"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

POLÍTICOS DO PSDB CRITICAM MARINA E MINIMIZAM IMPACTO DA SUA CANDIDATURA


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Aloysio, vice de Aécio: Marina é uma incógnita
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Políticos de expressão do PSDB criticaram nesta segunda-feira a candidata do PSB a presidente, Marina Silva. O senador pelo PSDB de São Paulo e vice na chapa presidencial de Aécio Neves, Aloysio Nunes Ferreira, disse que nem ele nem Aécio estão “aterrorizados” com a entrada de Marina Silva como cabeça de chapa do PSB nesta corrida presidencial, no lugar do ex-governador Eduardo Campos, morto em acidente aéreo em Santos. Para ele, Marina Silva é um incógnita, um “estado de espírito”, enquanto a candidatura de seu correligionário não é de improviso, foi elaborada com cuidado, tem força política e capacidade de juntar os melhores aliados em torno das propostas para o Brasil.
Já o ex-governador de São Paulo e um dos vice-presidentes do PSDB, Alberto Goldman, publicou um artigo hoje em que questiona a governabilidade de um eventual mandato presidencial de Marina Silva. O texto é intitulado “Marina candidata. Uma aventura”.
Com o crescimento da candidata pelo PSB nas pesquisas de intenção de voto, tucanos e petistas começaram a adotar uma estratégia de que a ex-ministra não tem experiência administrativa para comandar o País pelos próximos quatro anos. Questionam também a suposta dificuldade dela em dialogar com os demais poderes da República. No artigo, Goldman afirma que ninguém põe em dúvida a integridade moral de Marina. Mas lembrou que ninguém tinha dúvidas sobre a integridade de Dilma Rousseff e o governo dela “está sendo um desastre para o país”.
“É preciso lembrar que a nossa atual presidente tinha ao seu lado um grupo consistente de quadros políticos, alguns que já estavam exercendo o ofício no governo Lula, a despeito da perda provocada pelo mensalão. Se grande parte desse grupo transformou-se, no exercício do governo, em uma gang (sic), agasalhada por Dilma, de predadores do Estado brasileiro, são outros quinhentos”, afirma, no texto.

ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman
Para Goldman, Marina é uma aventura
O vice-presidente do PSDB diz que Marina está só e, à primeira vista, “isso parece uma virtude porque ela não se macula com o lixo político que infesta a vida das instituições do país”. “Quer ganhar com esta imagem. E se ganhar, como vai governar? O sistema democrático brasileiro é constituído de três poderes. Além do Executivo e do Judiciário, temos o Poder Legislativo, eleito pelo voto popular, o que lhe dá legitimidade. Ele não lhe será nada dócil”, avisa o tucano.
Goldman conclui o texto afirmando que “não basta parecer uma santa, uma imagem da Madre Teresa de Calcutá”. Para ele, Marina terá uma realidade que não lhe será favorável caso vença a corrida presidencial. E deixa um alerta: “Por isso, eleitor, é bom saber como ela o fará. Eu também quero derrotar a Dilma e tirar essa corja que assumiu o poder, mas tenho responsabilidades como cidadão desse país. Mergulhar no espaço vazio, sem paraquedas, não!”.
Segundo turno
Aloysio disse não apostar que a candidata do PSB vá ameaçar a ida dos tucanos ao segundo turno. O senador evitou falar sobre as informações que circulam nos bastidores de que Marina já teria ultrapassado Aécio nas pesquisas de intenção de voto que serão divulgadas esta semana. E disse que é contrário a uma campanha de ataques aos adversários, preferindo uma campanha propositiva.
Mesmo assim, teceu críticas a Marina, dizendo que ela demonstra profunda ingenuidade ou desprezo às instituições políticas ao pregar, nesta fase da campanha, que pretende governar com as melhores cabeças de todos os partidos, citando nominalmente o candidato ao Senado Federal pelo PSDB de São Paulo, José Serra.
Além disso, o senador tucano disse que são preocupantes as entrevistas que Marina concede, falando sobre o papel do Congresso Nacional, o elogio aos conselhos populares e suas posições sobre as hidrelétricas, cujo setor já vive uma grande crise na gestão petista. “Sou contra qualquer tipo de messianismo, o partidário de Dilma Rousseff e o pessoal de Marina Silva”, frisou.
 
26 de agosto de 2014

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