Vejo a necessidade de se investir em segurança nacional, mas sem abrir mão da educação. De certa forma, nenhum país tem tecnologia de segurança sem ter educação (exceto as ditaduras, que tiram o dinheiro desta pasta). Parece-me que uma coisa está ligada a outra.
Certa vez eu vi uma autoridade americana dizer que os Estados Unidos não precisam invadir a Amazônia para terem acesso ao seu subsolo: eles poderiam comprar tudo o que ali estivesse! O que é verdade na situação atual.
Os americanos, que não são bobos, por um lado investem em armamentos e aviões, por outro, nas universidades e pesquisas e, enquanto tiverem dólares sobrando, esse quadro não mudará.
Por outro lado, imagine-se como será o mundo quando (ou se) o dólar for substituído como moeda universal? Quem poderá dizer como será a política mundial daqui a 50 ou 100 anos? Quem estará governando nossos países vizinhos? Que recursos essenciais faltarão à humanidade?
INVESTIR EM ARMAMENTOS
Quanto ao fato de não “adiantar nada” o Brasil investir em armamentos, em uma guerra direta, pouco adiantarão para nossas Forças Armadas. As estruturas serão destruídas no solo, como aconteceu no Iraque. Mas as Forças Armadas, principalmente o Exército, já estão se preparando para a chamada “Guerra de Lassidão”, a guerra de guerrilha, que demora anos e, aos poucos, vai inserindo batalhões de guerrilheiros nos lugares mais remotos do país, tornando uma invasão desinteressante e onerosa.
Parece “neura” na situação atual alguém pensar em treinar militar para guerrilha e ao mesmo tempo fabricar armas. Mas o mundo dá voltas, as políticas e interesses mudam em 50 anos e não se constrói tecnologia na hora em que se precisa dela. Não vai dar tempo para comprar a fechadura na hora em que o ladrão estiver à porta.
Até hoje, a Embraer, com quase 40 anos de existência, ainda está engatinhando na construção de jatos militares. Essas armas e tecnologias não serão para as Forças Armadas de hoje, mas para as daqui a 50, 100 anos.
A SANGRIA DO BRASIL
Vejam qual é a verdadeira sangria do Estado Brasileiro:
“No total, o setor público brasileiro teve uma despesa de R$ 249 bilhões em 2013 com juros. É o maior valor anual desde pelo menos 2002, quando o BC iniciou o registro desses dados pela metodologia atual. Se atualizarmos pela inflação, no entanto, o maior valor da série é o de 2011 (R$ 265 bilhões). De 2009 a 2013, os gastos com juros somaram R$ 1,065 trilhão. Corrigido pela inflação, esse valor equivale hoje a R$ 1,190 trilhão. Em média, cada um dos 94 milhões de brasileiros com ocupação remunerada gastou, indiretamente, R$ 11 mil no período para pagar os credores do governo, o que dá mais de R$ 2 mil por ano por pessoa.”
Quanto o Brasil gastará com os aviões? 11 bi em dezenas de anos. Quanto foi gasto com os estádios da Copa? 25 bi. Qual é o tamanho do alegado “rombo” da Previdência? 50 bi em 2013.
Portanto, todos os gastos do país são pequenos, quando comparados com o que o país paga de juros. Realmente, não será preciso atacar o Brasil para dominá-lo. Já estamos dominados!
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