"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Dilma se irrita com gravação de membro do governo avisando que "ela está sangrando e tem de renunciar"



Exclusivo - "A senhora presidente Dilma Rousseff está sangrando. É uma questão de tempo para que se dêem conta de que ela tem de renunciar. Temos de esperar o momento certo. Esta é uma decisão exclusivamente dela. Não é decisão nossa. Ela vê que praticamente um milhão de pessoas foram às ruas... Fora as pessoas que estão em casa descontentes com as medidas que foram aplicadas sem ter um conhecimento. Ela agora está sangrando..."

Quem fez tal declaração ontem, por telefone, e teve sua conversa interceptada pela espionagem ilegal em Brasília, enquanto retornava de Porto Alegre? Ninguém menos que um dos principais articuladores da salvação a Dilma Rousseff. 
A Presidenta já soube do teor desta fala - que circula entre lobistas e também chegou ao Gabinete de Segurança Institucional. 
O recado sobre renúncia programada causa, desde ontem, a mais profunda crise dentro do governo. Dilma promete reagir contra este "fogo nada amigo"...  

A ameaça indica que Dilma tem, literalmente tudo a temer... Qual o resultado prático da mobilização de rua de domingo que levou milhões às ruas de 450 cidades de todo o Brasil? 
O desgoverno do crime institucionalizado teve não só mais uma prova da insatisfação popular. Ficou claro que os brasileiros exigem mudanças concretas no sistema de poder e no modelo estatal. A pressão ordeira, pacífica, familiar e totalmente cidadã vai continuar e aumentar. Ontem, vários generais da ativa, à paisana, circularam pela Avenida Paulista, pela Avenida Atlântica e pelas ruas de outras grandes cidades...

A reação do desgoverno foi sintomática. Basta interpretar, claramente, o que disse ontem ao jornal O Globo um ministro da coordenação política da Presidenta Terceirizada Dilma Rousseff - que preferiu se esconder no conveniente anonimato crítico: " Há uma crise de funcionamento do Estado. A presidente é a mais atingida porque é a personagem política central. Mas por que a oposição não pode ir para a rua discursar? Há uma insatisfação geral com a classe política desde as manifestações de 2013".

O próprio texto meio pró-governista da reportagem de O Globo confirma que a administração federal está alarmada: "Apesar de aliviados com o número menor de manifestantes nas ruas na manhã deste domingo em comparação com os protestos ocorridos no mês passado, integrantes do governo Dilma Rousseff afirmam que não há motivo para comemoração. O Palácio do Planalto se mostra mais apreensivo com o movimento em São Paulo, que reuniu, em 15 de março, um milhão de pessoas na Avenida Paulista, de acordo com a Polícia Militar".


A mídia amestrada pelas verbas oficiais fez de tudo para não divulgar o evento. Na cobertura, também tratou de reduzir seu impacto. Não há dúvidas de que vigorou aquele velho pacto editorial com a máquina de publicidade federal: "Vocês aliviam na cobertura, as verbas continuam a entrar nos seus cofrinhos". Novamente, o Instituto Datafolha teve a coragem de afirmar que apenas 100 mil compareceram à Avenida Paulista. O número é tão distante da contagem da PM (275 mil) e da própria avaliação dos diversos movimentos presentes (600 a 800 mil pessoas).

Repito por 13 x 13: A ida espontânea para as ruas, sem manipulação de grupelhos ideológicos tradicionais que aparelham a máquina estatal, é uma novidade positiva no Brasil Capimunista da Impunidade e da Incompetência. As pessoas mostram que são capazes de retomar, por elas e para elas, o protagonismo da ação Política. O cidadão é quem diz o que fazer. Não aqueles que o voto dele elege, na base da fraude ou não. Eles se intitulam "políticos profissionais", embora ajam como amadores - armadores e ladrões dos cofres públicos.

Essa retomada da ação política em importância capital. A pressão popular começa a agir como uma espécie de "poder moderador" contra aqueles que usurpam o poder estatal. Essa visão verdadeiramente democrática, que busca uma segurança do direito através da ação efetiva da cidadania, é extremamente salvadora neste momento de impasse institucional, quase beirando à ruptura, quando os três poderes, apodrecidos em sua lógica de atuação, batem cabeça.

Na Avenida Paulista, não teve preço ouvir a massa repetir o coro: "Lula, cadê você! O Sérgio Moro quer te prender!". Tudo indica que, em breve, o desejo popular pode se transformar em realidade... É só o Judiciário querer, e o amanhã assim será...

O sucesso cidadão do dia 12 de abril é inegável. O resto é esperar pela saída da Dilma - que tem tudo a temer, já que "está sangrando" - conforme proclamou o integrante de seu desgoverno que finge cumprir a missão política de salvá-la do cadafalso da História...

Símbolo das manifestações


Aplaudido sempre que seu nome era citado, em praticamente todos os protestos em mais de 400 cidades pelo Brasil, o juiz federal Sérgio Fernando Moro foi um dos símbolos das manifestações populares de de 12 de abril.

Em Curitiba, em meio aos gritos de apoio ao magistrado, destacava-se uma enorme faixa de agradecimento a Moro e à equipe da Polícia Federal.

O autor da homenagem, Luiz Mauro Lebelem (foto), explicou que o juiz Moro é, hoje, uma das poucas fontes de inspiração para a população brasileira: 

“O doutor Sérgio Moro e a Polícia Federal têm feito um trabalho muito bom, que tem motivado os cidadãos comuns a não desistir do Brasil. Mesmo que essa investigação não dê em nada, a postura dele representa uma esperança de que as coisas podem melhorar”.

Dando banana para Dilma


Em Registro, no Vale do Ribeira (SP), o protesto lembra o quanto a política econômica ortodoxa de Dilma prejudica os produtores rurais.

Os manifestantes também criticaram a importação de banana do Equador feita pelo Brasil.

Odebrecht banca?


O Globo denunciou: o atual diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um périplo por Cuba, República Dominicana e Estados Unidos, em janeiro de 2013.

A viagem foi paga pela construtora e, oficialmente, não tinha relação com atividades da empresa nesses países.

Lula foi a um evento da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sobre o clima, visitou o presidente da República Dominicana e falou no congresso de trabalhadores da indústria nos EUA.

Na Operação Lava-Jato, Alencar é o dirigente da Odebrecht acusado por três delatores de ser operador de pagamento de propinas para a empresa no exterior.

Tudo sigiloso

O documento de solicitação do serviço, da Líder Táxi Aéreo, mostra também que o contratante exigiu discrição.

No campo “passageiro principal” do formulário, o funcionário da Líder escreveu: “voo completamente sigiloso”.

Procurada, a Líder não comentou o motivo do registro.

Terceirizando

Para evitar que fosse vinculada ao fretamento, a Odebrecht usou uma de suas parceiras para pagar a despesa: a DAG Construtora, da Bahia.

O dono da empresa, Dermeval Gusmão, primeiro negou ter pagado pelo voo.

Anteontem à noite, ligou para informar que localizou um pagamento de R$ 435 mil à Líder e disse que um de seus diretores pode ter feito isso a pedido da Odebrecht.

Tudo confirmado

A relação oficial de passageiros do voo, obtida pelo Globo, mostra que Alexandrino Alencar era o único que não fazia parte do círculo de convivência de Lula.

Estavam na aeronave funcionários do Instituto Lula, o biógrafo Fernando Morais e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques.

Conclusão: Dirigentes da Odebrecht e o amigão Lula nunca estiveram tão próximos de uma convocação pela Força Tarefa da Lava Jato.

Dia do Troco


Terrorista prevenido


Digno de piada de humor negro, este fato aconteceu no Paquistão.

Um taliban suicida foi apanhado pela polícia.

Quando esta o revistou descobriu que tinha um escudo de metal em volta do pênis.

Questionado sobre a razão de tal proteção, este respondeu:

“Quero conservar o meu pénis intacto, após a explosão, para não ter problemas sexuais quando chegar ao céu e tiver direito às minhas 72 virgens!”

Bem dito


Fora, Corruptos!


Tome Come zero!

                           
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

13 de abril de 2015
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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