Os próximos passos da Operação Lava Jato devem ser investigar empreiteiras, diretores dessas empresas e contas no exterior usadas para o pagamento de propinas a partir de negócios da Petrobras.
Essa é a convicção de um “pool” inédito de advogados e consultores a serviço de várias empreiteiras que estão citadas na investigação. A Folha falou com várias pessoas desse grupo, que trocam informações entre si e com os familiares de presos por causa da Operação Lava Jato.
Nunca as empreiteiras se juntaram em “pool” para usar uma estratégia comum de defesa. Só esse fato já demonstra como consideram grave o episódio atual.
No depoimento de Paulo Roberto Costa, há elementos que indicam de maneira detalhada como eram abertas contas bancárias no exterior. Ele detalhou quais são as empreiteiras, quem eram os diretores e presidentes dessas empresas que tratavam do assunto, onde são as contas bancárias e quem eram os beneficiários dos desvios.
Os recursos eram pagos no exterior, pois as empreiteiras têm subsidiárias em vários países. Assim ficam menos rastros dos pagamentos. O retorno das propinas ao Brasil era feito por meio de um esquema com doleiros.
JUIZ CUIDADOSO
Os advogados e consultores com quem a Folha falou não sabem como agir porque o juiz encarregado do caso, Sérgio Moro, está tendo o cuidado de impedir falhas processuais que permitam a paralisação do processo.
A parte mais visível da investigação, com o envolvimento de congressistas e partidos, foi remetida ao STF, pois esse é o foro adequado.
Nenhum réu pode tentar melar apuração sob o argumento de que está sendo incluído em um processo de maneira indevida. Já a investigação sobre as empreiteiras continua com Sérgio Moro, em Curitiba.
Os advogados das empresas estavam neste fim de semana sob tensão máxima e aguardam a qualquer momento uma operação de busca e apreensão nas casas e escritórios de seus clientes. Alguns desses diretores já estariam procurando fazer viagens ao exterior para evitar uma prisão inesperada.
CORRUPTORES
A linha de instrução do processo é considerada inédita pelos advogados, pois o juiz Sérgio Moro dá sinais de estar mais preocupado em buscar os pagadores das propinas (empreiteiras) do que os recebedores do dinheiro.
Um elo ainda a ser fechado é como o doleiro Alberto Youssef atuou. Costa está detalhando nos seus depoimentos como era a gênese do propinoduto na Petrobras. Já é muita coisa, pois ele sabe quem pagou e quem recebeu.
Ocorre que apenas Youssef será capaz de completar a narrativa, dizendo como exatamente internalizou o dinheiro no Brasil, como efetuou pagamentos, fornecendo datas e locais. O doleiro tem resistido a colaborar.
Seus parentes mandam cartas recomendando que conte o que sabe, o que até agora ainda não aconteceu.
Essa é a convicção de um “pool” inédito de advogados e consultores a serviço de várias empreiteiras que estão citadas na investigação. A Folha falou com várias pessoas desse grupo, que trocam informações entre si e com os familiares de presos por causa da Operação Lava Jato.
Nunca as empreiteiras se juntaram em “pool” para usar uma estratégia comum de defesa. Só esse fato já demonstra como consideram grave o episódio atual.
No depoimento de Paulo Roberto Costa, há elementos que indicam de maneira detalhada como eram abertas contas bancárias no exterior. Ele detalhou quais são as empreiteiras, quem eram os diretores e presidentes dessas empresas que tratavam do assunto, onde são as contas bancárias e quem eram os beneficiários dos desvios.
Os recursos eram pagos no exterior, pois as empreiteiras têm subsidiárias em vários países. Assim ficam menos rastros dos pagamentos. O retorno das propinas ao Brasil era feito por meio de um esquema com doleiros.
JUIZ CUIDADOSO
Os advogados e consultores com quem a Folha falou não sabem como agir porque o juiz encarregado do caso, Sérgio Moro, está tendo o cuidado de impedir falhas processuais que permitam a paralisação do processo.
A parte mais visível da investigação, com o envolvimento de congressistas e partidos, foi remetida ao STF, pois esse é o foro adequado.
Nenhum réu pode tentar melar apuração sob o argumento de que está sendo incluído em um processo de maneira indevida. Já a investigação sobre as empreiteiras continua com Sérgio Moro, em Curitiba.
Os advogados das empresas estavam neste fim de semana sob tensão máxima e aguardam a qualquer momento uma operação de busca e apreensão nas casas e escritórios de seus clientes. Alguns desses diretores já estariam procurando fazer viagens ao exterior para evitar uma prisão inesperada.
CORRUPTORES
A linha de instrução do processo é considerada inédita pelos advogados, pois o juiz Sérgio Moro dá sinais de estar mais preocupado em buscar os pagadores das propinas (empreiteiras) do que os recebedores do dinheiro.
Um elo ainda a ser fechado é como o doleiro Alberto Youssef atuou. Costa está detalhando nos seus depoimentos como era a gênese do propinoduto na Petrobras. Já é muita coisa, pois ele sabe quem pagou e quem recebeu.
Ocorre que apenas Youssef será capaz de completar a narrativa, dizendo como exatamente internalizou o dinheiro no Brasil, como efetuou pagamentos, fornecendo datas e locais. O doleiro tem resistido a colaborar.
Seus parentes mandam cartas recomendando que conte o que sabe, o que até agora ainda não aconteceu.
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