Planalto minimiza denúncias de ex-diretor da Petrobras contra Edison Lobão
iG Brasília
“Não acredito que os dados que têm sido fornecidos pela imprensa são oficiais. Quando alguns dos órgãos que investigativos tiverem uma posição oficial, tomarei todas as providências cabíveis, ainda que tenham de ser providências duras”, afirmou a presidente.
Dilma disse ainda que não conversou com Lobão nos últimos dias, mas citou as explicações oficiais apresentadas em nota pelo ministro, em que ele nega as denúncias.
“Ele não sabe nem do que está sendo acusado, a revista não diz. Vocês sabem?”, perguntou Dilma aos jornalistas.
Não subscrevo manifestações de hostilidade ao Brasil, tão comuns nos Sete de Setembro. O que me move a este texto é algo bem diferente. É um apelo aos bons brasileiros, aos que amam a pátria que aniversaria e que se sentem responsáveis por ela. Escrevo para muitos, portanto. Aproveitemos para refletir sobre o que os maus conterrâneos estão fazendo com nossa gente. Eles não podem continuar transformando o Brasil numa casa de tolerância, desavergonhada como nunca se viu igual. Uma casa de tolerância que aplaude o gangsterismo político, o crime organizado nos altos andares da República, o banditismo deslavado e sorridente de uma elite rastaquera e debochada, que conta dinheiro e votos como se fossem a mesma coisa.
Já não lhes basta a própria corrupção. Dedicam-se, há bom tempo, à tarefa de corromper, aos milhões, o próprio povo, porque são milhões e milhões que já não se repugnam, que já não reclamam, que já sequer silenciam. Mas aplaudem e se declaram devotos.
Pior, não é apenas no plano da política que a nação vai sendo abusada e corrompida. Também nos costumes, também no desprezo à ética, à verdade e aos valores perenes. Também nas novelas, na cultura, nas artes, nas baladas. Nas aspirações individuais e nas perspectivas de vida. No pior dos sentidos, aburguesaram uma nação pobre. Incitaram o conflito racial numa nação mestiça desde os primórdios. À medida que Deus vai sendo expulso, à base de interditos judiciais e galhofas sociais, instala-se, no Brasil, a soberania do outro.
ELEIÇÃO DOS MELHORES
Recebemos de Deus e da História um país esplêndido, que se converte em covil de malfeitores. Estamos próximos dias de uma eleição geral. Não nos conformemos apenas com o “dever cívico” do 5 de outubro. Nosso dever cívico não tem data nem prazo de validade. Empenhemo-nos na eleição dos melhores! Sob o chicote do voto, expulsemos do poder os abusadores da Pátria Mãe.
Percival Puggina
Francisco Vieira
Vejo a necessidade de se investir em segurança nacional, mas sem abrir mão da educação. De certa forma, nenhum país tem tecnologia de segurança sem ter educação (exceto as ditaduras, que tiram o dinheiro desta pasta). Parece-me que uma coisa está ligada a outra.
Certa vez eu vi uma autoridade americana dizer que os Estados Unidos não precisam invadir a Amazônia para terem acesso ao seu subsolo: eles poderiam comprar tudo o que ali estivesse! O que é verdade na situação atual.
Os americanos, que não são bobos, por um lado investem em armamentos e aviões, por outro, nas universidades e pesquisas e, enquanto tiverem dólares sobrando, esse quadro não mudará.
Por outro lado, imagine-se como será o mundo quando (ou se) o dólar for substituído como moeda universal? Quem poderá dizer como será a política mundial daqui a 50 ou 100 anos? Quem estará governando nossos países vizinhos? Que recursos essenciais faltarão à humanidade?
INVESTIR EM ARMAMENTOS
Quanto ao fato de não “adiantar nada” o Brasil investir em armamentos, em uma guerra direta, pouco adiantarão para nossas Forças Armadas. As estruturas serão destruídas no solo, como aconteceu no Iraque. Mas as Forças Armadas, principalmente o Exército, já estão se preparando para a chamada “Guerra de Lassidão”, a guerra de guerrilha, que demora anos e, aos poucos, vai inserindo batalhões de guerrilheiros nos lugares mais remotos do país, tornando uma invasão desinteressante e onerosa.
Parece “neura” na situação atual alguém pensar em treinar militar para guerrilha e ao mesmo tempo fabricar armas. Mas o mundo dá voltas, as políticas e interesses mudam em 50 anos e não se constrói tecnologia na hora em que se precisa dela. Não vai dar tempo para comprar a fechadura na hora em que o ladrão estiver à porta.
Até hoje, a Embraer, com quase 40 anos de existência, ainda está engatinhando na construção de jatos militares. Essas armas e tecnologias não serão para as Forças Armadas de hoje, mas para as daqui a 50, 100 anos.
A SANGRIA DO BRASIL
Vejam qual é a verdadeira sangria do Estado Brasileiro:
“No total, o setor público brasileiro teve uma despesa de R$ 249 bilhões em 2013 com juros. É o maior valor anual desde pelo menos 2002, quando o BC iniciou o registro desses dados pela metodologia atual. Se atualizarmos pela inflação, no entanto, o maior valor da série é o de 2011 (R$ 265 bilhões). De 2009 a 2013, os gastos com juros somaram R$ 1,065 trilhão. Corrigido pela inflação, esse valor equivale hoje a R$ 1,190 trilhão. Em média, cada um dos 94 milhões de brasileiros com ocupação remunerada gastou, indiretamente, R$ 11 mil no período para pagar os credores do governo, o que dá mais de R$ 2 mil por ano por pessoa.”
Quanto o Brasil gastará com os aviões? 11 bi em dezenas de anos. Quanto foi gasto com os estádios da Copa? 25 bi. Qual é o tamanho do alegado “rombo” da Previdência? 50 bi em 2013.
Portanto, todos os gastos do país são pequenos, quando comparados com o que o país paga de juros. Realmente, não será preciso atacar o Brasil para dominá-lo. Já estamos dominados!
Deu no Correio Braziliense
A candidata do PSol à presidência da República, Luciana Genro, bateu pesado ao comentar as recentes denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras e um grupo enorme de políticos ligados ao governo federal.
“As denúncias que vieram à tona demonstram que todos os partidos do sistema estão envolvidos em um processo de liquidação do Estado e de privatização brutal dos ativos da Petrobras. Estamos diante de um escândalo de proporções gigantescas, em que os partidos que são governo com Dilma e os políticos que estão com Marina demonstram uma gestão de depredação do patrimônio público e da Petrobras”, disse a candidata, de acordo com a assessoria.
O maestro, instrumentista, arranjador, cantor e compositor carioca Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (1927-1994) é considerado o maior expoente de todos os tempos da música brasileira e um dos criadores do movimento da bossa nova.
A letra de “Chovendo na Roseira”, feita na década de setenta, já tratava do tema ecologia e, por sua beleza, estimula-nos a defender, cada vez mais, a natureza e nos ensina a preservar os rios, as plantas, as árvores, os animais e as flores. A música foi gravada no LP Elis & Tom, em 1974, pela Philips.
CHOVENDO NA ROSEIRA
Tom Jobim
Olha
Está chovendo na roseira
Que só dá rosa mas não cheira
A frescura das gotas úmidas
Que é de Betinho, que é de Paulinho, que é de João
Que é de ninguém!
Pétalas de rosa carregadas pelo vento
Um amor tão puro carregou meu pensamento
Olha, um tico-tico mora ao lado
E passeando no molhado
Adivinhou a primavera
Olha, que chuva boa, prazenteira
Que vem molhar minha roseira
Chuva boa, criadeira
Que molha a terra, que enche o rio, que lava o céu
Que traz o azul!
Olha, o jasmineiro está florido
E o riachinho de água esperta
Se lança embaixo do rio de águas calmas
Ah, você é de ninguém!
(Colaboração enviada por Paulo Peres – site Poemas & Canções)
Carlos Chagas
Pelo menos até agora, ninguém ficou chocado com os nomes de políticos revelados na delação premiada do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. São deputados, senadores, governadores e dirigentes partidários há muito envolvidos em denúncias que, mesmo pouco explicadas, levam-nos à conclusão de sempre: são bandidos. Vale esperar pela divulgação da lista completa para saber da existência de surpresas, ou seja, de supostos arcanjos na realidade demônios.
O que emerge dessa nova temporada de corrupção explícita é a certeza de que o mensalão não morreu. Transfigurou-se. Nos tempos do Lula, os partidos que apoiavam seu governo recebiam propinas engendradas por uma quadrilha formada por bancos, publicitários e altos funcionários do palácio do Planalto. No governo Dilma, mudaram as fontes de irrigação do Congresso com dinheiro podre. Agora são a Petrobras e as empreiteiras de obras públicas, mas os beneficiários continuam os mesmos: os partidos da base oficial. Certamente mais amplo, esse novo capítulo da corrupção deslavada aprendeu com os erros anteriores. Agora são contratos superfaturados das atividades da empresa estatal com empresas privadas, com 3% distribuídos pelos políticos, destinados a garantir para o palácio do Planalto maioria no Congresso. Com passagem pela caixa dos partidos e para o bolso de parlamentares e servidores públicos.
Livrou-se o Lula, alegando nada saber do mensalão. Deve livrar-se Dilma, com o argumento de ignorar o que se passava nos desvãos da Petrobras. O diabo é que são os mesmos: PT, PMDB, PP, PR, PTB e outros enfiados até o pescoço na lambança da garantia de votos. Os números por enquanto variam: 49 ou 62 deputados? Dois ou quatro governadores? Doze ou quinze senadores? Um ou cinco ministros?
Não se incluirá as empreiteiras no rol das vítimas, coitadinhas que se não cedessem à chantagem perderiam seus contratos. Pelo contrário, lucraram como nunca ao superfaturar o preço de suas obras. Metade para os políticos, metade para elas?
Não escapa ninguém dessa pantomima, a começar pelo PT, que teve seu primeiro tesoureiro, Delúbio Soares, condenado e hoje na cadeia por envolvimento no mensalão. Agora, seu sucessor, João Vaccari Neto, ainda solto. No episódio inicial foi necessário o tacape do então presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. Aguarda-se a borduna de Ricardo Lewandowski, mas garantir, quem garante?
Até os presidentes da Câmara e do Senado aparecem na delação premiada do meliante comprovadamente tendo enviado 23 milhões para contas secretas na Suíça, felizmente congeladas por iniciativa do governo daquele país.
Fazer o quê? Fechar a Petrobras, outrora motivo de orgulho de todos nós? Extinguir os partidos políticos? Decretar o recesso do Congresso? Votar o impedimento de Dilma Rousseff, por omissão evidente? Chamar de volta os militares, que tanto mal causaram às instituições democráticas?
Melhor seria convocar o Padre Eterno, com direito à presença de Jeová, Alá, Tupã, Isis, Osíris, Júpiter, Zeus e quem mais mereça em pouco de fé, fazendo-LHES um desesperado apelo: de novo, o dilúvio…
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ajuizou sexta-feira uma ação contra a presidente Dilma Rousseff por ela ter enviado ao Congresso a proposta de lei orçamentária para 2015 sem a previsão de verbas adicionais que garantiriam aumentos salariais para servidores, magistrados e procuradores. Segundo o Ministério do Planejamento, chega a R$ 16,9 bilhões o impacto dos pleitos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Contas da União.
O mandado de segurança contra Dilma será relatado pela ministra Rosa Weber. Janot pede uma liminar para considerar nula a mensagem presidencial que enviou a proposta sem o adicional no orçamento. Caso Rosa Weber não atenda ao pedido, a Procuradoria Geral da República pede a suspensão da tramitação do orçamento até o julgamento final do caso.
NOVO ORÇAMENTO
O pedido ainda é para que Dilma seja obrigada a enviar nova mensagem contendo a íntegra da proposta do Judiciário e do Ministério Público. Janot quer que o STF, “tendo em vista a reiterada prática” do Executivo de alterar as propostas orçamentárias, emita uma ordem a Dilma para suspender essa atitude. Em 2011, em crise com o Judiciário, a presidente já havia cortado o aumento da categoria no projeto de orçamento do ano seguinte.
Segundo Janot, a atitude de Dilma teria ferido a independência dos Poderes porque só o Congresso Nacional pode fazer cortes no orçamento. “O mandado de segurança não se volta, em absoluto, contra a possibilidade de o Parlamento promover cortes e ajustes orçamentários”, diz o procurador geral. “O que se ataca é o aspecto procedimental, do rito constitucional que vem sendo descumprido pelo Poder Executivo.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É um caso interessante. Há presidentes que se julgam onipotentes. Mas seus poderes têm limitações. A presidente Dilma Rousseff, por exemplo, julga que pode tudo, mas não é bem assim. E é vergonhoso quando o presidente (ou a presidenta) vem a ser enquadrado pelo procurador-geral da República, por ter extrapolado sua funções e exorbitado seus direitos. Traduzindo: Dilma passou 8 anos como ministra e mais 4 como presidenta, mas não aprendeu nada. (C.N.)
iG Brasília
A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, reafirmou neste domingo (7) que aguardaria informações oficiais da Polícia Federal e do Ministério Público para tomar providências sobre as denúncias de corrupção entre a Petrobras e integrantes de seu governo.
De acordo com a revista Veja desta semana, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, seria um dos citados por recebimento de propina em depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que aderiu ao regime de delação premiada.]
Dilma disse ainda que não conversou com Lobão nos últimos dias, mas citou as explicações oficiais apresentadas em nota pelo ministro, em que ele nega as denúncias.
“Ele não sabe nem do que está sendo acusado, a revista não diz. Vocês sabem?”, perguntou Dilma aos jornalistas.
Pátria mal amada e abusada
Não subscrevo manifestações de hostilidade ao Brasil, tão comuns nos Sete de Setembro. O que me move a este texto é algo bem diferente. É um apelo aos bons brasileiros, aos que amam a pátria que aniversaria e que se sentem responsáveis por ela. Escrevo para muitos, portanto. Aproveitemos para refletir sobre o que os maus conterrâneos estão fazendo com nossa gente. Eles não podem continuar transformando o Brasil numa casa de tolerância, desavergonhada como nunca se viu igual. Uma casa de tolerância que aplaude o gangsterismo político, o crime organizado nos altos andares da República, o banditismo deslavado e sorridente de uma elite rastaquera e debochada, que conta dinheiro e votos como se fossem a mesma coisa.
Já não lhes basta a própria corrupção. Dedicam-se, há bom tempo, à tarefa de corromper, aos milhões, o próprio povo, porque são milhões e milhões que já não se repugnam, que já não reclamam, que já sequer silenciam. Mas aplaudem e se declaram devotos.
Pior, não é apenas no plano da política que a nação vai sendo abusada e corrompida. Também nos costumes, também no desprezo à ética, à verdade e aos valores perenes. Também nas novelas, na cultura, nas artes, nas baladas. Nas aspirações individuais e nas perspectivas de vida. No pior dos sentidos, aburguesaram uma nação pobre. Incitaram o conflito racial numa nação mestiça desde os primórdios. À medida que Deus vai sendo expulso, à base de interditos judiciais e galhofas sociais, instala-se, no Brasil, a soberania do outro.
ELEIÇÃO DOS MELHORES
Recebemos de Deus e da História um país esplêndido, que se converte em covil de malfeitores. Estamos próximos dias de uma eleição geral. Não nos conformemos apenas com o “dever cívico” do 5 de outubro. Nosso dever cívico não tem data nem prazo de validade. Empenhemo-nos na eleição dos melhores! Sob o chicote do voto, expulsemos do poder os abusadores da Pátria Mãe.
Por que o Brasil precisa investir em educação e também em segurança nacional?
Francisco Vieira
Vejo a necessidade de se investir em segurança nacional, mas sem abrir mão da educação. De certa forma, nenhum país tem tecnologia de segurança sem ter educação (exceto as ditaduras, que tiram o dinheiro desta pasta). Parece-me que uma coisa está ligada a outra.
Certa vez eu vi uma autoridade americana dizer que os Estados Unidos não precisam invadir a Amazônia para terem acesso ao seu subsolo: eles poderiam comprar tudo o que ali estivesse! O que é verdade na situação atual.
Os americanos, que não são bobos, por um lado investem em armamentos e aviões, por outro, nas universidades e pesquisas e, enquanto tiverem dólares sobrando, esse quadro não mudará.
Por outro lado, imagine-se como será o mundo quando (ou se) o dólar for substituído como moeda universal? Quem poderá dizer como será a política mundial daqui a 50 ou 100 anos? Quem estará governando nossos países vizinhos? Que recursos essenciais faltarão à humanidade?
INVESTIR EM ARMAMENTOS
Quanto ao fato de não “adiantar nada” o Brasil investir em armamentos, em uma guerra direta, pouco adiantarão para nossas Forças Armadas. As estruturas serão destruídas no solo, como aconteceu no Iraque. Mas as Forças Armadas, principalmente o Exército, já estão se preparando para a chamada “Guerra de Lassidão”, a guerra de guerrilha, que demora anos e, aos poucos, vai inserindo batalhões de guerrilheiros nos lugares mais remotos do país, tornando uma invasão desinteressante e onerosa.
Parece “neura” na situação atual alguém pensar em treinar militar para guerrilha e ao mesmo tempo fabricar armas. Mas o mundo dá voltas, as políticas e interesses mudam em 50 anos e não se constrói tecnologia na hora em que se precisa dela. Não vai dar tempo para comprar a fechadura na hora em que o ladrão estiver à porta.
Até hoje, a Embraer, com quase 40 anos de existência, ainda está engatinhando na construção de jatos militares. Essas armas e tecnologias não serão para as Forças Armadas de hoje, mas para as daqui a 50, 100 anos.
A SANGRIA DO BRASIL
Vejam qual é a verdadeira sangria do Estado Brasileiro:
“No total, o setor público brasileiro teve uma despesa de R$ 249 bilhões em 2013 com juros. É o maior valor anual desde pelo menos 2002, quando o BC iniciou o registro desses dados pela metodologia atual. Se atualizarmos pela inflação, no entanto, o maior valor da série é o de 2011 (R$ 265 bilhões). De 2009 a 2013, os gastos com juros somaram R$ 1,065 trilhão. Corrigido pela inflação, esse valor equivale hoje a R$ 1,190 trilhão. Em média, cada um dos 94 milhões de brasileiros com ocupação remunerada gastou, indiretamente, R$ 11 mil no período para pagar os credores do governo, o que dá mais de R$ 2 mil por ano por pessoa.”
Quanto o Brasil gastará com os aviões? 11 bi em dezenas de anos. Quanto foi gasto com os estádios da Copa? 25 bi. Qual é o tamanho do alegado “rombo” da Previdência? 50 bi em 2013.
Portanto, todos os gastos do país são pequenos, quando comparados com o que o país paga de juros. Realmente, não será preciso atacar o Brasil para dominá-lo. Já estamos dominados!
Quais serão os reflexos das revelações de Paulo Roberto Costa na campanha eleitoral?
Pedro do Coutto
Esta é a pergunta que se faz neste momento em que as revelações do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa alcançam enorme repercussão na imprensa e na mídia em modo geral. Isso a partir da reportagem que a revista Veja publicou na edição de sábado que se encontra nas bancas. Na proposta que formulou de delação premiada com a redução de sua pena, Paulo Roberto Costa relacionou nominalmente diversos políticos importantes como envolvidos no esquema de corrupção que funcionava na Petrobrás e incluía grandes empresas empreiteiras.
O episódio vem comprovar que campanhas eleitorais não se decidem somente com base em projeções estatísticas frias e baseadas em números de eleições anteriores e a transferência possível de votos de um candidato para outro. Nada disso. De repente explode um fato imprevisto capaz de alterar o rumo dos confrontos. Não quero com isso dizer que a atitude do ex-diretor da estatal vá influir na conquista ou perda deste ou daquele candidato em matéria de intenções de voto nas urnas de outubro. Daí porque coloco a pergunta, cuja resposta as próximas pesquisas do Datafolha e do Ibope irão responder.
Vamos nos próximos dias entrar na reta final da campanha cujo início verifica-se sempre a duas semanas do pleito. É quando as disputas assumem o caráter de competição esportiva e atingem a emoção dos eleitores e eleitoras. Nesse período valem pouco os resultados anteriores revelados pelas urnas de quatro anos atrás, destacando-se a importância do desempenho dos três candidatos reais ao Palácio do Planalto ao longo do horário eleitoral gratuito e dos debates que vão se desenrolar nas emissoras de televisão.
DEBATE NA TV GLOBO
Entre esses debates ressalte-se o peso do confronto a ser promovido pela Rede Globo na noite de 3 de outubro, 48 horas antes das urnas do dia 5. A audiência, pela força do canal, será elevada e a avaliação dos eleitores sobre o desempenho de Dilma Rousseff, Marina Silva e Aécio Neves poderá se tornar decisiva para a escolha dos dois finalistas no confronto marcado para 26 de outubro.
Os demais candidatos, está evidente, não possuem a menor chance de se aproximar dos três primeiros, mas terão que ser convidados a participar, em pé de igualdade, pelo que determina a lei eleitoral, lei 9504/97. Neste ponto cabe uma explicação: são 11 as candidatas e candidatos, porém a lei condiciona a obrigatoriedade de participação nos debates ao fato de serem eles de partidos que possuam representação no Congresso Nacional. Caso contrário a determinação não se estende a eles. Por este motivo os debates realizados até agora na Rede Bandeirante e no SBT reuniram somente 7 candidaturas.
Enfim, este é o quadro que se apresenta como decisivo no final da atual campanha. A escolha para o segundo turno vai depender do desempenho de Dilma, Marina e Aécio no primeiro.
PMDB vencerá em oito estados?
Roberto Nascimento
O fiel da balança em todos os governos, o partido que realmente controla as estruturas do Estado, mesmo sem levar a cabeça da chapa, o inefável e sibilino PMDB periga vencer a disputa para os governos estaduais em oito arenas, notadamente no Nordeste. No triângulo das Bermudas, perderá em São Paulo e em Minas, mas, poderá vencer no Rio de Janeiro. Vencerá com folga no Ceará, no Paraná, no Espírito Santo e no Amazonas.
A vitória do PMDB em oito Estados significará que o Partido fará a maior bancada na Câmara e no Senado, logo com direito a indicar os presidentes das duas casas congressuais. O presidente eleito, seja quem for, ficará refém da legenda. No entanto, caso a vitória caia na cabeça do PSB, dentre os três candidatos ela é a que terá a minoria mais frágil. O PSDB e o PT elegerão menos deputados e senadores do que o PMDB, mas terão bancada expressivas.
Vislumbra-se então, a repetição da “base aliada”, conjunto de partidos que votam com o Palácio do Planalto em troca de Ministérios e presidências de empresas estatais, além de emendas do Orçamento para tocarem obras em seus currais eleitorais, segundo se depreende da análise das pesquisas da Folha de São Paulo.
FENÔMENOS
A cada eleição, um fenômeno acontece deixando a mocidade política louca e estressada. No passado foi o furação Collor e agora a tsunami verde Marina. O PSDB não crescerá, porém, manterá a mesma bancada, com um agravante em Minas, palco da maior derrota de Aécio Neves, que pode ficar em terceiro, atrás de Dilma e Marina. O candidato petista Fernando Pimentel já começa a preparar o terno da posse nas alterosas. Um braço do triângulo das bermudas ficará com o PT, o de São Paulo com o PSDB e o do Rio de Janeiro, parece que será abocanhado pelo candidato Pezão do PMDB.
Na Bahia o candidato Paulo Souto vencerá o candidato do governador petista Jaques Vagner, indicando que o governo petista ficou aquém das expectativas dos eleitores baianos, e em Pernambuco vencerá o candidato do partido do PSB na esteira da emoção pela perda de Eduardo Campos.
No Rio Grande do Sul, o governador petista Tarso Genro terá a maior derrota dentre todos os governadores do partido no poder. Com essas fissuras, o PT sairá das eleições como o maior perdedor do circuito Sul e Sudeste, transformando-se em legenda predominante apenas acima da linha do Equador.
Bem, essas conjecturas foram pintadas com base nas pesquisas, entretanto, o senhor de todas as batalhas sempre será o eleitor e é ele, sua excelência o fato, como diria o saudoso Ulysses Guimarães, que definirá os próximos gestores públicos a partir de 2015.
A sorte está lançada.
Luciana Genro diz que escândalo mostra o processo de liquidação do Estado
Deu no Correio Braziliense
A candidata do PSol à presidência da República, Luciana Genro, bateu pesado ao comentar as recentes denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras e um grupo enorme de políticos ligados ao governo federal.
“As denúncias que vieram à tona demonstram que todos os partidos do sistema estão envolvidos em um processo de liquidação do Estado e de privatização brutal dos ativos da Petrobras. Estamos diante de um escândalo de proporções gigantescas, em que os partidos que são governo com Dilma e os políticos que estão com Marina demonstram uma gestão de depredação do patrimônio público e da Petrobras”, disse a candidata, de acordo com a assessoria.
Esta segunda-feira, Luciana Genro cumpre agenda de campanha em Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, onde faz um ato no centro da cidade. Na terça-feira (9), a candidata estará em Passo Fundo (RS) e na quarta-feira (10) irá para Caxias do Sul, na Serra Gaúcha.
Polícia Federal vai devassar também as empreiteiras que corromperam os políticos
Os próximos passos da Operação Lava Jato devem ser investigar empreiteiras, diretores dessas empresas e contas no exterior usadas para o pagamento de propinas a partir de negócios da Petrobras.
Essa é a convicção de um “pool” inédito de advogados e consultores a serviço de várias empreiteiras que estão citadas na investigação. A Folha falou com várias pessoas desse grupo, que trocam informações entre si e com os familiares de presos por causa da Operação Lava Jato.
Nunca as empreiteiras se juntaram em “pool” para usar uma estratégia comum de defesa. Só esse fato já demonstra como consideram grave o episódio atual.
No depoimento de Paulo Roberto Costa, há elementos que indicam de maneira detalhada como eram abertas contas bancárias no exterior. Ele detalhou quais são as empreiteiras, quem eram os diretores e presidentes dessas empresas que tratavam do assunto, onde são as contas bancárias e quem eram os beneficiários dos desvios.
Os recursos eram pagos no exterior, pois as empreiteiras têm subsidiárias em vários países. Assim ficam menos rastros dos pagamentos. O retorno das propinas ao Brasil era feito por meio de um esquema com doleiros.
JUIZ CUIDADOSO
Os advogados e consultores com quem a Folha falou não sabem como agir porque o juiz encarregado do caso, Sérgio Moro, está tendo o cuidado de impedir falhas processuais que permitam a paralisação do processo.
A parte mais visível da investigação, com o envolvimento de congressistas e partidos, foi remetida ao STF, pois esse é o foro adequado.
Nenhum réu pode tentar melar apuração sob o argumento de que está sendo incluído em um processo de maneira indevida. Já a investigação sobre as empreiteiras continua com Sérgio Moro, em Curitiba.
Os advogados das empresas estavam neste fim de semana sob tensão máxima e aguardam a qualquer momento uma operação de busca e apreensão nas casas e escritórios de seus clientes. Alguns desses diretores já estariam procurando fazer viagens ao exterior para evitar uma prisão inesperada.
CORRUPTORES
A linha de instrução do processo é considerada inédita pelos advogados, pois o juiz Sérgio Moro dá sinais de estar mais preocupado em buscar os pagadores das propinas (empreiteiras) do que os recebedores do dinheiro.
Um elo ainda a ser fechado é como o doleiro Alberto Youssef atuou. Costa está detalhando nos seus depoimentos como era a gênese do propinoduto na Petrobras. Já é muita coisa, pois ele sabe quem pagou e quem recebeu.
Ocorre que apenas Youssef será capaz de completar a narrativa, dizendo como exatamente internalizou o dinheiro no Brasil, como efetuou pagamentos, fornecendo datas e locais. O doleiro tem resistido a colaborar.
Seus parentes mandam cartas recomendando que conte o que sabe, o que até agora ainda não aconteceu.
Essa é a convicção de um “pool” inédito de advogados e consultores a serviço de várias empreiteiras que estão citadas na investigação. A Folha falou com várias pessoas desse grupo, que trocam informações entre si e com os familiares de presos por causa da Operação Lava Jato.
Nunca as empreiteiras se juntaram em “pool” para usar uma estratégia comum de defesa. Só esse fato já demonstra como consideram grave o episódio atual.
No depoimento de Paulo Roberto Costa, há elementos que indicam de maneira detalhada como eram abertas contas bancárias no exterior. Ele detalhou quais são as empreiteiras, quem eram os diretores e presidentes dessas empresas que tratavam do assunto, onde são as contas bancárias e quem eram os beneficiários dos desvios.
Os recursos eram pagos no exterior, pois as empreiteiras têm subsidiárias em vários países. Assim ficam menos rastros dos pagamentos. O retorno das propinas ao Brasil era feito por meio de um esquema com doleiros.
JUIZ CUIDADOSO
Os advogados e consultores com quem a Folha falou não sabem como agir porque o juiz encarregado do caso, Sérgio Moro, está tendo o cuidado de impedir falhas processuais que permitam a paralisação do processo.
A parte mais visível da investigação, com o envolvimento de congressistas e partidos, foi remetida ao STF, pois esse é o foro adequado.
Nenhum réu pode tentar melar apuração sob o argumento de que está sendo incluído em um processo de maneira indevida. Já a investigação sobre as empreiteiras continua com Sérgio Moro, em Curitiba.
Os advogados das empresas estavam neste fim de semana sob tensão máxima e aguardam a qualquer momento uma operação de busca e apreensão nas casas e escritórios de seus clientes. Alguns desses diretores já estariam procurando fazer viagens ao exterior para evitar uma prisão inesperada.
CORRUPTORES
A linha de instrução do processo é considerada inédita pelos advogados, pois o juiz Sérgio Moro dá sinais de estar mais preocupado em buscar os pagadores das propinas (empreiteiras) do que os recebedores do dinheiro.
Um elo ainda a ser fechado é como o doleiro Alberto Youssef atuou. Costa está detalhando nos seus depoimentos como era a gênese do propinoduto na Petrobras. Já é muita coisa, pois ele sabe quem pagou e quem recebeu.
Ocorre que apenas Youssef será capaz de completar a narrativa, dizendo como exatamente internalizou o dinheiro no Brasil, como efetuou pagamentos, fornecendo datas e locais. O doleiro tem resistido a colaborar.
Seus parentes mandam cartas recomendando que conte o que sabe, o que até agora ainda não aconteceu.
Olha, Tom Jobim viu que está chovendo na roseira…
O maestro, instrumentista, arranjador, cantor e compositor carioca Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (1927-1994) é considerado o maior expoente de todos os tempos da música brasileira e um dos criadores do movimento da bossa nova.
A letra de “Chovendo na Roseira”, feita na década de setenta, já tratava do tema ecologia e, por sua beleza, estimula-nos a defender, cada vez mais, a natureza e nos ensina a preservar os rios, as plantas, as árvores, os animais e as flores. A música foi gravada no LP Elis & Tom, em 1974, pela Philips.
CHOVENDO NA ROSEIRA
Tom Jobim
Olha
Está chovendo na roseira
Que só dá rosa mas não cheira
A frescura das gotas úmidas
Que é de Betinho, que é de Paulinho, que é de João
Que é de ninguém!
Pétalas de rosa carregadas pelo vento
Um amor tão puro carregou meu pensamento
Olha, um tico-tico mora ao lado
E passeando no molhado
Adivinhou a primavera
Olha, que chuva boa, prazenteira
Que vem molhar minha roseira
Chuva boa, criadeira
Que molha a terra, que enche o rio, que lava o céu
Que traz o azul!
Olha, o jasmineiro está florido
E o riachinho de água esperta
Se lança embaixo do rio de águas calmas
Ah, você é de ninguém!
(Colaboração enviada por Paulo Peres – site Poemas & Canções)
Pesquisas do Ibope e Datafolha norteiam campanhas dos candidatos
Pedro do Coutto
Antigamente eram maiores as reações contrárias às pesquisas eleitorais, hoje permanecem porém em escala muito menor. Apesar dessa evolução, comprovada pelos acertos dos levantamentos, ainda há setores que permanecem nelas não acreditando sempre que os números não favorecem os candidatos de sua preferência. Verifiquei isso quando participei como assistente de palestra realizada pelos professores Jairo Nicolau na residência do ex-deputado Luis Alfredo Salomão, levado por um amigo comum, da equipe da direção de Furnas.
Na realidade não encontro motivos para descrédito das estatísticas, sobretudo porque em função delas os candidatos norteiam as campanhas que realizam. A presidente Dilma Rousseff, por exemplo, mudou de rumo e alvo. Concentrava seu combate contra Aécio Neves e alterou seu alvo a partir do momento em que as pesquisas, tanto as do Datafolha quanto as do IBOPE, apresentaram a subida espetacular de Marina Silva, que, em apenas duas semanas, passou de 21 para 34 pontos. O alvo da presidente da República passou a ser a ex-senadora do Acre.
Na luta pela colocação que possa permitir sua classificação para o segundo turno, Aécio Neves também passou a dirigir ataques a Marina Silva, procurando destacar a falta de base parlamentar a sua candidatura. Na edição de O Globo, dia 4, quinta-feira passada, reportagem de Cássio Bruno e Leandra Lima focaliza um pacto firmado entre os candidatos ao governo do Rio de Janeiro, Lindberg Farias e Marcelo Crivella, contra Garotinho e Luiz Fernando Pezão, que passaram a polarizar a disputa pelo Palácio Guanabara.
NÃO-AGRESSÃO
Sob a capa de pacto de não-agressão, uniram-se contra os adversários apontados pelos institutos como os mais fortes. O primeiro turno realiza-se a 5 de outubro. O segundo a 26 do próximo mês. Como antes de resolvido o primeiro embate, dois candidatos se unem pelo desfecho final das urnas? É claro que, sentindo perda de espaço na maratona, Crivella e Lindbergh uniram-se para melhorar suas posições em primeiro turno. Tudo isso em função dos resultados apontados pelo Datafolha e Ibope até agora.
Essas atitudes, todas elas, demonstram tácita e claramente que os personagens citados acreditam na firmeza das estatísticas envolvendo as intenções de voto. Caso contrário, não mudariam de rumo e de alvo. E que, na verdade, além das colocações, os levantamentos apontam tendências. A tendência declinante de Aécio neves, por exemplo, tornou-se um fato concreto e bastante sensível junto ao eleitorado após seu recuo ter sido publicamente assinalado. As pesquisas não criam fatos, da mesma forma que a imprensa, mas assinalam e acentuam realidades. Os jornais não inventam fatos. Expõe, os acontecimentos, isso sim. Os levantamentos do Ibope e Datafolha não criam posições eleitorais, somente as revelam.
Quanto aos seus efeitos, trata-se de outra coisa. A repercussão no que hoje se chama mídia conduziu e provocou o julgamento dos acusados pelo mensalão, bomba que explodiu no segundo mandato do presidente Lula. O principal acusado (e condenado) foi o ministro chefe da Casa Civil. As pesquisas de agora polarizam a disputa final pela presidência da República entre Dilma Rousseff e Marina Silva. No Rio de Janeiro conduziram a polarização entre Anthony Garotinho e Luiz Fernando Pezão. Refletiram atmosferas existentes. Não as criaram e produziram. Imprensa e pesquisas não são instrumentos mágicos. São fatores reais das sociedades e dos regimes democráticos.
Piada do Dia: presidente do PT anuncia que vai processar Aécio Neves
Carlos Newton
O PT decidiu responder às declarações feitas pelo candidato Aécio Neves (PSDB), que classificou de “mensalão 2” as denúncias do ex-diretor da Petrobras sobre corrupção envolvendo parlamentares, governadores e um ministro de estado. O presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, disse que já entrou em contato com advogados para tomar providências jurídicas e processar o candidato tucano.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Aécio afirmou que as denúncias do ex-diretor “configuram um novo esquema do Mensalão” por meio de “desvios de recursos da estatal para abastecer parlamentares que apoiam o governo da presidente Dilma Rousseff”.
NOTA OFICIAL
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, distribuiu nota oficial à imprensa, dizendo: “Ao contrário do que diz o candidato, o PT não precisa de subterfúgios para se manter no poder. Nossa luta é na rua, batalhando voto a voto a preferência dos eleitores. Se quer realmente nos ‘tirar do poder de forma definitiva’, como afirmou no vídeo, deve seguir o consagrado caminho do debate democrático de alto nível, e não usar acusações chulas e sem fundamento”, salientou na nota, acrescentando:
“O candidato Aécio, até pelo sobrenome que carrega, deveria pelo menos manter a dignidade enquanto caminha para a irrelevância”, finalizou.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A ameaça de Falcão é ridícula e patética. Não existe fundamento jurídico para processar Aécio Neves, que é senador e está protegido pelo direito de expressar suas opiniões. Mas Rui Falcão deve julgar que o país ainda vive sob ditadura (desta vez, petista). C.N.
O PT decidiu responder às declarações feitas pelo candidato Aécio Neves (PSDB), que classificou de “mensalão 2” as denúncias do ex-diretor da Petrobras sobre corrupção envolvendo parlamentares, governadores e um ministro de estado. O presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, disse que já entrou em contato com advogados para tomar providências jurídicas e processar o candidato tucano.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Aécio afirmou que as denúncias do ex-diretor “configuram um novo esquema do Mensalão” por meio de “desvios de recursos da estatal para abastecer parlamentares que apoiam o governo da presidente Dilma Rousseff”.
NOTA OFICIAL
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, distribuiu nota oficial à imprensa, dizendo: “Ao contrário do que diz o candidato, o PT não precisa de subterfúgios para se manter no poder. Nossa luta é na rua, batalhando voto a voto a preferência dos eleitores. Se quer realmente nos ‘tirar do poder de forma definitiva’, como afirmou no vídeo, deve seguir o consagrado caminho do debate democrático de alto nível, e não usar acusações chulas e sem fundamento”, salientou na nota, acrescentando:
“O candidato Aécio, até pelo sobrenome que carrega, deveria pelo menos manter a dignidade enquanto caminha para a irrelevância”, finalizou.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A ameaça de Falcão é ridícula e patética. Não existe fundamento jurídico para processar Aécio Neves, que é senador e está protegido pelo direito de expressar suas opiniões. Mas Rui Falcão deve julgar que o país ainda vive sob ditadura (desta vez, petista). C.N.
Charge do Sponholz
De novo, o dilúvio!
Carlos Chagas
Pelo menos até agora, ninguém ficou chocado com os nomes de políticos revelados na delação premiada do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. São deputados, senadores, governadores e dirigentes partidários há muito envolvidos em denúncias que, mesmo pouco explicadas, levam-nos à conclusão de sempre: são bandidos. Vale esperar pela divulgação da lista completa para saber da existência de surpresas, ou seja, de supostos arcanjos na realidade demônios.
O que emerge dessa nova temporada de corrupção explícita é a certeza de que o mensalão não morreu. Transfigurou-se. Nos tempos do Lula, os partidos que apoiavam seu governo recebiam propinas engendradas por uma quadrilha formada por bancos, publicitários e altos funcionários do palácio do Planalto. No governo Dilma, mudaram as fontes de irrigação do Congresso com dinheiro podre. Agora são a Petrobras e as empreiteiras de obras públicas, mas os beneficiários continuam os mesmos: os partidos da base oficial. Certamente mais amplo, esse novo capítulo da corrupção deslavada aprendeu com os erros anteriores. Agora são contratos superfaturados das atividades da empresa estatal com empresas privadas, com 3% distribuídos pelos políticos, destinados a garantir para o palácio do Planalto maioria no Congresso. Com passagem pela caixa dos partidos e para o bolso de parlamentares e servidores públicos.
Livrou-se o Lula, alegando nada saber do mensalão. Deve livrar-se Dilma, com o argumento de ignorar o que se passava nos desvãos da Petrobras. O diabo é que são os mesmos: PT, PMDB, PP, PR, PTB e outros enfiados até o pescoço na lambança da garantia de votos. Os números por enquanto variam: 49 ou 62 deputados? Dois ou quatro governadores? Doze ou quinze senadores? Um ou cinco ministros?
Não se incluirá as empreiteiras no rol das vítimas, coitadinhas que se não cedessem à chantagem perderiam seus contratos. Pelo contrário, lucraram como nunca ao superfaturar o preço de suas obras. Metade para os políticos, metade para elas?
Não escapa ninguém dessa pantomima, a começar pelo PT, que teve seu primeiro tesoureiro, Delúbio Soares, condenado e hoje na cadeia por envolvimento no mensalão. Agora, seu sucessor, João Vaccari Neto, ainda solto. No episódio inicial foi necessário o tacape do então presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. Aguarda-se a borduna de Ricardo Lewandowski, mas garantir, quem garante?
Até os presidentes da Câmara e do Senado aparecem na delação premiada do meliante comprovadamente tendo enviado 23 milhões para contas secretas na Suíça, felizmente congeladas por iniciativa do governo daquele país.
Fazer o quê? Fechar a Petrobras, outrora motivo de orgulho de todos nós? Extinguir os partidos políticos? Decretar o recesso do Congresso? Votar o impedimento de Dilma Rousseff, por omissão evidente? Chamar de volta os militares, que tanto mal causaram às instituições democráticas?
Melhor seria convocar o Padre Eterno, com direito à presença de Jeová, Alá, Tupã, Isis, Osíris, Júpiter, Zeus e quem mais mereça em pouco de fé, fazendo-LHES um desesperado apelo: de novo, o dilúvio…
O mandado de segurança contra Dilma será relatado pela ministra Rosa Weber. Janot pede uma liminar para considerar nula a mensagem presidencial que enviou a proposta sem o adicional no orçamento. Caso Rosa Weber não atenda ao pedido, a Procuradoria Geral da República pede a suspensão da tramitação do orçamento até o julgamento final do caso.
NOVO ORÇAMENTO
O pedido ainda é para que Dilma seja obrigada a enviar nova mensagem contendo a íntegra da proposta do Judiciário e do Ministério Público. Janot quer que o STF, “tendo em vista a reiterada prática” do Executivo de alterar as propostas orçamentárias, emita uma ordem a Dilma para suspender essa atitude. Em 2011, em crise com o Judiciário, a presidente já havia cortado o aumento da categoria no projeto de orçamento do ano seguinte.
Segundo Janot, a atitude de Dilma teria ferido a independência dos Poderes porque só o Congresso Nacional pode fazer cortes no orçamento. “O mandado de segurança não se volta, em absoluto, contra a possibilidade de o Parlamento promover cortes e ajustes orçamentários”, diz o procurador geral. “O que se ataca é o aspecto procedimental, do rito constitucional que vem sendo descumprido pelo Poder Executivo.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É um caso interessante. Há presidentes que se julgam onipotentes. Mas seus poderes têm limitações. A presidente Dilma Rousseff, por exemplo, julga que pode tudo, mas não é bem assim. E é vergonhoso quando o presidente (ou a presidenta) vem a ser enquadrado pelo procurador-geral da República, por ter extrapolado sua funções e exorbitado seus direitos. Traduzindo: Dilma passou 8 anos como ministra e mais 4 como presidenta, mas não aprendeu nada. (C.N.)
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