O aumento do endividamento das famílias e o descontrole ao assumir novas dívidas fizeram com que o número de inadimplentes no País batesse recorde em 2014. Até agosto, 57 milhões de pessoas estão com contas em atraso, o mais alto número desde o começo da série histórica, em 2012.
No mesmo período de 2013, o número estava em 55 milhões e, em 2012, girava na casa dos 52 milhões, segundo levantamento inédito da Serasa Experian. A instituição aponta ainda outras duas causas para o acréscimo do número de inadimplentes: o parcelamento de compras com juros elevados (como de imóveis e carros) e altas taxas cobradas pelo uso do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito. Na baixa renda, 10% do salário são gastos com parcelas no cartão de crédito, segundo uma pesquisa do Guia Bolso.
"As dívidas não bancárias, como carnês de lojas, e aquelas contraídas junto aos bancos foram as principais responsáveis pela alta da inadimplência", diz a nota.
O estudo revela também que 60% dos endividados têm contas atrasadas que superam toda a renda mensal. Outro dado aponta que 53% das pessoas com dívidas possuem até duas contas não pagas no prazo.
O superintendente de informações sobre consumidores da Serasa Experian, Vander Nagata, avalia que o nível da inadimplência poderia estar mais elevado, no entanto a evolução da renda e o desemprego baixo atenuam este cenário.
"A atual situação é preocupante, pois revela que do total da população brasileira com 18 anos ou mais (144 milhões de pessoas), cerca de 40% está inadimplente", avalia.
Ele destaca, no entanto, que o número não é alarmante, pois o volume de contas da maioria dos endividados não é alta. A Serasa voltou a reforçar que a saída para o quadro de inadimplência elevada é a educação financeira de credores e consumidores.
Ele destaca, no entanto, que o número não é alarmante, pois o volume de contas da maioria dos endividados não é alta. A Serasa voltou a reforçar que a saída para o quadro de inadimplência elevada é a educação financeira de credores e consumidores.
26 de agosto de 2014
Mário Braga - Agência Estado
Nenhum comentário:
Postar um comentário