"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

AFUNDANDO NA LAMA

Depoimento da contadora do doleiro da Lava-Jato complica a situação do marido de Gleisi Hoffmann

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Os petistas começaram esta quinta-feira (11) com um motivo a mais para seque pensar em folia durante o período momesco. Afinal, a situação da senadora Gleisi Helena Hoffmann, do PT paranaense, piora a cada dia na seara do Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história da humanidade.

Denunciada pelos dois principais delatores da Operação Lava-Jato, Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, como beneficiária de R$ 1 milhão, dinheiro que saiu do esquema de corrupção que funcionava na Petrobras, a senadora petista tremeu depois do depoimento prestado na quarta-feira (10) pela contadora do doleiro. Meire Bonfim da Silva Pozza reforçou a conexão do esquema do doleiro com o marido de Gleisi, o ex-ministro das Comunicações, o petista Paulo Bernardo da Silva.

No depoimento, Meire Pozza, que na opinião do UCHO.INFO deveria estar presa e com o registro de contabilista cassado, não apenas ratificou declarações prestadas em outubro passado à CPMI da Petrobras, mas deu mais detalhes sobre o tema mais importante do seu depoimento.

Na ocasião, Pozza relatou à CPMI que, em 12 de março de 2014, falou sobre o aporte de R$ 25 milhões, acertado com o PT, por meio do Postalis, para a compra de debêntures da Marsans Viagens e Turismo, agência que tinha o doleiro como um dos investidores. O Postalis é o fundo de pensão dos funcionários Correios, órgão vinculado ao Ministério das Comunicações, que foi comandado por Paulo Bernardo até 2014.

O envolvimento de Paulo Bernardo no escândalo do Petrolão ficou evidente desde o depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Cumprindo prisão domiciliar no Rio de Janeiro, após ter acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal, Costa afirmou que o então ministro do Planejamento de Lula, Paulo Bernardo, solicitou R$ 1 milhão para a campanha de Gleisi Hoffmann ao Senado.

Desde que a informação começou a circular, o ex-ministro mergulhou em silêncio quase obsequioso, mas a denúncia de Paulo Roberto Costa foi confirmada por Alberto Youssef, que detalhou como o dinheiro foi entregue a Gleisi. Em quatro parcelas de igual valor e consecutivas, a propina foi paga em dinheiro vivo e entregue em um shopping popular no centro de Curitiba.

Com o vazamento da acusação que colocou o casal no olho do furacão da Operação Lava-Jato, Gleisi Hoffmann, que sempre abusou da arrogância e da prepotência, passou a fazer declarações absurdas no âmbito do Petrolão, como forma de defender a si própria e ao governo da “companheira” Dilma Rousseff, a quem serviu como chefe da Casa Civil.

Fora isso, Gleisi, temendo a cassação do mandato, peregrinou durante semanas a fio pelos gabinetes do Senado Federal para implorar aos colegas de Parlamento que evitassem sua convocação na CPMI da Petrobras. Se isso tivesse ocorrido, a petista por certo já teria renunciado ao mandato, que termina em 31 de janeiro de 2019.

14 de fevereiro de 2015
ucho.info


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