“A palavra impeachment está na boca do povo brasileiro”
Senador Cassio Cunha Lima (PB), líder do PSDB, acreditando na destituição de Dilma
Atraso no setor elétrico dá prejuízo bilionário
Além da incapacidade de realizar projetos de geração e transmissão, diretores de Engenharia de estatais do setor elétrico como Eletrobras, Eletronorte, Eletrosul, Chesf e Furnas, prepostos do PT, fixaram um modelo de negócio vulnerável à corrupção. Eles definem projetos, fazem “chamamento” (e não licitação) e escolhem parceiros de EPEs (Empresas de Propósito Específico) constituídas para a execução das obras. Apesar de “minoritárias” nas EPEs, as estatais é que mandam.
Drible na lei
As empresas escolhidas pelos diretores petistas ficam com 51% das EPEs e as estatais com 49%. Por isso, a EPE é considerada privada.
Sem licitação
Apesar dos 49% da EPE, estatais do setor elétrico, por seus diretores de Engenharia, definem tudo, principalmente contratos. Sem licitação.
Aparelhamento
Na estatal Chesf, o PT “aparelhou” de 34 das 52 EPEs, indicando como diretores militantes incapazes, impondo ritmo de cágado às obras.
Atraso e prejuízo
Tanta incapacidade provocou atraso em 272 obras na área de energia e prejuízo R$ 65 bilhões ao Brasil, segundo estudo da Firjan.
Dilma prefere os conselhos de assessor a Lula
Dilma tem dado mais ouvidos ao assistente pessoal Anderson Dornelles do que ao ex-presidente Lula, antigo guru e padrinho político. O gaúcho de 35 anos, que Dilma conheceu quando ele tinha 13 anos como seu office-boy, Anderson é chamado por ela de “Bebê” ou “Menino” e acabou promovido de “porta-celular” a confidente e até conselheiro político. Ele se dirige a ministros como se fosse um deles.
Ojeriza a milico
Anderson ficou ainda mais a próximo de Dilma, na medida em que cresceu o desprezo dela por ajudantes de ordem militares.
Na mira do Bi
Aloizio Mercadante (Casa Civil), que afastou de Dilma todos os seus antigos assessores, não conseguiu (ainda) “queimar” Anderson.
Esse cara sou eu
Dornelles controla o celular, o tablet e a agenda de Dilma, e não é apenas um garoto de recados. É mesmo a voz da presidente.
Porta-silêncio
Dilma anda tão emburrada que sobrou até para seu porta-voz Thomas Traumann, que há um mês não consegue falar com ela. Pede hora, insiste, mas não recebe resposta do gabinete de madame.
Alerta máximo
Com a derrota de seu candidato na disputa para o cargo de Líder do PMDB na Câmara, o vice Michel Temer ficou mais esperto: com a vitória de Leonardo Picciani, a bancada do Rio de Janeiro articula sua substituição no comando do partido pelo ex-governador Sérgio Cabral.
Modesto, ele
Eduardo Cunha nega ter influenciado votação que elegeu Leonardo Picciani líder do PMDB na Câmara. Chamou isso de “fofoca” e afirmou que, caso houvesse interferido, a diferença não seria só de um voto.
Bloco na rua
Líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB) garante que, haja carnaval ou não, o tucanato “colocará o bloco na rua” para investigar o governo Dilma no Petrolão, Eletrobras, fundos de pensão e BNDES.
Prova viva
O médico Sinval Malheiros (PV) foi ao Ministério da Saúde para discutir surto de dengue em Catanduva (SP). O deputado, que já não passava bem na audiência, só não sabia que era mais uma vítima da doença.
Luta é na Justiça
Reeleito para o terceiro mandato, o deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR) esclareceu ontem que uma empresa dele solicitou recuperação judicial, mas o juiz decretou a falência e ainda estendeu a decisão a 26 outras empresas, algumas que nem saíram do papel. Ele vai recorrer.
Faca no pescoço
Apesar de ter ajudado a eleger Eduardo Cunha, o PP está confiante que não perderá espaço no governo. Para seus dirigentes, Dilma tem juízo e sabe que precisará, mais que nunca, de apoio na Câmara.
Fura poço
Ex-vice-governador do DF, Tadeu Felippelli pressiona PMDB para obter cargos no setor de infraestrutura, como DNIT ou Valec, vinculados ao Ministério dos Transportes. O PR briga para não abrir mão deles.
O loroteiro
Presidente, Lula prometeu que nordestino algum precisaria recorrer mais a um caminhão-pipa. Hoje são mais de mil, segundo contabilizou o deputado Raimundo Matos (PMDB-CE).
PODER SEM PUDOR
Já morreu tarde
Em 1955, um ano após a morte de Evita e pouco antes de cair, o general argentino Juan Domingo Perón demitiu o poeta maior Jorge Luis Borges de uma sinecura na Biblioteca Nacional de Buenos Aires.
- Perón es un miserable! - reagiu o poeta
Em 1973, Perón retornou ao poder e faleceria em seguida. Um jornalista procurou Borges e tentou induzi-lo a uma resposta generosa sobre o morto. Ele repousou as mãos sobre o cabo da bengala e exclamou:
- Ahora, Perón es un miserable muerto!
14 de fevereiro de 2015
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