados nesta terça-feira, os papéis da empresa registravam queda de 20% e eram negociados a 106,80 euros (R$ 476,33).
CORÉIA DO SUL
Além dos EUA, a Coreia do Sul pretende abrir uma investigação sobre os carros da montadora alemã para descobrir se as normas contra emissões de gases poluentes também foram violadas no país.
De acordo com o vice-diretor do Ministério do Meio Ambiente sul-coreano, Park Pan Kyu, entre quatro mil e cinco mil automóveis importados dos EUA desde 2014 serão inspecionados.
“Lamento profundamente ter quebrado a confiança dos clientes”, diz Winterkorn
O escândalo da Volkswagen também será discutido no Parlamento alemão, chamado de Bundestag, na quinta-feira (24). O caso está assustando a economia local, levantando especulações sobre as consequências para a indústria automobilística alemã.
NA EUROPA
“Pelo bem dos consumidores e do meio ambiente, precisamos ter certeza que a indústria respeite escrupulosamente os limites de emissões nos carros”, disse à ANSA a porta-voz europeia para o mercado interno e indústria, Lucia Caudet.
A empresa deverá destinar 6,5 bilhões de euros (R$ 29 bilhões) para cobrir prováveis custos com o escândalo, informaram representantes da montadora à agência Bloomberg. A Volks pode ser multada em quase US$ 20 bilhões (R$ 79,6 bilhões) e ser obrigada a retirar do mercado dos EUA cerca de 500 mil carros vendidos desde 2008.
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NOTA DA REDAÇÃO DO GLOBO – Este escândalo serve para justificar o Dia Internacional Sem Carro, que transcorre hoje. (C.N.)
22 de setembro de 2015
Deu na ANSA
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