Relatório da OCDE destaca retração de 0,5%, a primeira desde o 1º trimestre de 2009
O documento da OCDE destaca que é a primeira retração na economia brasileira desde o primeiro trimestre de 2009, e pode “em parte”, refletir o crescimento “impressionante” de 1,8% nos três meses anteriores.
Levantamento feito pelo GLOBO já apontava que o resultado do Brasil era o pior entre os países que haviam divulgado seus números trimestrais até o dia 3 de dezembro - grupo que incluía os também emergentes China e Índia, além das economias consolidadas como os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e o Japão.
Depois de seis semanas sem alterações, após os resultados decepcionantes do terceiro trimestre, economistas da principais instituições financeiras do país reduziram a estimativa da expansão do PIB brasileiro em 2013, de 2,5% para 2,35%.
Ainda assim, a perspectiva do governo para o ano que vem é otimista. A proposta de orçamento do país para 2014 prevê taxa de expansão de 4%. Para os analistas do mercado, segundo o boletim Focus, do Banco Central, a alta deve ficar em 2,1%.
Técnicos da consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados explicam que essa é uma estratégia para mostrar otimismo ao mercado e justificar a alta estimada nas receitas.
China teve o maior avanço
Além do Brasil, apenas a França registrou queda no PIB no terceiro trimestre, de 0,1%, de acordo com o relatório da OCDE. Na Itália, a economia ficou estagnada.
Apenas quatro países ficaram acima da média das maiores economias do mundo. A China teve a maior expansão, com 7,8%, seguida de Índia (1,9%), Coreia do Sul (1,3%) e Indonésia (1,1%).
12 de dezembro de 2013
Marcio Beck - O Globo
O Brasil teve o pior desempenho entre as economias do G-20 no terceiro trimestre, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), com queda de 0,5% no Produto Interno Bruto (PIB) - soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país.
O documento da OCDE destaca que é a primeira retração na economia brasileira desde o primeiro trimestre de 2009, e pode “em parte”, refletir o crescimento “impressionante” de 1,8% nos três meses anteriores.
Levantamento feito pelo GLOBO já apontava que o resultado do Brasil era o pior entre os países que haviam divulgado seus números trimestrais até o dia 3 de dezembro - grupo que incluía os também emergentes China e Índia, além das economias consolidadas como os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e o Japão.
O fraco desempenho da economia brasileira é atribuído pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, à escassez no financiamento do consumo e ao cenário global ainda desfavorável. Mantega chegou a dizer, na quarta-feira, que o país está crescendo "com duas pernas mancas".
Depois de seis semanas sem alterações, após os resultados decepcionantes do terceiro trimestre, economistas da principais instituições financeiras do país reduziram a estimativa da expansão do PIB brasileiro em 2013, de 2,5% para 2,35%.
Ainda assim, a perspectiva do governo para o ano que vem é otimista. A proposta de orçamento do país para 2014 prevê taxa de expansão de 4%. Para os analistas do mercado, segundo o boletim Focus, do Banco Central, a alta deve ficar em 2,1%.
Técnicos da consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados explicam que essa é uma estratégia para mostrar otimismo ao mercado e justificar a alta estimada nas receitas.
China teve o maior avanço
Além do Brasil, apenas a França registrou queda no PIB no terceiro trimestre, de 0,1%, de acordo com o relatório da OCDE. Na Itália, a economia ficou estagnada.
Apenas quatro países ficaram acima da média das maiores economias do mundo. A China teve a maior expansão, com 7,8%, seguida de Índia (1,9%), Coreia do Sul (1,3%) e Indonésia (1,1%).
12 de dezembro de 2013
Marcio Beck - O Globo
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