Caros amigos: O Brasil está quebrado às vésperas das Olimpíadas, tendo a Copa do Mundo de Futebol entre as muitas causas do processo falimentar.
Está fragilizado como nação e desmoralizado diante do mundo!
A desonestidade, a incompetência, a ambição desmedida pelo poder, a corrupção e o desrespeito dos dirigentes políticos pela coisa pública, associados a empresários inescrupulosos, são as causas do desastre.
A insolvência é fato consumado!
A recuperação passa por mais sacrifício do povo honesto e trabalhador, sem nenhuma outra alternativa. Só o dinheiro deste segmento da sociedade, confiscado na forma de impostos extorsivos, sem as contrapartidas correspondentes, pode sustentar os gastos públicos e resolver o problema.
Os chamados “recursos públicos”, ditos do Estado, não existem, porquanto o Estado não produz recursos ou riquezas. Com o mandato que lhe outorgamos, o governo os tira de quem produz e, no caso do Brasil e seus aliados do Foro de São Paulo, os dilapida na forma de propinas, desvios e caixas 2, 3 e 4 escamoteados sob a falácia do “tudo pelo social”!
Ao desperdiçar e desviar os recursos arrecadados da forma como tem feito, o governo gerou uma altíssima “conta” a ser paga, inexoravelmente, pelos contribuintes. A dívida foi feita pelo governo, mas será o povo quem a pagará, penalizando, indiscriminadamente, os que elegeram e os que não votaram nos atuais governantes. Ou seja, os erros do eleitorado são pagos pelo próprio eleitorado!
É preciso entender, de uma vez por todas, que eleição é investimento no futuro. É a escolha das pessoas a quem os eleitores confiarão os recursos dos impostos abatidos do seu salário ou do resultado do seu trabalho, com a expectativa de que sejam bem administrados e que promovam o bem estar social na forma de serviços públicos de qualidade e que criem melhores oportunidades para o incremento da produção, gerando novos empregos, mais riqueza e progresso, em ambiente honesto e seguro para as pessoas, para os negócios e para a própria produção, de forma a assegurar a todos o direito de ter e de ser.
Não há outro caminho nem outra saída. Os brasileiros, para deixarem o buraco em que foram metidos, terão que pagar, com mais dinheiro e mais trabalho, pelas más escolhas que têm feito.
Esta é a única forma de saldar a conta do desmando e da irresponsabilidade. Fomos roubados e não há meios para reaver o que foi levado.
É fato consumado!
Ficam, no entanto, as perguntas:
Será que exigiremos do poder judiciário punição para os malfeitores que roubaram e desmoralizaram o Brasil?
Por quanto tempo ainda vamos continuar iludidos pelos discursos mentirosos e pelos afagos demagógicos dos estelionatários que elegemos e colocamos no poder para cuidar da nossa riqueza?
Será que, vencendo o imediatismo de ambições pessoais, ainda conseguiremos escolher melhor os gestores do futuro dos nossos filhos e netos?
14 de fevereiro de 2015
Paulo Chagas é General de Brigada Reformado.
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