O ex-deputado, que foi vice-presidente da Câmara, é suspeito de ter sido beneficiário de um esquema de corrupção na Petrobras e em outros órgãos públicos.
A residência de Vargas fica num condomínio fechado do Alphaville em Londrina (norte do Paraná) e foi adquirida em 2011, por R$ 980 mil.
São 300 m² de área construída e dois andares. O condomínio tem piscina aquecida, quadra poliesportiva, brinquedoteca, espaço gourmet e pista de cooper, entre outros.
Do valor total, Vargas pagou R$ 363 mil em espécie. “Trata-se de expediente usualmente utilizado para evitar rastreamento de dinheiro sem origem lícita”, afirmou o juiz Sergio Moro, no despacho que autorizou sua prisão preventiva.
A própria Receita Federal, em análise do caso, afirmou que há “fortes indícios da ocorrência de alguma operação de lavagem de dinheiro” na compra do imóvel.
Além disso, o ex-deputado declarou a residência por R$ 500 mil no Imposto de Renda –quase metade do valor real, o que também é um indício de crime de sonegação fiscal.
“A declaração subfaturada do valor de aquisição do imóvel foi certamente um estratagema para ‘esquentar’ a diferença entre o declarado e o valor real, caracterizando lavagem de dinheiro de crime antecedente contra a administração pública”, afirmou o Ministério Público Federal, em parecer.
O sequestro do imóvel foi solicitado pelos procuradores e acatado pelo juiz Moro. Ele deve ficar sob a guarda da Justiça até decisão em contrário.
13 de abril de 2015
Estelita Hass Carazzai e Flávio Oliveira
Folha
Nenhum comentário:
Postar um comentário