"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

GUSTAVO FRANCO: "O PROCESSO PARA O CORTE DO RATING JÁ COMEÇOU".

Para ex-presidente do BC, possível redução pode afetar crescimento e gerar mais inflação no país
 
Sócio-diretor da Rio Bravo Investimentos, Gustavo Franco avalia que a chamada “nova matriz macroeconômica” brasileira fracassou e que país precisa retornar à responsabilidade fiscal para evitar um corte da nota de crédito de risco.
 
Por que a nota de crédito de risco soberano brasileiro entrou em processo de deterioração?
São muitos os motivos. A revista de economia mais importante do mundo, a “Economist”, fez uma capa devastadora com 14 páginas de justificativas. A “nova matriz macroeconômica” é um fracasso.
 
O senhor crê que o Brasil vai ter sua nota realmente cortada pelas agências de risco?
O processo já começou, com a revisão para baixo das perspectivas de rating. As agências demoram a se mover, mas quando começam a coisa flui com rapidez. Se não retornarmos à responsabilidade fiscal, e sobretudo se não abandonarmos a contabilidade criativa do governo, o rebaixamento virá.
 
E quais serão as consequências para a economia brasileira?
É um retrocesso amplo, que sanciona o que o mercado já enxerga: mais risco soberano, mais inflação, mais controle de preços, mais intervencionismo messiânico, mais tensão com o mundo empresarial e menos crescimento. É fundamentalmente tempo perdido.

04 de outubro de 2013
Bruno Villas Bôas - O Globo

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