Nenhum dos candidatos satisfaz. Já se disse que esta eleição se assemelha a um sapo rodeado por cobras. Cabe-lhe apenas escolher qual a cobra que o matará.
Com a possível vitória do Aécio se espera, de bom, um maior rigor no setor do combate à corrupção que assola nossa administração, incluindo um período de caça às bruxas, que esperamos, seja na medida certa.
A atual socialização exagerada tende a ser contida apesar das promessas do candidato de ampliar os já distorcidos programas sociais. Só vendo. A Segurança Pública tende a melhorar, com a atenuação das leis que protegem apenas os criminosos e também a área da Saúde Pública, pela diminuição da corrupção, isto se o pessoal do PT não inviabilizar a administração antes de largar os cargos e se o MST e demais movimentos “sociais” se mantiverem controlados. O problema indígena continuará preocupante, ao menos no início pela ignorância do assunto demonstrada pelo candidato.
De ruim, supomos que haverá novas pressões para desnacionalizações da Petrobrás, Banco do Brasil e outras estatais, sob o pretexto de privatizar, entretanto se espera que o Aécio não seja um FHC. Quem sabe...
O pior mal seria a aproximação demasiada aos EUA, com o corolário de servilismo e dependência causado por um grupo que em vez de brasileiros se consideram cidadãos do mundo, ou ao menos cidadãos do mundo ocidental.
Com uma possível vitória da Dilma, apesar do evidente desejo de mudanças só podemos esperar mais do mesmo. Algo de bom deveria mesmo continuar, como o aproveitamento das restrições estadunidenses à Rússia que nos trará inequívocas vantagens econômicas, bem como o esforço para a construção de hidrelétricas apesar da pressão ambientalista internacional, mas também muito há de ruim no continuísmo: a “goela” dos aliados continuará a ser satisfeita em nome da falsa governabilidade e o nosso País pode se exaurir em apoio aos comunistoides como Cuba, Bolívia e a outros “hermanos”, sem contar a pressão da oligarquia financeira internacional para que a nossa economia vá para o brejo. Na própria América Latina arriscaríamos a um isolamento, pois os governos hostis aos EUA tendem a cair nesse período.
A firmeza que por um momento esperávamos face ao ambientalismo retrogrado e na contenção das ONGs na questão indígena ficou desacreditada ao passar o prazo para a denuncia da portaria 169 e ainda existe a suspeita que um novo governo do PT socialize ainda mais o nosso, já demasiadamente socializado.
Apesar de improvável, a vitória da Marina seria o pior dos cenários. A mídia a vestiu falsamente de pureza e idealismo, enquanto Dilma foi retratada como durona e grosseira e Aécio como playboy e bon vivant. Tudo a serviço de quem? Da citada oligarquia, é claro.
A estratégia é aproveitar o descontentamento com a política e a utopia de uma nova sensibilidade que ache mais importante a proteção da reprodução dos bagres do que a construção de uma usina hidrelétrica a qual impulsionaria o desenvolvimento econômico nacional, contudo os mercados financeiros caem de amores por esse discurso mágico. Por que? Porque ela reacende as esperanças da oposição e dos mercados financeiros. Também por ódio contra o populismo do “lulopetismo”?
A oposição política talvez, mas os mercados são muito pragmáticos para alimentar rixas ideológicas e o aproveitamento do discurso ecológico é para frear o crescimento econômico nacional e mantendo a hegemonia da agenda da financeira global. Imaginem se algum outro candidato à Presidência da República tivesse um banqueiro pra chamar de seu. Ela tem. O que nos outros seria pecado em Marina vira virtude. Para a mídia ela é inimputável, nem se toca na corrupção de seu atual marido, mas felizmente o povo não é tão bobo.
A Marina em si não sabe nada. Ideologicamente até pode se sentir comunista tendo pertencido ao Partido Comunista Revolucionário, (organização extremamente radical) por muitos anos antes de se abrigar no PT, como aliás também fez o seu partido para conseguir sobreviver de forma semi clandestina.
Ela é um fantoche. A assessoria dela é que prega a austeridade e baixo crescimento econômico como um fim em si mesmo sob o álibi do discurso ambientalista de forma a fortalecer o domínio do mercado financeiro. Para eles, a política indígena, as invasões de áreas produtivas e destruição de fazendas, a da criação de reservas/enclaves indígenas, a das cotas raciais, a da divisão de classes, a do desarmamento dos que poderiam reagir são apenas estratégias de uma guerra de 4ª geração.
Seus cuidados, com objetivos escusos, são reservados para os pobres bichinhos, para os direitos humanos dos infratores e para os grupos que se oponham ao desenvolvimento e a unidade nacional. Não é a toa que é a queridinha da monarquia britânica.
Existem pessoas de bem que vão votar em Marina que precisam ser esclarecidas. Certamente foi colocada como ministra por pressão internacional. Enquanto permaneceu à frente do MMA (2003-2006), não se conseguia uma licença para empreender qualquer coisa útil, sejam asfaltamento de estradas, construção de hidrelétricas ou melhoria nos portos. A agricultura foi perseguida a ponto de querer acabar até com a plantação de maçã em Santa Catarina. Por sua intransigência antiempreendedora, ela atrasou o progresso brasileiro o quanto pôde. Ao final, nem o PT aguentou tanta reclamação contra a desastrada gestão dessa cascavel e a mandaram passear (na floresta).
Marina é do mal. É o que há de pior no Brasil. É inimiga dos setores produtivos, principalmente do mais avançado do Brasil: o agronegócio. Se depender dela, o nosso País nunca mais terá os superávits comerciais e trabalhará apenas para pagar os juros de uma dívida que aumentará cada vez mais até ser trocada por território, ou pela própria soberania.
Ela é a saúva maligna. É uma praga de gafanhotos estalinistas reunidos numa pessoa só.
Se o nosso povo for esclarecido, certamente varrerá essa peste para que vá viver entre seus mentores, no estrangeiro.
Gelio Fregapani é escritor e Coronel da Reserva do EB, atuou na área do serviço de inteligência na região Amazônica, elaborou relatórios como o do GTAM, Grupo de Trabalho da Amazônia.
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