Segundo o ministro da Fazenda, financiamento ao consumo está escasso e a crise internacional atrapalha a expansão do país. Ministro anunciou que arrecadação bateu recorde em novembro e chegou a R$ 110 bilhões
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira que o Brasil está “crescendo com duas pernas mancas”. Segundo ele, isso acontece porque o financiamento ao consumo está escasso e a crise internacional atrapalha a expansão do país.
A economia brasileira está crescendo com duas pernas mancas. De um lado o financiamento ao consumo, que está escasso. De outro, a crise internacional, que nos rouba parte da nossa possibilidade de crescimento - disse Mantega, durante a abertura do Encontro Nacional da Indústria 2013, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O ministro considerou que, particularmente nos últimos cinco anos, o Brasil enfrentou desafios grandes, sobretudo em decorrência da crise internacional. Ele considerou, porém, que os Estados Unidos apresentam sinais fortes de recuperação de seu mercado consumidor, com elevação nas vendas e nos preços de imóveis, e que a União Europeia também poderá entrar em trajetória de crescimento.
- Temos uma luz no fim do túnel para os países avançados - afirmou Mantega, que observou que a crise reduziu o comércio internacional e criou uma grande competição entre os mercados.
O presidente da CNI, Robson Andrade, considerou que as medidas tomadas pelo governo federal desde o ano passado, como a desoneração da folha de pagamentos de uma série de setores, contribuiu para o crescimento da industria. No entanto, ressaltou, é preciso fazer mais, uma vez que há uma “pressão mundial” sobre a competitividade. A seu ver, é preciso tocar em pontos importantes, como custo da contratação de mão de obra, carga tributária e infraestrutura
- Sou a favor de medidas de curto prazo para permitir que a indústria sobreviva e de trabalhar medidas de longo prazo que darão uma competitividade mais equilibrada para a economia brasileira - disse.
Arrecadação ultrapassou R$ 110 bilhões em novembro
Mantega antecipou nesta quarta-feira que a arrecadação de impostos e contribuições federais ultrapassou R$ 110 bilhões em novembro, recorde pra o mês. Ele ressaltou que o resultado foi superior ao de outubro e que foi possível mesmo com as desonerações realizadas pelo governo federal ao longo do ano.
Mantega aproveitou a abertura para reiterar o cumprimento das metas de superávit primário – a economia feita para o pagamento de juros da dívida – e o controle das taxas de inflação. A seu ver, a partir de agora, a indústria terá mais condições de competir com os outros mercados.
- O governo está empenhado em fazer um fiscal forte. Continuará empenhado nessa direção no próximo ano - disse o ministro.
Além disso, deverá haver um aumento nos investimentos. Ele destacou que, até outubro, os investimentos no país (Formação Bruta de Capital Fixo) cresceram 6,5%, impulsionados pelos setores público e privado. O ministro ressaltou que, somente com o Campo de Libra, haverá US$ 200 bilhões em investimentos no país nos próximos 10 anos.
- Para cada US$ 1 bilhão investido em Libra, serão gerados US$ 3,3 bilhões de produção na economia - disse. - Os leilões bem-sucedidos nos fazem pensar que, finalmente, esteja despertando nos empresários o espírito animal - acrescentou.
12 de dezembro de 2013
Cristiane Bonfanti e Chico de Gois - O Globo
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira que o Brasil está “crescendo com duas pernas mancas”. Segundo ele, isso acontece porque o financiamento ao consumo está escasso e a crise internacional atrapalha a expansão do país.
A economia brasileira está crescendo com duas pernas mancas. De um lado o financiamento ao consumo, que está escasso. De outro, a crise internacional, que nos rouba parte da nossa possibilidade de crescimento - disse Mantega, durante a abertura do Encontro Nacional da Indústria 2013, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Mantega afirmou que espera um vento mais favorável daqui para frente. Ele disse ainda que o consumo varejista está crescendo num ritmo de 5% ao ano, inferior ao do ano passado, “mas suficiente para mobilizar a economia”.
- Temos uma luz no fim do túnel para os países avançados - afirmou Mantega, que observou que a crise reduziu o comércio internacional e criou uma grande competição entre os mercados.
O presidente da CNI, Robson Andrade, considerou que as medidas tomadas pelo governo federal desde o ano passado, como a desoneração da folha de pagamentos de uma série de setores, contribuiu para o crescimento da industria. No entanto, ressaltou, é preciso fazer mais, uma vez que há uma “pressão mundial” sobre a competitividade. A seu ver, é preciso tocar em pontos importantes, como custo da contratação de mão de obra, carga tributária e infraestrutura
- Sou a favor de medidas de curto prazo para permitir que a indústria sobreviva e de trabalhar medidas de longo prazo que darão uma competitividade mais equilibrada para a economia brasileira - disse.
Arrecadação ultrapassou R$ 110 bilhões em novembro
Mantega antecipou nesta quarta-feira que a arrecadação de impostos e contribuições federais ultrapassou R$ 110 bilhões em novembro, recorde pra o mês. Ele ressaltou que o resultado foi superior ao de outubro e que foi possível mesmo com as desonerações realizadas pelo governo federal ao longo do ano.
Mantega aproveitou a abertura para reiterar o cumprimento das metas de superávit primário – a economia feita para o pagamento de juros da dívida – e o controle das taxas de inflação. A seu ver, a partir de agora, a indústria terá mais condições de competir com os outros mercados.
- O governo está empenhado em fazer um fiscal forte. Continuará empenhado nessa direção no próximo ano - disse o ministro.
Além disso, deverá haver um aumento nos investimentos. Ele destacou que, até outubro, os investimentos no país (Formação Bruta de Capital Fixo) cresceram 6,5%, impulsionados pelos setores público e privado. O ministro ressaltou que, somente com o Campo de Libra, haverá US$ 200 bilhões em investimentos no país nos próximos 10 anos.
- Para cada US$ 1 bilhão investido em Libra, serão gerados US$ 3,3 bilhões de produção na economia - disse. - Os leilões bem-sucedidos nos fazem pensar que, finalmente, esteja despertando nos empresários o espírito animal - acrescentou.
12 de dezembro de 2013
Cristiane Bonfanti e Chico de Gois - O Globo
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